Primeiro dia

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[DAKOTA CONTTI]

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[DAKOTA CONTTI]

"Você tem certeza que pegou tudo, mãe?"

"Óbvio." Ela revirou os olhos enquanto sentava com brutalidade no banco do carro. A porta meio aberta trouxe consigo uma rajada de ar quente, fazendo fios soltos de meus cabelos se bagunçarem ainda mais.

"Então conte esse dinheiro de novo." A desafiei, meio desconfiada.

"O senhor Louis conferiu na minha frente, tem como parar com a paranóia?" Minha mãe fechou a porta do carro. Girou a chave da ignição e deu partida.

Não demorou muito para estarmos na estrada. Fiquei observando o dia amanhecer na sua lentidão, a mistura de cores entre rosa e laranja me deixava mais calma. Afastei os pensamentos ansiosos quanto ao que viria a partir de hoje, o que aconteceria comigo estava nas mãos de meu destino.

Meus olhos se abriram meio dengosos e cansados; não havia percebido que tinha dormido durante a viagem. Olhei para o lado e vi minha mãe ainda focada em não bater com o carro, porém, de longe eu era possível ver seus olhos se fechando por conta da exaustão.

"Deixa que eu assumo daqui." Forcei-a a estacionar. "Falta só 1km, certo?"

Ela afirmou com a cabeça.

Enquanto eu me preparava no banco do motorista, observei pelo retrovisor Lily coçar os olhinhos com suas mãos pequenas. Minha irmã mais nova tinha acabado de acordar. Ela estava super protegida por dois cintos de segurança, e sua cadeira rosa. Num aperto frouxo ela segurava seu urso de pelúcia, chamado Conka. Ela havia dado esse nome estranho ao boneco assim que começou a aprender a pronúncia de algumas palavras.

Segui meu caminho pela estrada, cortando alguns carros e ultrapassando os limites de velocidade permitidos. Estava sem paciência para polidez. E com muita fome para conseguir aguentar mais um minuto com as mãos no volante.

O céu foi ficando acizentado de repente e, e me estiquei para perto do para-brisa para, assim, ter uma visão mais ampla do ambiente. As nuvens carregadas indicavam que a qualquer momento a chuva cairia, e não seria uma chuvinha boba, com certeza.

Bem-vinda a Forks, Dakota.

Dei um leve tapinha no ombro de Emma, minha mãe, e esta acordou num rompante.

"O que aconteceu?" ela coçou os olhos, deixando escapar um bocejo alto.

"Nós chegamos, princesinha" Falei com um sorriso forçado, me arrastando para fora do carro. Abri a porta do carona e desvencilhei minha irmã dos cintos. Ela abriu seus bracinhos, esperando que eu a pegasse em meu colo. Assim o fiz. "Tudo bem, Lily?" Dei um beijo em sua bochecha, sentindo seu cheirinho natural de bebê. Como eu amava esse cheiro.

Ao passar pela porta da casa tive a primeira visão concreta da decoração que elaborei durante meses. Minha mãe já havia estado na casa algumas vezes para acompanhar a reforma. Era uma casa velha e abandonada de meus avós, que, agora, estava apresentável, confortável e moderna.

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