- Rosa é uma cor adorável, senhora Alencar,mas não ficará um tanto feminino? - disse a costureira enquanto olhava as janelas da futura sala de pintura de Esther.
- Ótimo, então, afinal sou uma mulher.
- Mas e seu marido o que achará?
- A sala será minha, senhora Madelena. - disse um tanto impaciente.
- De certo. Rosa fica muito bem em você.
- Não vou vestir cortinas. - Esther retrucou.
A senhora sorriu.
- Eu sei, mas todas as mulheres querem ficar com boa aparência em sua própria sala.
- Isso é irrelevante, senhora Madalena. - disse com um suspiro, estava sentindo-se exausta e tinha acabado de levnatar da cama.
- E os estofados posso fazer combinando. Veja, senhora Alencar as amostras de tecido que trouxe. Pode ficar tom sobre tom.
Esther pôs-se a olhar e escolheu tudo. A costureira foi embora com a promessa de que tudo estaria pronto em uma semana.
- Iaiá? - Nala vinha entrando na sala.
- Sim, Nala.
- Dona Clarissa encontra-se na sala-de-estar. - os olhos de Esther brilharam.
- Que visita mais feliz. Vou agora mesmo, Nala.
Esther foi ao encontro da concunhada.
- Clarissa! - disse ela ao avistá-la.
- Meu Deus, Esther, estás linda.
Esther sorriu e se abraçaram.
- Não precisas mentir para me agradar.
- Mas é a verdade. Estás linda. Acho que é na gestção que a mulher fica mais bonita.
- E onde estão Jamal e Benício?
- Ficaram na casa de nossos sogros. - ela anuiu. - Chegamos ontem de Petrópolis.
- Devia tê-los trazido. Sabes como gosto de conversar com Jamal e gostaria de mimar um pouco o Benício.
- Amanhã prometo que os trarei. Mas hoje precisava de sua atenção somente para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)
Literatura FemininaA história começa em 1871 onde os abolicionistas comemoram uma grande conquista na luta contra a escravidão: a lei do ventre livre, onde crianças nascidas a partir de 28 de setembro do mesmo ano nascem livres. Mas a escravidão ainda é vigente no Br...