Memórias sexuais

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[SETH CLEARWATER]

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[SETH CLEARWATER]

Mais um dia tormentoso para conta. Eu só queria que todo aquele drama terminasse.
Nunca fui de pedir coisas, mas todas as noites eu suplicava para todos os deuses me permitirem ter uma vida tranquila e sem muitas emoções. Eu só tinha um desejo, este era envelhecer ao lado da pessoa que amo, em uma casa pacata. Sentar em uma cadeira de balanço e admirar meus filhos e, depois os netos brincarem no extenso quintal, enquanto recordo devotamente meu passado com meus irmãos. Não é pedir muito.
Atirei-me na cama. Como sempre, estava exausto pós ronda. E, em menos de um minuto já teria pegado no sono, se não fosse pela noite que me esperava, fazendo com que a ansiedade me deixasse tonto. Fiquei horas encarando o teto, enquanto imaginava de que forma eles viriam até nós.
Qualquer uma de minhas hipóteses seria complicada - no caso, para os caçadores. Seria difícil nos deter com a quantidade significativa de reforços que tínhamos em toda extensão da inusitada Forks. Naquele momento, eu não me importaria em destroçar seres humanos, um a um. Pelo menos seria algo nobre a se fazer. Eliminar quem nos elimina. É um extermínio necessário.
Podíamos ter ido na noite anterior ou há semanas atrás. Sempre fora como se eu estivesse preparado para este momento a minha vida toda.
Mas Sam e os Cullen não achavam correto. Atacar de surpresa não é algo digno. Deixem que venham até nós primeiro, pois sabemos que somos mais fortes. Podemos evitar um massacre. De qualquer maneira, vidas seriam perdidas. Só esperava que não fosse nenhum do nosso lado.
No outro cômodo, minha irmã conversava baixo ao telefone. Se esforçando ao máximo para que suas palavras fossem inteligíveis para mim. Talvez fosse mais um de seus segredos. Tanto fazia. Aquilo não era da minha conta.
Tentei ouvir outros sons, puxando todo o ar que conseguia para meus pulmões, numa tentativa frustrada de ficar de boa. Pude escutar além das árvores o barulho dos carros na estrada e os imaginei fazendo a curva que levava até a praia. De imediato as imagens das ilhas, rochas e do grande mar azul fixaram-se em minha mente. Recordei, então, o dia em que levei minha garota até La Push. Se eu fechasse bem os olhos ainda conseguiria ouvir sua risada e assistir seu corpo dançar de um lado para o outro, assemelhando-se a um ser celestial.
Eu estava tão atento aquele sonho que a explosão súbita de Dakota percorrendo com seu sorriso em minha mente me fez pular da cama.
Eu precisava dela mais do que nunca.
"Volto mais tarde!" Gritei ao passar pelo quarto de Leah, recebendo um aceno meio desajeitado em resposta. Abri a porta dos fundos e segui disparado até meu carro.
Era uma manhã de sábado. Eu sabia que naquele horário Dakota estaria em seu ensaio com as animadoras e, minha presença inesperada na quadra não seria bem-vinda. Mas eu precisava estar ao lado dela. O lobo acuado dentro de mim clamava por seu imprinting tão alto, que minhas pernas me levariam até ela à força, de um jeito ou de outro...
Andei pelos corredores com as mãos nos bolsos. Ninguém pareceu prestar atenção em mim quando passei pelos portões da quadra de esportes, me sentando bem no topo das arquibancadas vazias. Havia chegado no final do ensaio. Ótimo. Dessa forma, todas estariam dispersas demais para notar o inquilino no canto.
Segui o cheiro doce e inconfundível de minha namorada, a encontrando com facilidade em meio às outras garotas. Dakota se encontrava ao sul, evitando contato com o resto, enquanto desamarrava o cadarço de seu tênis. Ao seu lado, estava minha prima que parecia derramar um fluxo constante de advertências a uma pobre garota, de cabelos encaracolados.
"Vejo vocês na segunda-feira, meninas. Não se atrasem." A voz fina de Catherine preencheu o local como um eco a medida em que caminhava até a saída. Agradeci aos céus por ela não ter me visto ali, do contrário eu não teria saco para ser educado diante de suas tentativas irritantes de reaproximação.
Desci os degraus da arquibancada, ignorando minha pressa. Eu não podia dar uma de desesperado no meio daquelas meninas. As assustaria com minha urgência. Então, apenas esperei que se dispersassem o suficiente para me aproximar da única pessoa que importava naquele instante.
Ela se preparava para seguir o fluxo até os portões quando a alcancei. Seus olhos não encontraram os meus de imediato e, por pouco gritei por seu nome quando a vi se afastar, mas algo a fez parar bem no meio do caminho. Talvez minha mente estivesse barulhenta demais. E, de alguma forma ela me ouviu. Quando se virou para me fitar, um sorriso enorme preenchia seu rosto pequenino e, não demorou muito para seus pés descalços correrem ao meu encontro em prontidão.
"Vida!" Ela exclamou baixinho, assim que a envolvi em meus braços. Aquela foi a primeira vez que Dakota me chamou assim. Derreti como uma manteiga na mesma hora. Como ela conseguia? Fazia com que minha vontade - totalmente reprimida - de fugir ao seu lado para uma ilha, longe de tudo e todos, disparasse involuntária, a ponto de meus pensamentos transformarem aquela loucura em algo viável. "Pensei que fosse me encontrar mais tarde, para se despedir antes de ir." Ela continuou, meio hesitante. Seu corpo se afastou do meu para que conseguisse olhar em meus olhos.
"Eu meio que não consegui esperar tanto tempo." Admiti não tão envergonhado quanto das outras vezes - quando chegava em sua casa no meio da noite a assustando por estar agoniado para vê-la.
"Estou aqui." Ela sorriu fraco, segurando minha mão.
Não demorou muito para estarmos do lado de fora da escola. Dakota andou ao meu lado e a observei de rabo de olho, maravilhado - como era de se esperar - com a graciosidade que seus pés tocavam o chão. Suspirei por um segundo ou dois. Ela parecia me ouvir e fitava o vazio à sua frente segurando o riso. Deveria estar pensando que já era hora deu me acostumar com ela - mas eu não queria. Dakota me passava a sensação de que não era o tipo de pessoa com quem podemos nos acostumar tão fácil assim. Ela era única demais pra isso.
Dentro do carro, eu dei a partida no motor, pensando rapidamente no que fazer - já que pra mim só estar ao lado de Dakota era suficiente, mas ela, definitivamente se cansaria de olhar pra minha cara durante horas.
"Seth. Posso fazer uma pergunta?" Ela pediu assim que entrei no trânsito, ao virar na primeira curva que levava até a reserva.
"Manda" Concordei sem tirar os olhos da estrada, apesar de não estar mais prestando tanta atenção nos carros que passavam acelerados por nós.
"É que...Estou preocupada. Você tem certeza que precisa ir mesmo?" Vi quando seus lábios se apertaram numa linha reta.
Desviei meu olhar apenas por meia fração de segundo, no intuito de ultrapassar um caminhão.
"Se quiser que eu fique. Eu fico." Admiti com certa tranquilidade.
"Não, Seth. É seu dever. Não faria sentido você ficar depois de ter treinado tanto..."
"Está com medo de ficar sozinha com ele." Sustentei seu olhar rapidamente, confirmando ali o que acabara de afirmar. "Nós dois sabemos que Vincent, de certa forma, tem ciência de que estou aqui por você. Ele sabe que eu não iria embora, mesmo com todas aquelas malditas ameaças." Olhei a estrada, dando tempo suficiente para me recompor. Citar aquele cara me dava ânsia de vômito e, podia jurar que minha expressão não era uma das melhores. Tentei, por fim, me concentrar novamente. "Ele não vai fazer nada com você. Me certifiquei disso."
"Como assim?"
"Festa do pijama. Nos Cullen." Abri um sorriso amarelo, vendo as sobrancelhas de Dakota se juntarem em meio à careta aborrecida.
"Mas o quê?"
"Nós decidimos que seria coerente fazer algo pra te tirar de perto de Vincent. Sei que Cam faz um bom trabalho..." Menti descaradamente. "...mas dessa forma seria melhor."
"Quem seria nós?" A voz de minha namorada se elevou num tom ríspido.
"Jacob e eu?" Oscilei, meio temeroso. Por um segundo pude ver Dakota rosnar de raiva.
"Eu não acredito nisso." Seu sorriso fraco era de zombaria; os olhos ainda pegando fogo.
"Bom..." Prossegui. "Matamos dois coelhos com uma cajadada só dessa forma, já que Nessie, Mahal e Esme vão estar com você. Seria mais fácil pros meus irmãos fazerem a ronda, se estiverem todas no mesmo lugar."
"E essa foi a solução mais factível que tiveram." Ela objetou, completamente sarcástica e revirei os olhos.
"Você tem duas opções, Dakota." Dei de ombros, sabendo que ambas escolhas me agradariam.
"E quais seriam? Aceitar essa idiotice de festa do pijama ou o quê?"
"Ou fico aqui. Fico ao seu lado como uma sombra até que tenha certeza que nada vai chegar perto de você."
"Não!"
Fiquei sentado naquele maldito banco de couro em silêncio, dividindo minha atenção entre a estrada e o rosto de minha namorada; seus olhos em brasa encaravam o horizonte numa expressão de raiva homicida. E, naquele instante quis poder ler mentes para decifrar o que havia feito de errado.
"Você não fez nada de errado. Nunca faz."
Ela suspirou com força, virando todo o corpo para o meu lado do carro.
"Então, por que está assim?" Perguntei, surpreso em constatar como a minha voz estava rouca. Tentei dar um pigarro baixo para disfarçar.
"Sabe que não posso sair daquela casa, se não for para ir ao colégio ou ao trabalho. A ideia foi ótima. Mas...Não posso. Tenho que trabalhar hoje a noite também. Eu não posso. E não quero ser um fardo pros seus irmãos. Eles não precisam fazer todo esse esforço de ficar rondando a minha casa...É só que...Não quero mais empacar a vida de ninguém."
"Está acontecendo alguma coisa que não sei? Porque você não tem mais celular, não pode ficar ao meu lado, sem que seja escondido e, ainda trabalha em uma boate, sendo que não chega nem perto de ter idade pra beber. Tem mais algo errado além disso tudo?"
"Seth..."
"Beleza. Sei o que vai dizer. Não quero te preocupar mais. Dakota, eu sou o seu namorado. Me preocupar é uma das minhas funções neste relacionamento. Confia em mim. O que está acontecendo?"
Esperei por uma resposta de Dakota, mas ela não voltou a falar. Ela apenas encostou a cabeça no banco, olhando o teto do carro. Seus olhos tristonhos seguravam as lágrimas com determinação para que não caíssem.
"Está me deixando..." Se eu dissesse a palavra 'preocupado' mais uma vez levaria um soco, então simplesmente deixei o resto da frase no ar.
"Você não aguentaria." Sua voz saiu em um sussurro. Meu coração acelerou no mesmo instante e, revirei meu cérebro em busca de uma solução para aquele enigma.
Parei o carro subitamente. O contorno vago de árvores preenchia a lateral do acostamento e, foi a única coisa que meus olhos captaram naquele maldito momento.
"Tem como ser mais clara?" Indaguei, a voz dura e controlada - por pouco tempo.
"Absolutamente não é a hora e nem o lugar para conversarmos sobre isso."
"Quando vai ser, então? Já que vem evitando falar sobre várias coisas comigo há meses. E, quando digo várias, quero dizer todas as partes importantes da sua vida. Quando vai me incluir nelas?"
"Você fala como se eu escolhesse isso. Mas já parou pra pensar que uma parcela sua é um lobo, que usa a raiva como alavanca? Mataria o Vincent, sem pensar duas vezes."
Senti um espasmo de medo com as palavras dela, a lembrança abrupta do jeito sombrio e violento de seu tutor percorreu meus pensamentos; o bastante para me manter calado em completo frenesi. Fiquei preso às possíveis coisas que poderiam estar acontecendo. Coisas que ignorei tempo suficiente porque ela me pediu. Porque ela me afastou. Porque fui um péssimo namorado, deixando-a nas mãos de um alguém que não se podia confiar.
"Ele te tocou, Dakota?" Grunhi, trincando os dentes numa fúria súbita.
Ela me encarou com ansiedade, os olhos bem arregalados e atentos, sem disfarçar o nervosismo.
"Responda!" Insisti. Havia um tom veroz de arrependimento em minha voz. Pensamentos desagradáveis começavam a retornar. Estremeci e pestanejei.
Tentei estender a mão livre para seu rosto, mas ela me impediu.
"Por favor. Não faça nada."
"Eu não acredito!" Soquei o banco com força, saindo do carro em sequência.
Andei de um lado para o outro. Não conseguia pensar numa forma de protestar, mas imediatamente meu corpo queria fazer isso. Esse canalha vai pagar por tudo, a voz na minha cabeça repetia sem parar. Meus joelhos devem ter começado a tremer, pois de repente as árvores oscilaram sobre minha cabeça. Eu podia ouvir meu sangue martelando mais rápido que o normal em meus ouvidos.
"Seth, entra no carro." A voz dela parecia distante agora.
Eu estava tonto, porra. Era difícil me concentrar depois de ter certeza do que vinha cogitando há meses. Tudo girava como se eu estivesse embriagado.
"Ei..." A vi se apoiar no banco do motorista, para se aproximar. Dei um passo para trás. "Está tudo bem." Dakota abriu um sorriso gentil e fechei meus olhos em completo descontentamento ao pensar em Vincent tocando-a.
"Não! Seth! Não é isto que está pensando." Dakota reivindicou, pulando para fora num só salto.
Suas mãos frias tocaram meus pulsos e prenderam-nos rente ao meu corpo. Ela se inclinou na ponta dos pés para ficar mais próxima de meu rosto. Virei a cara.
"Não tente melhorar as coisas pra ele." Grunhi.
Ela respirou fundo por um longo momento e encarou o chão. Sua boca se retorceu um pouco. Quando enfim ela se voltou para mim, seus olhos estavam diferentes, mais duros - como profundezas antes nunca exploradas do mar.
"Você prometeu! Prometeu que não faria nada..."
"Desde que fosse o melhor para você" A interrompi.
"Isso não é da sua conta. Não lhe diz respeito. Por que insiste em ficar se metendo nesses assuntos?"
Houve uma pausa enquanto eu repetia as palavras em minha cabeça, procurando seu verdadeiro significado. Eu precisava pensar. Perguntei-me como iria lidar com um homem que tinha meu imprinting nas mãos. ***Matando-o. Arrancando sua cabeça com meus dentes e fazendo picadinho de seu corpo, como quem prepara uma salada. Ele ia pagar. E, se pra isso eu precisasse fugir com Dakota depois, estava tudo bem - fugir com ela estava na minha lista, de qualquer maneira.
Abri a boca para falar, depois voltei a fechá-la. Ela esperou, impaciente, o rosto confuso e apreensivo. Me soltei de seu aperto, puxando-a para um abraço, vendo carros passarem em fileiras por nós. Então, sussurrei:
"Uma hora ou outra isso iria acontecer. Você sempre soube."
"Por que precisa ser dessa forma? Não entende que tudo será pior depois que fizer isso?"
"Sou sua melhor opção neste momento. Sempre fui. Ou ele, ou eu."
"E quanto ao livre arbítrio? Não existe a opção de, eu, Dakota, viver sozinha e feliz sem ninguém me vigiando?"
"Nem fodendo." Soltei uma risada fraca.
"Minha vida vai se tornar um inferno." Eu sabia que Dakota ia fazer chantagem emocional, mas eu já estava blindado quanto a isso. Não iria funcionar desta vez.
"Esse drama todo é pra não fugir comigo? Qual é?" Forcei uma brincadeira. Eu precisava espairecer.
Ela me surpreendeu, rindo.
"Vamos sair daqui." A puxei gentilmente pelo braço, passando por uma trilha de terra que seguia até a floresta - sem me importar em deixar meu carro à deriva no acostamento.
