Cap.3 Tamara

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P.O.V Tamara

...
...
...
Filha,filha acorda,corda,corda. BOOM

Acordo ofegante.

-Só com bomba mesmo pra você acordar-disse minha mãe em frente à cama de retalhos-Vamos,rápido Tamara! Já vão descobrir o esconderijo!
Saio da cama e acompanho minha mãe. Ela sobe a escada de metal e emburra o monte de caixa,fazendo todas caírem no chão. Ela sai do buraco e eu a acompanho.

-Tampem de novo! Vai ver eles não encontrem!- disse minha irmã

-Pouco provável,mas não custa tentar- disse meu pai

-Pra onde vamos?-perguntei

-Temos que pensar. Temos um tempo já que estamos em uma área isolada-falou meu pai novamente

-Mas é proibída também-disse minha mãe

-Mas é mas segura-argumentou meu pai

-Tá! Pra onde vamos?!-perguntei

-Se fosse pra enrolar,que fosse lá dentro!-falou minha irmã

-O plano é sairmos da Guerra,ou pelo menos irmos pra um estado ainda não afetado,teríamos tempo-minha mãe fala enquanto olha para os lados

-Mas nós vamos andando ou o que?-assim que minha irmã perguntou ouvimos barulho de helicóptero

-PARADOS,PARADOS. ALVO DETECTADO. MÃOS PARA CIMA,MÃOS PARA CIMA.-dizia a voz vindo do helicóptero.
Começamos a correr,já éramos profissionais na fuga,dois anos fazendo isso,não se esperaria de menos,além de sermos unidos.
A poeira da terra estava muito levantada. Não dava pra ver nada direito. Só corríamos,com várias caixas acima da cabeça,elas pesavam,mas poderiam nos proteger de uma bala. Olhei para o lado e vi um homem,com capacete e roupa de guerra. Ele jogou algo no chão,não dava pra ver o que era,a poeira era muita e eu tinha que correr rápido,meu pai estava na frente,depois eu,depois minha irmã e então minha mãe. Vejo um menino,estava calmo em meio ao caos,parecia ter a minha idade. Estava bem ao lado do homem que jogou o obejo,e bem embaixo do helicóptero. Ele olhou para nós e disse:

-VEM PARA CÁ!

-NÓS VAMOS MORRER!-gritei de volta

-COM QUEM VOCÊ TÁ FALANDO?-minha irmã perguntou

-COM AQUELE MENINO! A POEIRA TÁ ALTA,NÃO DÁ PRA VER DIREITO-respondi

-CONFIA EM MIM!-ele gritou-CORRA!
Algo fez com que eu confiasse plenamente nele. Corri até ele,ficando mais perto do helicóptero,mais perto dos inimigos,mais perto da ameaça. Estava no meio do caminho e ouvi o barulho de uma bomba. A poeira lançada pra longe me jogou para perto do garoto

-Levanta-ele disse

-Ai!-tinha machucado

-Rápido!

Segui ele até um lugar com várias árvores. Entramos no meio da mata.

-Quem é você?-perguntei

-Meu nome é Tom

-E...

-O que?

-Você tava na maior tranquilidade do lado dos inimigos,você é um deles?-recuei um pouco

-Não!-ele disse com cara de nojo-Não interessa muito quem eu sou.-olhei desconfiada-Isso é seu,a propósito-ele apontou para o chão e vi um arranjo de flores. Ele tinha flores das mais variadas cores. Era MUITO lindo.

-Meu? Não,não é meu!

-Só pega!
Peguei o arco e coloquei na cabeça. Ele sorriu e saiu andando,só consegui ouvir ele dizendo:
-Não acredito que a morte dela causou tudo isso...-ele disse olhando para os lados

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