Anastásia nunca soube muito sobre o seu passado com seu pai biológico, tudo o que ela sabia era que ele nunca a quis, por isso mandou ela embora com a sua mãe. Mas a sua vida não foi ruim, ela cresceu com uma mãe amorosa e um padrasto ainda mais amo...
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22 de janeiro, quinta-feira
06:53PM
Permaneço no mesmo lugar em total silêncio, encarando as paredes como fiz desde que sentei aqui, há quase quatro horas atrás; não pude me mover, não pude dizer ou fazer qualquer coisa. Estou sentada no banheiro de Mia, em estado de choque. Não posso acreditar. A cena de Carrick batendo em Grace se repetiu milhares e milhares de vezes na minha cabeça e eu não consegui fazer nada... não falei nada, tudo o que eu quis foi correr e chamar meu pai, ele ama Grace, jamais bateria nela... como Carrick!
Ele é um monstro!
Levanto-me e minhas pernas doem, mas mesmo com dor, preciso ir, preciso sair daqui. Mia e Kate ainda estão dormindo e eu as deixo para trás, pego minhas coisas e corro para fora do quarto, então encontro Grace. Ela sorri e isso só faz as lágrimas voltarem, observando seu rosto um pouco marcado.
— Oi, bom dia, está tudo bem?
Coloco a mão sobre o peito e abro a boca, mas tudo dói e as palavras não saem, não posso, não consigo... de novo estou fazendo isso, mas não dá. Passo correndo por Grace enquanto ela chama por mim, e eu ignoro isso. Encho-me de pavor ao encontrar Carrick no andar de baixo. Ele sorri para mim e eu quero gritar de medo, sabendo que ele não é o que eu pensava, que ele machucou Grace... isso é demais! Corro para longe e atravesso a rua, digito o código de forma apressada e a porta se abre, corro para dentro e me assusto quando encontro David, ele sorri, mas rapidamente seu sorriso se desfaz.
— Filha, está tudo bem?
Abro a boca, mas meu peito queima de tanta dor que sinto, as palavras não saem e eu me desespero, mas corro para longe dele, soltando tudo o que estou carregando no chão. Subo as escadas correndo e fecho a porta do meu quarto assim que entro, tranco-a com a chave e corro para a banheira, enfiando-me dentro dela.
Respire, Ana, só respire!
— Querida, eu estou preocupado — meu pai grita do outro lado da porta, batendo nela. — Por favor, meu anjo, abra a porta, vamos conversar.