A maior parte do caminho era plana e empurrei algumas samambaias para o lado, a fim de dar passagem para Dakota, que seguia com a mão entrelaçada na minha, logo atrás. A ajudei a passar por algumas árvores caídas e pedregulhos, erguendo seu corpo com cuidado. A temperatura de seu corpo estava mais gelada que de costume naquela manhã. Ou eu estava quente demais após nossa conversa. Tentei ao máximo ignorar este episódio, após lembrar dos últimos minutos.
Na maior parte do tempo, conversamos sobre qualquer coisa banal. Falamos sobre animais de estimação da infância, desenhos favoritos, pessoas favoritas - e eu tive que admitir que passei um bom tempo da minha vida perdidamente apaixonado pela Julia Roberts; ela era minha pessoa favorita ou suas personagens, nunca soube distinguir. Dakota riu disso, o tinido do eco em sua voz percorreu o bosque vazio.
Nossa caminhada tomou a maior parte da manhã e, ainda assim, não demonstramos nenhum sinal de impaciência. Avistei a floresta se espalhar a nossa volta, nos engolindo cada vez mais. E, foi neste instante que fiquei perfeitamente à vontade, observando a luz do dia se infiltrar pelas copas das árvores, enquanto não media esforços para admirar a perfeição da garota ao meu lado.
Meus pés tocaram a beirada da campina, atulhada de violetas amarelas. Ao leste, pude ouvir nitidamente o som borbulhante do riacho e, me perguntei se ela conseguiria ouvir também. Era fascinante. Caminhamos devagar através da relva macia, agitando as flores abaixo de nós. Então, num sobressalto súbito joguei meu corpo contra o chão, deitando a cabeça em meus braços cruzados, fazendo os olhinhos de Dakota se arregalarem com o susto.
Ela, por fim, abriu um sorriso, passando suas pernas sobre minha barriga. Quase não senti seu corpo pressionar meu estômago - era como ter um peso de três quilos sobre mim, não me incomodava.
Estendi um dedo para tocar seus lábios com cuidado, com medo que ela desaparecesse como uma miragem, era linda demais para ser real. Seu sorriso se abriu novamente, deixando escapar uma covinha no canto da bochecha rosada. O vento suave, enroscava os caracóis de seus cabelos, espalhando o cheiro de vinhedo por todo o local. Não me contive. A puxei para mais perto, sentindo seu hálito frio, doce e delicioso contra a minha boca.
Passei as duas mãos em sua cintura, deslizando até seu abdômen, onde com apenas um dedo subi sua blusa. Dakota deixou escapar um suspiro alto, aproximando-se para beijar meu pescoço de forma desajeitada e nervosa. Segurei firme seu rosto e a beijei. As mãos de Dakota percorreram até o topo de minha calça e, logo algo em mim se acendeu como chama. Mas ela apenas puxou minha blusa para cima e, a ajudei ansioso, quase rasgando-a logo de uma vez. A observei tirar a parte de cima de sua vestimenta, deixando à mostra seus seios. Sua pele branca, agora, faiscava como trilhares de diamante reluzentes. Era, literalmente, impossível não estar apaixonado.
Dakota se levantou por um instante. De costas para mim, ela virou seu rosto, com um sorriso arteiro, para então caminhar adiante, numa lentidão deliberada. A cada passo, ela deixava uma peça de roupa para trás. Apoiei o cotovelo no chão, admirando as linhas suaves de suas costas, ombros, braços...Então, ela sumiu por entre os arbustos, deixando-me à deriva.
Fiquei de pé, seguindo apressado. Eu não ouvia o som de meus passos, só os dela. Arranquei minhas roupas, sem hesitar, deixando-as na árvore mais próxima. Não foi difícil encontrar Dakota. Seu corpo estava emergido na água do pequeno riacho e, assim que subiu para superfície meu coração acelerou como se fosse nossa primeira vez. Eu entrei em pânico, como se não tivesse ideia de como enfrentar algo tão conhecido e, tão normal.
Atravessei por entre a água, criando pequenas marolas, até estar ao seu lado. Seus braços me envolveram, apertando-me contra seu corpo e, tive a sensação de que lembraria daquele dia para sempre.

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⏰ Última atualização: Jun 18, 2019 ⏰

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