[DAKOTA CONTTI]
O vento fraco das árvores batia contra meu rosto, trazendo uma sensação maravilhosa de frescor. Com meu casaco amarrado na cintura e o corpo ainda quente por conta da bebida, não senti frio, mesmo sabendo que fazia 13º graus ou um pouquinho mais que isso. Eu estava sentada no pequeno muro da varanda. Brad estava ao meu lado. Olhávamos o céu nublado, sem dizer uma palavra.
Talvez ele não soubesse o que falar depois de eu ter lhe roubado um beijo, assim, sem mais nem menos. Talvez ele estivesse buscando as palavras certas para dizer que não gostava de mim da mesma forma que eu gostava dele. Ou, talvez ele só queria apreciar o céu.
Olhei, rapidamente, para o lado. A mão de Brad estava apoiada no muro de granito, próxima à minha. Deslizei lentamente meus dedos, sentindo meu coração saltar de ansiedade, até que estes tocaram algo. Brad me encarou. O vi olhar para baixo, pegar minha mão e levar até seus lábios, deixando ali um beijo demorado.
"Você sente o mesmo que eu?" Ele perguntou. O olhar ainda distante.
"Como se eu fosse uma substância muito oxidante e você uma muito oxidável e, quando estamos juntos ocorresse uma reação de oxidação violenta capaz de nos explodir por dentro?" Falei quase sem forças para respirar.
"Meu Deus." Ele soltou o ar. Seus olhos se manteram nos meus por algum tempo, até continuar:"Aonde você esteve todo esse tempo?"
Sorri envergonhada, abaixando a cabeça, como de costume. Ele, por sua vez, segurou meu queixo com o indicador, fazendo com que nossos rostos ficassem cada vez mais perto. Fechei meus olhos, sentindo seus lábios quentes sobre os meus, em um beijo lento e apaixonado.
Eu era o tipo de pessoa que se apaixonava fácil e, tinha os garotos aos meus pés mais fácil ainda. Quando criança tive varios meninos como melhores amigos, eu selecionava os que eu gostava para andarem perto de mim, pois tê-los comigo era a melhor sensação do mundo, na época. Agora, aos 15, depois de minha grave decepção amorosa, pensei ter desistido do amor e, possivelmente, fosse a verdade, mas, a sensação de sentir todo meu corpo sofrendo consequências de conhecer uma nova paixão, era algo a se arriscar.
Óbvio que eu nao iria me envolver. Eu era consciente. Tinha noção dos meus limites e, dos limites que deixava as pessoas cruzarem para me conhecerem melhor.
"Desde o primeiro dia que te vi, eu soube que sentia algo..." Brad sussurrou depositando varios beijos em meus lábios. Suas mãos passaram bem devagar pelo meu pescoço, me causando calafrios. Ele me prendeu ali, a ele, aos beijos dele. E eu sorria enquanto sentia seus lábios nos meus. Suas mãos em mim. Seu calor se fundir ao calor de meu corpo, trazendo a extrema vontade de me fixar ali e não sair por um bom tempo.
Minutos depois estávamos conversando sobre teorias. Do Universo, do mundo espiritual e o mundo real. Me mantive presa aos argumentos, plausíveis e muito interessantes. Eu prestava atenção como se tivesse tendo uma aula, daquelas bem legais que não ousamos parar de olhar um minuto sequer para o professor.
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Imprinting
FanfictionCom as malas prontas e o coração frio como pedra, Dakota, se muda para Forks, junto de sua família, na tentativa de mudar seu passado traumático e sombrio. Na pacata cidade, composta por poucos habitantes, a britânica encontra desafios que afetam s...