Sandro20:00
— Ah, mãe, você já sabe a minha opinião — falei para ela, pela milésima vez.
— Sandro, tens que fazer alguma coisa, não podes passar a vida inteira sem te dedicares a nada — eu sou fotógrafo, isso não contava para ela? — só festas, miúdas, assim não dá — tentava me convencer a cuidar dos negócios da família.
Eu preferia continuar a ser apenas um fotógrafo na empresa, com isso conseguia brecha para ficar com algumas modelos.
— Mãe, falamos depois — deixei um beijo na sua testa. Peguei a chave da minha moto e saí. Segui até a agência de modelos que pertencia a minha família.
— Isso... dá mais uma voltinha.. eh... Isso mesmo, ótimo, mais uma... e já está — falou o Sérgio, a orientar a modelo, enquanto ele tirava várias fotos dela.
— Buenos dias — cumprimentei-o.
— Buenos dias, mano — disse com um grande sorriso, como sempre.
Também, como não ficar rodiado de mulheres lindas.
— Sandro — chamou-me a Anair, a caminhar na minha direção.
Essa aí é uma chata, cola do pior, fogo!
— Sandro, podes trocar com o Sérgio, por favor, é que eu fico mais a vontade contigo? Vou lá me trocar —disse a Anair e depois se retirou.
— Ela disse que queria que fosses tu a tirar fotos nela, aliás, tudo tem que ser tu, ela aqui não fala com ninguém, apenas contigo — contou-me o Sérgio — Boa sorte— Deu-me duas chapadinhas de leve no ombro e depois se retirou também.
Era o que me faltava.
— Demorei muito? — posicionou-se para dar início a seção fotográfica.
Estava com um conjunto de roupas íntimas. Essa miúda não me deixa em paz, tudo piorou quando eu fui para cama com ela, desde aí ela está pior que carma.
Sério, o tempo todo ela ficava a tentar me seduzir, na seção fotográfica não foi o contrário. O problema não é ela não ser atraente por que isso nem se discuti, mas sim ela ficar toda hora atrás de mim, sinceramente.
— Todas ficaram boas? — indagou ela, depois de darmos fim a seção, a apoiar um dos braços no meu ombro.
— Ficaram boas, agora tchau — tirei os braços dela de cima de mim.
— Podemos sair, conversar um pouco... — sugeriu, a segurar o meu braço.
— Tenho outras coisas para fazer.
— Não me procuraste mais desde a noite que ficamos juntos.
Eu odiava isso, porque é que elas sempre pensavam que só por que transávamos uma vez, já significava que tínhamos alguma coisa?
— E porque é que tinha que fazer isso?
— Eu pensei...
— Anair, sabes que eu detesto isso, não gosto de ter uma pessoa na minha cola, então esquece o que aconteceu.
— Não precisas falar assim comigo — disse num tom de indignação.
— Apenas quero que entendas que aquilo não significou nada.
— Para mim significou tudo.
Bufei.
Sério isso? Eu mereço.
— Me esqueci miúda.
— Não posso, sabes que eu sempre gostei de ti.
— Mas eu não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A força do destino
RomancePLÁGIO É CRIME!!! Capa feita por mim. É a história de Liriane e Sandro. Duas pessoas que não se conhecem, nunca se viram e moram distantes uma da outra. Uma vingança de uma terceira pessoa, acaba por juntar o caminho deles dois. Ele é negro, sem c...