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12 de janeiro, segunda-feira

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12 de janeiro, segunda-feira

07:15AM

Stephan está parado, ao longe, olhando para Kate e isso parece durar uma eternidade, mas se passaram apenas alguns segundos após o grito de Elliot; os alunos estão em choque, correndo e conversando alto, tumultuando o pátio. David está parado, segurando o braço do meu tio, mas eu sei que ele não seria capaz de evitar um estrago maior.

Christian está em um canto com Elliot, ele parece perturbado, percorrendo as mãos pelos cabelos, gritando e praguejando o namorado de Kate, que ainda permanece imóvel. É uma cena de horror, tudo parece passar lentamente diante dos meus olhos, então meu tio Stephan começa a se aproximar!

Katherine se levanta rapidamente e eu espelho seu movimento, não sei por que choro tanto quanto ela, mas choro. Nossas mãos permanecem juntas, segurando uma a outra com força, nossos cabelos bagunçados pelo vento e ambos corpos tremem quando ele para a nossa frente.

Seu olhar é duro, acusador, e mesmo que não seja para mim, sinto-me mal com isso. Dou um passo para trás, mas não solto a mão dela, nem mesmo quando Stephan agarra seus ombros, os olhos dele lampejam de raiva, brilham pelas lágrimas e ele parece atordoado por muitos fantasmas.

— Por quê?

É tudo o que sua voz, falha e raivosa, consegue dizer e ela se encolhe, envergonhada, desviando o olhar para o chão. Stephan aperta as mãos e a sacode os ombros de Katherine.

— Por que, Kate? Me fale!

— Pai, para...

— Me fale, porra! O que tem na sua cabeça? Como você pôde? Quantos casos por dia, eu falo para você, sobre mulheres que passaram por isso? Que morreram por isso?

— Papai...

— Me fale!

— Pai, desculpe — implora, soluçando alto. — Eu... ele gosta de mim, eu juro.

— Puta que pariu, Kate!

Stephan se endireita e agarra o braço dela e o meu, assustando-me, olho para David, mas nem ele e nem qualquer outro faz algo para nos ajudar. Ele deixa que meu tio nos arraste para o carro, furioso; quando ele bate à porta do carro, depois de nos fazer entrar, dá a volta e senta no banco da frente, arrancando com o carro em alta velocidade. Kate se encolhe ao meu lado e me encara, com raiva, respiro fundo e viro o rosto para o lado, sem acreditar que ela pôde ficar com raiva de mim!

Por quê?

O que ela queria que eu fizesse?

Que estúpida!

Stephan leva só alguns minutos para parar o carro de novo, em frente a um prédio que imagino ser um hospital, mas é um pouco diferente do que estou acostumada. Katherine arregala os olhos e grita quando ele abre a porta.

A Cura Para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora