Cena do crime

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[DAKOTA CONTTI]

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[DAKOTA CONTTI]

"Jason, eu preciso que fale, exatamente o que aconteceu aqui." Perguntei para o menino sentado em posição fetal embaixo da mesa. Ele estava em estado de choque há mais de dez minutos, o que era de se esperar depois de ter matado o próprio pai.

A casa, que eu conhecia apenas sendo arrebatada por adolescentes com seus copos de bebidas na mão, dançando pelos corredores, agora, se tornara o cenário de um crime. O corpo do pai de Jason estava estirado no hall de entrada, ensopado de sangue, que o envolvia por inteiro, como uma camuflagem. Seus olhos abertos fitavam o vazio de quem já partira há muito tempo daquele plano terrestre.

"Eu não lembro." Ele soluçava. "Meu pai estava brigando comigo porque cheguei em casa bêbado de novo. Ele me irrita. Irritava. Droga!" Jason chutou a perna da mesa fazendo alguns vasos de plantas balançarem com o impacto.

"Dakota." A mão de Seth passou pelo meu braço com firmeza, assim que o garoto me puxou para mais perto de seu rosto, dizendo em meu ouvido:"Vamos embora. Não temos o que fazer aqui."

"Não!" Jason pediu em desespero. "Vocês não podem me deixar sozinho."

Voltei a me abaixar diante de Jason, ignorando mais uma vez, os pedidos de Seth para irmos para casa. Eu sabia, exatamente, como contornar aquela situação. Apenas precisava que os dois seguissem minhas ordens; sem erros. E trabalhassem em conjunto.

"Como seu pai morreu?" Perguntei me sentando de frente para o garoto.

"Eu estava muito alterado, Dakota." Ele chorava abraçando as pernas, num vai e vem frenético.

"Como ele morreu, Jason? Anda! Responde logo!"

"Eu o empurrei da escada."

"Sabe me dizer se seu pai tomava algum remédio controlado? Algo para dormir?"

"Sim. Tem alguns na gaveta da suíte dele."

"Seth." Eu disse me dirigindo ao garoto que não tirava os olhos da porta de entrada. "Preciso que vá até o banheiro do quarto dos pais de Jason e pegue o remédio para insônia que está na gaveta. Traga alguns compridos. Metade do potinho."

Clearwater acenou com a cabeça concordado em tolerar aquela situação desastrosa por uma ou duas horas, passando por mim com as mãos nos bolsos. Eu o estava decepcionando. Tudo o que Vincent havia dito fazia cada vez mais sentido para mim agora. Seth não era como eu, por mais que me forçasse a acreditar nesta mentira, uma hora ou outra, ele também fugiria de mim.

"Não toque em nada com as mãos descobertas, por favor" Berrei o vendo chegar no último degrau da escada. "Agora eu preciso que você me dê suas seringas novas."

"Não tenho seringas. Como? Seth te contou alguma coisa?"

"Olha, nós não temos muito tempo. Pelo o que sei, sua mãe é advogada e, geralmente pessoas desse ramo chegam tarde em casa. São nove e quinze da noite agora. Ela deve chegar por volta das dez ou onze?"

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