Saindo do armário

48 7 0
                                    

Era incrível ver como, hoje, todos já se familiarizaram com o Ariel.
_ Ariel _ a Laura disse com aquela cara sapeca de eu vou te foder agora, mas não me leve a mal, vai ser com carinho.
_ Fala.
_ Você dá ou come?
O Ariel e todos caíram na risada ao mesmo tempo, e a pergunta ia ficar no vácuo se a danada não insistisse. E todos fizeram pressão sobre ele.
_ Eu sou versátil _ deu de ombros olhando para todos e parando em mim, por um segundo.
Um silêncio se fez _ Isso é o que eu penso que é? _ o Hugo ficou confuso, e a gente riu da cara que ele fez.
Decidi junto com a Laura, antes de entrar na aula que nos tinhamos juntos, que iríamos sair na quinta, e ela concordou. Todas as aulas ficaram chatas. Pareciam um perda de tempo, porquê eu não queria estar ali. Eu só queria estar com o meu moreno de cabelos cacheados e olhos cor de mel.
Quando acordei nesta manhã, percebi que ele havia me mandado uma foto nossa juntos, editada com um coração ao redor. Respondi enviando um clipe da Legião Urbana "Quase sem querer".

Foi um jeito torto de pedir desculpa por ter me despedido dele na noite anterior. Na hora eu tentei me declarar com aquele "nunca irei te esquecer", mas soou como despedida mesmo assim.

_ Os seus amigos me aceitaram _ cometou quando íamos para o carro.

_ Difícil não aceitar. Você é muito legal.

Sorriu _ Você acha?

_ Acho _ olhei em seus olhos parando um segundo antes de entrar no carro no que ele me imitou.

_ Esqueci de dizer. A minha mãe quer que você jante conosco hoje _ disse ao checar as mensagens no celular.

Peguei o meu celular e fiz o mesmo _ Os meus pais vão jantar fora hoje _ repeti o que li _ Acho que vou conhecer o seu pai hoje.

Ficou me olhando com um sorriso _ Acha que os seus pais gostariam de mim?

_ Os meus pais amariam você.

_ Então?

_ Eles não são preconceituosos... só são pais _ liguei o carro.

Preconceituoso. Prestava atenção no parabrisa. Notei que era exatamente assim que eu parecia. Eu não queria ser visto desta forma pelo Ariel. Mesmo que entre nós não durasse, pelo menos as nossas lembranças seriam sinceras.

Parei o carro diante da sua casa. Olhei para ele que me olhava também, e deslizei os dedos pelo seu rosto com um carinho _ Você quer jantar com a minha família amanhã? _ vi ele abrir um sorriso _ Só me dá uma idéia do que a gente é pra que eu entenda o que eu estou assumindo.

_ Namorados _ aquilo pareceu um pedido.

_ Namorados _ confirmei gostando do som, ao mesmo tempo em que disfarçando a minha insegurança.

Talvez o Ariel estivesse certo e tudo fosse fruto da minha imaginação, torci para que fosse isso. Ele me beijou sorrindo.

Entramos na sua sala. Comprimentei a sua família e subimos para o quarto.

Novamente o moreno fechou a porta me prendendo contra ela, e foi me beijando a decendo até ficar de joelhos e abrir as minhas calças, começando a me chupar da mesma forma de antes.

Mas parou antes que eu gozasse. Colocou uma camisinha em mim usando a boca. Foi quando eu sorri entendo o que ele queria.

Beijei a sua boca e deslizei as mãos pelo seu corpo tirando a sua roupa enquanto íamos, carícia a carícia, para a cama.

Homofobia Onde histórias criam vida. Descubra agora