Patriarcal

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[SETH CLEARWATER]

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[SETH CLEARWATER]

Longe e baixo demais para que alguém além de meus irmãos e eu ouvisse, outro uivo se elevou por entre a floresta. Saí correndo pela trilha de terra mais curta, saltando a primeira fila de madeira, sentindo as pequenas fisgadas enquanto os espinhos cortavam minha pele, as ignorando por completo.

Cortei caminho, disparando pela estrada e vi quando a picape passou por mim, revelando o rosto de maçãs rosadas de meu imprinting. Uma vez na segurança da floresta e das árvores, corri mais rápido, dando passadas longas e impacientes. Assim que me certifiquei de que estava a sós, tirei o short - me esquecendo de arrancar minha blusa e jaqueta, estas seriam estraçalhadas no mesmo instante de minha transformação. Através de movimentos treinados, o enrolei e amarrei na corda em meu tornozelo. Senti o fogo descer por minha coluna, provocando espasmos em meus braços e pernas. Só levou um segundo para eu me transformar. O calor tomou conta de mim e senti o tremor de minhas patas pesadas indo de encontro à terra.

Estiquei o dorso comprido, caminhando até o resto da matilha, caindo sobre as patas traseiras ao lado de Embry logo após me reunir com meus irmãos.

"Onde está Collin?" Sam perguntou. Ficamos em silêncio, sem saber a resposta. Eu ainda não havia visto o meu irmão naquela manhã.

Aquela manhã. Droga. Eu não podia pensar em nada que havia acontecido minutos atrás ou, meus irmãos não me perdoariam por eu ter compartilhado cenas íntimas com eles.

"Tarde de mais, Seth." Jake pensou e rosnei baixo balançando a cabeça para evitar lembrar do episódio em meu carro.

"Cale a boca, Jake. Você devia estar no Alaska agora."

"Ainda tenho um tempinho para encher o saco de vocês antes de partir."

Vi nosso Alfa sentar-se nas patas traseiras, soltando um uivo dilacerante para que nos calássemos. Em um sinal ou uma ordem, eu não soube distinguir.

"Paul, conte a eles o que você viu."

Senti os pensamentos de meu irmão dispararem em uma imagem nítida de um lobo desconhecido em nossas terras. Eu cravei minhas unhas no chão, ouvindo um gemido baixo percorrer o bando.

"O que ele veio fazer aqui?" Quil perguntou.

"Não sabemos ainda." O pensamento de Sam chegou lento e hesitante. "Ele ficou por poucos minutos fazendo sua ronda pela clareira."

Me perguntei por que eu era o único de pé. Meu pelo estava eriçado nos ombros, arrepiado por conta da impaciência.

"Existe algo que impeça outros lobisomens de entrarem em nossas terras? Algo tratado? O que vamos fazer?"

"Não tem nenhuma regra, mas lobisomens de outros lugares são diferentes de nós. Precisamos ficar em alerta constante."

"Diferentes?" Pensou Jacob.

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