Capítulo 32

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P.o.v Maurício:

Me levantei mais cedo, enquanto Patrick ainda roncava. O cobri melhor e fechei a porta com cautela para ele não acordar.

Quando desci, alguém estava tocando a campainha.

Quando abri, era o zelador do prédio me entregando uma correspondência.

Era um envelope, quando abri...

Era a carta que eu havia escrito para Patrick. Corri até o corredor do prédio e o zelador estava entrando no elevador.

— Ei! — Gritei, ele olhou para trás e veio andando em direção a mim. A porta do elevador fechou atrás dele.

— Oi! A correspondência tá errada? — Ele perguntou.

— É que... e-eu mandei essa carta pro meu... — Pensei. — Pra minha namorada antes da guerra. E ela estava na Alemanha.

— Ah! Então por isso que a correspondência voltou para você! — Ele sorriu. — Todos os correios só voltaram a funcionar hoje. E eles resolveram não enviar algumas correspondências, mas sim, mandá-las de volta para os remetentes.

Agradeci pela informação e fiquei olhando para a carta. O zelador desceu pelo elevador e eu continuei lá paralisado.

Patrick acordou, pude ouvir ele descendo as escadas.

— Quem era?! — Ele perguntou com voz de sono.

— Toma! — Entreguei para ele. — Isso é para você.

Suspirei de frustração.

Antes de começar a ler, ele me perguntou o motivo de eu estar com aquela cara.

— Só ler a carta e você vai entender! — Me sentei no último degrau da escada.

Ele se sentou do meu lado e começou a ler em voz alta.

"Querido Patrick,

Gostaria de agradecer por todos os momentos que tivemos. Você me permitiu me aceitar, aceitar quem eu sou, aceitar minha orientação sexual, aceitar o jeito como nasci. Me proporcionou momentos incríveis e me fez ir até as nuvens. Você foi a pessoa que eu mais amei, mas também me fez sofrer como ninguém me fez antes. Foi o meu primeiro amor, a primeira pessoa que me entreguei de corpo e alma em tão pouco tempo. Obrigada por tudo. Pelos ensinamentos, mesmo não sabendo que me ensinou tanta coisa. E obrigada também por ter ficado do meu lado e por ter me assumido para a sua mãe.

Não sou bom com palavras, mas espero que guarde esta carta para o resto da vida. E que nunca esqueça de mim. Não sei se voltaremos a nos ver depois dessa guerra, mas estarei sempre vivo em seu coração.

Com amor, Maurício."

Ele ficou paralisado.

Seus olhos encheram de lágrimas, molhando a carta.

— Nossa... e-eu... eu to sem palavras! — Ele olhou para mim.

— Eu escrevi essa carta no dia que a guerra começou. Mandei pro correio mas eles não enviaram para você. E hoje, mandaram de volta para mim. — Falei.

— Graças a Deus você saiu vivo dessa! — Ele me abraçou. Foi o abraço mais sincero que já havia recebido na minha vida.

— Eu pensei muito em você quando eu estava lá. No meio... no meio do fogo cruzado! — Meus olhos encheram de lágrimas também. — Eu fiquei com medo de nunca mais conseguir ver você. De nunca mais conseguir sentir seu corpo, de nunca mais... poder te beijar.

Ele secou uma lágrima que acabou caindo do meu olho direito. — Fica calmo. Estamos aqui. Estamos juntos. Já passou. — Ele me deu um selinho.

— Eu te amo, Patrick. — Fechei meus olhos e as lágrimas começaram a cair. — Como nunca amei ninguém!

— Eu também te amo, Maurício! E eu nunca, NUNCA, nunca amei ninguém assim.

Nos beijamos como se não houvesse o amanhã. Ele me pegou no colo e me levou até o sofá. Fiquei sentado em seu colo enquanto acariciava seu peitoral nu. Comecei a rebolar em cima dele e ele fez uma carinha de safado que eu amava.

Ele segurou em minha cintura, conduzindo-me a ir mais forte.

— Já pensou em ser comido por mim...? — Sussurrei em seu ouvido. Meu Deus! Eu realmente havia perguntado aquilo para ele?

— Eu prefiro comer você. — Ele disse.

— Mas eu quero testar algo novo! — Falei.

— Ah, Maurício! Qual é?! — Ele me empurrou e eu saí de cima dele. Ele se levantou do sofá. — Eu não quero dar a bunda. Eu quero COMER a sua!

— Tá, calma! Não grita! Eu estava brincando. — Me aproximei dele e acariciei seu mamilo.

— Que susto! — Ele sorriu e me beijou.

Ele abraçou meu pescoço e envolveu suas pernas na minha cintura. Comecei a beijar seu pescoço e ele caiu na gargalhada.

— Para! Isso faz cosquinha! — Ele gargalhou.

Me deitei em cima dele no sofá e comecei a distribuir beijos pelo seu peitoral. Senti seu membro ficar rígido em baixo do short. Apertei com força e ele revirou os olhos.

— Você é uma perdição! — Ele disse ofegante.

— Mas eu só quero te deixar o gostinho de quero mais! — Me levantei do sofá. — Vou no mercado comprar algumas coisas!

— Ah, qual é, Maurício?! — Ele se levantou do sofá. Estava puto. — Eu to excitado, merda!

Ele gritou, enquanto eu subia as escadas para me trocar.

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