Anastásia nunca soube muito sobre o seu passado com seu pai biológico, tudo o que ela sabia era que ele nunca a quis, por isso mandou ela embora com a sua mãe. Mas a sua vida não foi ruim, ela cresceu com uma mãe amorosa e um padrasto ainda mais amo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
21 de janeiro, quarta-feira
04:53PM
Desço as escadas lentamente e me sento no meio dela, em um dos degraus, observando de longe meu pai e Lisa conversarem, eles não parecem estar discutindo por nada, pelo contrário, parecem estar tendo uma conversa normal. Lisa ficará com os gêmeos até mais tarde hoje, já que prometeu levá-los ao cinema, ela me convidou, mas eu quero apenas ficar em casa, sozinha.
A porta se fecha e o barulho me faz acordar, encontrando-me sozinha com David, agora, ele está parado na ponta da escada, com o braço esquerdo apoiado no corrimão, seus olhos estão focados em mim e há um tom de preocupação em seu rosto que me deixa inquieta.
— O que foi?
— Princesinha, agora que seus irmãos já foram, será que podemos conversar?
— Sobre o que?
— Podemos ou não?
— Claro — sussurro, dando de ombros.
Levanto-me e desço os degraus, estranhando a forma como ele me olha agora, é como se eu tivesse aprontado algo, mas não fiz nada... a menos que o diretor tenha contado sobre Elena, o que seria loucura, ninguém tem provas de que eu fiz algo e do que eles me acusariam afinal? Tento não pensar sobre isso enquanto caminho para o escritório com meu pai, ele nunca me trouxe aqui, isso me faz temer mais, acreditar que o assunto realmente é sério. Quando entramos no cômodo eu me aconchego no sofá de couro escuro em baixo da janela, ao redor dele há duas estantes grandes com livros e aqui, parece ser seguro.
Observo meu pai caminhar até uma cadeira e pegá-la, ele coloca a cadeira em frente ao sofá e senta nela olhando-me com muita atenção. Papai ainda está com a sua roupa do trabalho, uma calça preta social um pouco apertada, camisa branca arregaçada nas mangas e seu distintivo pendura em seu pescoço; é o ponto que foco.
— Princesinha, olhe para mim — pede, e seu tom comigo é como se eu fosse uma criança, mas mesmo assim lhe encaro, torcendo os dedos, realmente me sentindo com menos idade. — Por que você agiu daquela forma?
