...Eu gosto do vinho e do pecado

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Ela é um anjo.

Do mal.

E, ai de mim, caro leitor, que só percebi agora que estou perdidamente apaixonado pelo ser mais horripilantemente lindo e maravilhoso que já conheci.

Eu notei que estava alheio nesse labirinto quando ela me olhou, com os mesmo olhos de tempestade, e sorriu com apenas um canto dos lábios, o sorriso malicioso mais ingênuo que eu já presenciara.

O teu veneno corre em minhas veias.

E mesmo sendo assustador ama-la, eu continuo obcecado.

Obcecado em cada traço dessa víbora, em como seus lábios me parecem tão convidativos, uma refeição da qual eu não me enjoo, e em como seus olhos parecem ter milhares de constelações em meio a tempestades, em como seus cabelos formam a cascata mais sedosa que eu já tocara, e em como posso me perder apenas contando suas sardas, em como o seu sorriso, seu riso, sua face parecem inocentes e distoam totalmente da mulher insaciável que ela é, e em como seu corpo me atrai, e me faz querer coloca-la em uma mesa para fazer da mesma o meu banquete pessoal.

Essa mulher faz qualquer cristão matar e morrer com apenas um olhar ingênuo, sincero, mas que é repleto de perversidade.

Ela ganha homens e mulheres por onde passa, por onde dança, seus movimentos são a mais bela valsa que existe, eu poderia fazer uma nova religião só para tal coisa.    
         
Boa em tudo que faz, mas nem sempre com boas intenções.    
                
Ela tem o fogo do inferno e a calmaria do Paraíso na palma de suas mãos.
    
E se você a visse como eu a vejo, uma obra de arte, pura arte, você iria entender quando eu digo que ela é um anjo, do mal, mas ainda sim um anjo.

E eu sou apenas o mesmo louco apaixonado que já não sabe se seu amor é real, ou apenas um sonho que não pode ser seu.

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