Daniel foi humilhado pela garota que ama na frente de toda a Universidade.
Quando o semestre seguinte começa, ele precisa encarar novamente todos aqueles que riram dele.
Acostumado a ser o nerd deslocado e invisível, precisa arrumar um método de lid...
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Saímos do chalé de manhã cedo. Já era véspera de Natal e ainda assim estávamos deixando os Alpes sem informar a ninguém. Charlie estava particularmente aliviada de ir embora do meio daquela família, ela nem precisava me dizer pois eu via em seus olhos.
A Badgirl desce o bondinho abraçada a mim, apenas nós dois naquele pequeno espaço com a vista da área externa.
Não havíamos tocado no assunto namoro desde o que houve ontem de madrugada.
Eu não sei por quê eu respondi daquele jeito, e nem o que ela quis dizer com aquilo. Não me soou como um pedido de namoro.
Na verdade, eu entrei em pânico.
Surtei completamente pois não tenho certeza sobre como me sinto assumindo um compromisso com Charlie.
Charlie queria voltar para Kingsland, mas eu sugeri que fôssemos para alguma cidade ao sul da França, assim poderíamos aproveitar a viagem e de quebra ficar em algum lugar quente. Ela relutou em aceitar mas acabou cedendo.
No trem a caminho de Annecy, Charlie dormiu durante toda a viagem e eu aproveitei para ler um livro de ficção, enquanto a cabeça dela estava no meu ombro e dividíamos um fone de ouvido.
Aproveito para buscar um hotel no celular. Já faz um tempo que tenho vontade de conhecer a parte litorânea do sul da França, por isso não tardo a encontrar um hotel de valor razoável e aparentemente confortável.
Assim que deixamos a estação, o calor nos abraça de forma agradável. Quando coloca os olhos em volta, as íris de Charlie brilham, encantada.
– Esse lugar, é... Incrível! – Ela sorri enquanto remove suas roupas de frio. – Espero que você tenha algumas roupas mais frescas. – Eu brinco.
✖️
Registro fotos de Charlie com a minha câmera enquanto ela filma tudo com seu celular. É visível como o seu astral já mudou desde que deixamos o chalé e a minha família para trás.
Ela está usando amarelo. É uma das raras vezes - se não a primeira -, que eu a vejo sem suas roupas pretas, de couro e pesadas. Eu não consigo não olhar para ela, para seu sorriso, para seus cabelos voando no vento litorâneo. Ela provavelmente é uma das garotas mais bonitas que eu já vi, e está ciente disso.
Charlie finalmente se cansa das fotos e senta na toalha onde estou sentado, no chão. A cesta de piquenique já está fechada, desde que tivemos o café da manhã algumas horas atrás.
– Já chega! – Ela diz, rindo. – Você provavelmente encheu seu cartão de memória de fotos minhas.
– Não é uma má ideia! – Eu digo, ainda a encarando pela lente e clicando.
Apenas vejo o vulto de Charlie e sinto quando ela tira a câmera da minha mão e se joga sobre mim. Me permito deitar embaixo do corpo dela, e começo a rir quando ela me fotógrafa sob o seu corpo. Ela senta no meu colo e continua com a câmera sobre o rosto.
