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05 de janeiro, segunda-feira

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05 de janeiro, segunda-feira

04:15PM

Afasto-me fungando e encaro os olhos castanhos da mulher a minha frente, ela suspira, a expressão em seu rosto demonstra toda sua ternura e carinho enquanto enxuga minhas lágrimas. O vento do final de tarde bagunça seus cabelos, espalhando-os pelo seu rosto e isso encobre um pouco suas lágrimas.

— Você está bem?

Balanço a cabeça, perdendo rapidamente qualquer chance de soltar alguma palavra, ela sorri e ajeita meus cabelos.

— Amy?

Respiro fundo ao ouvir a voz de David e vejo os olhos castanhos da mulher a minha frente se estreitarem, com raiva, viramos e olhamos para ele. Seu olhar é confuso, assustado com algo, enquanto ele observa a mulher e talvez, eu possa sentir o nervosismo dela, sinto-me igual.

— Você deve ser o Sr. Steele — ela diz com indiferença, irritada. — Pai da Anastásia.

— Sim.

É tudo o que ele diz, em um tom falho e confuso, a mulher a meu lado balança a cabeça e deixa um riso debochado escapar, então se aproxima dele e estende a mão. Sua postura é série, determinada, ela já não parece a mulher de um segundo atrás, com medo, pelo contrário, seu medo se foi.

Não entendo.

— Eu não sou a Amy, meu nome é Lisa Robert, sou madrinha da Anastásia — sua voz sai suave, firme em todas as palavras e quando David segura sua mão, vejo a raiva ficar mais forte em seus olhos. — Eu sou a tutora da Anastásia e das crianças ou deveria ser, mas graças a um idiota que fica gritando com ela no meio da rua, ela está longe de mim agora!

— O que?

Mesmo que David demonstre toda a sua confusão, nesse exato momento vejo a raiva lampejar em seus olhos, com todas as palavras da mulher a sua frente. O cenho dele se franze, com raiva e ele solta a mão dela, irritado de uma forma que eu já esperei ver.

— Katherine, Anastásia, entrem no carro — fala firme, cerrando os punhos.

— A outra garota pode até ir com você, mas Anastásia vem comigo.

— Do que você está falando?

A mulher me olha e dá um sorriso, então abre a porta do seu carro e tira um papel, entregando a David; a sua raiva parece ficar maior enquanto ele lê tudo o que está escrito lá. Seu olhar está escuro, sombrio com seus próprios pensamentos, mas o seu tormento parece deixá-lo mais bonito.

— Você pode até ser o pai dela, e ter ficado com a guarda dela e das crianças, mas eu tenho o direito legal de vê-la todos os dias e passar de duas a três horas com ela!

— Claro — murmura David, rindo, ele encara a mulher e balança a cabeça. — Mas se está claro aqui, eu escolho as horas, e eu decido que você só verá Anastásia e os gêmeos quando meu advogado conversar com você! Vamos embora, Anastásia!

A Cura Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora