➷ Tentador ➷

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14 de janeiro, quarta-feira

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14 de janeiro, quarta-feira

04:10PM

Caminho lentamente até o meio-fio e dou uma olhada para trás vendo Kate conversar com algumas garotas, ela me encara e balança a cabeça, depois volta a dar atenção para as meninas. Respiro fundo e ajeito a alça da minha mochila, encaro meu relógio e suspiro outra vez.

— Ei, Ana?

Viro-me um pouco e suspiro ao ver Mike se aproximar, ele para ao meu lado e coça a nuca, sorri sem graça e encolhe os ombros.

— Eu fui um grande idiota com você aquele dia, será que você pode me desculpar?

Dou de ombros e balanço a cabeça, indiferente, ele sorri e se aproxima ajeitando algo em meu cabelo, balanço a cabeça e acabo rindo ao ver ele tirar uma pequena flor que deve ter caído da árvore que há no pátio. Mike estende a pequena flor e eu aceito, sem jeito.

— Será que nós podemos sair qualquer dia desses? Sei lá, apenas um sorvete.

Bem, não pode ser tão ruim, talvez isso me distraia.

Balanço a cabeça afirmando e Mike dá um largo sorriso, usando todo seu charme de adolescente para me impressionar, sorrio e estendo meu celular para ele, mas enquanto ele anota seu número o celular é arrancado da sua mão. Encolho os ombros e desfaço meu sorriso ao ver que foi Christian e que Elliot está ao seu lado. Além de pegar meu celular Christian arranca a flor da minha mão e joga no chão.

— Eu não mandei você ficar longe, palhaço?

Reviro os olhos para Elliot e para Christian e ignoro os dois quando David buzina, deixo-os para trás, até mesmo meu celular e apenas vou para o carro. Sento-me frustrada no banco e cruzo meus braços, fazendo David rir, ele balança a cabeça e buzina outra vez, então Elliot e Christian começam a se aproximar.

Jogo a cabeça e faço beicinho para ele, ameaçando chorar, mas ele ri.

— Eu não caio nesse joguinho tão fácil — murmura bagunçando meus cabelos.

Empurro sua mão e dou de ombros. Elliot e Christian entram no carro e cumprimentam David e então eu vejo ele olhar para Kate, ela olha para ele e começa a se aproximar, remexo-me no banco desconfortável quando ela entra no carro, sentando ao lado de Christian. David começa a dirigir e eu fico quieta, com os braços cruzados, mas logo ele começa a me provocar, fazendo-me cócegas, enquanto empurro sua mão.

— Vamos lá — pede, todo brincalhão. — Dê um sorriso e eu paro!

Empurro sua mão, irritada com a sua persistência, mas quando o olho é inevitável e eu acabo rindo.

Não me faça rir quando estou com raiva! Droga!

Viro o rosto para o lado e cruzo os braços, torcendo o nariz.

A Cura Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora