P R Ó L O G O

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Algum Tempo Atrás

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Algum Tempo Atrás

Encolho-me, assustada, em formato de conchas levo as mãos até os ouvidos e tento abafar o som, os gritos, mas não consigo! ELES NÃO PARAM! A luz do quarto está apagada, as janelas quebradas, a porta fechada. A noite lá fora toma tudo. A chuva!

A porta do quarto se abre rapidamente e eu observo apavorada as duas crianças entrarem correndo, suas roupas brancas sujas, sujas de sangue, o carmesim toma conta de tudo. Eles estão com os rostos sujos e eu estou parada, encolhida, com medo! Não estou ajudando ninguém!

- Ana, Ana - ela grita por mim, mas balanço a cabeça. - Ana, levante agora mesmo!

- Olívia, não!

A pequena garotinha de cabelos loiros me olha, apavorada, entendo que ela nunca me viu dessa forma e não sabe como agir, mas meu corpo ganhou domínio próprio. Não posso sair daqui! Não posso me mover. Não posso proteger eles... não posso atirar.

- Ana - agora é Tyler quem chama, assustado. - Ana, a mamãe. Vamos!

Balanço a cabeça para ele, com medo, tão assustada!

Eu deveria estar protegendo-os, deveria estar correndo para longe, mas não consigo!

- Mamãe, não.

O grito de Olívia me apavora, me faz virar para a porta e ver a imagem da bela mulher que antes trajava uma camisola branca, agora nua, sangrando. Sua mão pressionada o ferimento em seu peito e eu me encolho mais, as lágrimas voltam e eu fico parada, observando-a cair na porta, estendendo sua mão.

- Ana - chama, e eu balanço a cabeça. - Anastásia.

- NÃO - grito, encolhendo-me mais.

Então ele aparece, atrás dela, a agarra pelos cabelos e as lágrimas cessam do meu rosto, quando ele começa a bater e chutar ela... a minha mãe! Levanto-me e corro até a cama, agarro meus irmãos pelas cinturas e os coloco no chão, eles não podem ver! Jogo meus cobertores para o lado, eles caem no chão e junto cai a arma. Abaixo-me rapidamente, a adrenalina corre pelo meu corpo enquanto minha mãe grita, enquanto ele a soca. Meu corpo tomba para o lado, em pavor e mesmo assim, resta-me força para levantar os braços e atirar.

A arma escapa da minha mão, junto com um grito que escapa do fundo da minha garganta. O corpo da minha mãe tomba no chão, o meu também. Meu corpo dói, minha cabeça gira e ele me olha, seu olhar se esvai, qualquer resquício de brilho ou prazer, apenas se vai e lá está ele, encarando-me como se eu o tivesse traído, enquanto pressiona o ferimento da bala, bem no seu abdômen.

- O que você fez, garotinha?

Balanço a cabeça enquanto o corpo dele tomba para frente, caindo sobre o da minha mãe, e me encolho, chorando. Eu fiz. Eu fiz... eu atirei nele!

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A Cura Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora