"Liriane"
Estávamos sentados num dos sofás que havia no quintal do Max.
— Eu amava praticar surf mais parei, já faz 3 anos — contou-me.
Não fiquei surpresa.
— Porque, se era o que você amava?
— Não gosto muito de falar nisso — ficou pensativo e triste.
O que me fez desejar saber o que era.
— Eu gostaria que você compartilhasse isso comigo — falei sincera. Ele pareceu-me relutante, então acrescentei: — são 12meses, vamos ter que pelo menos ser amigos.
— Amigos? — falou como se tivesse a analisar a palavra.
— Eh... podes confiar em mim.
Ele respirou fundo, como se buscasse forças, o Sandro tinha um lado frágil e ele iria compartilhar comigo. Acho que isso já é um bom sinal para mim.
— Eu tinha um irmão, diferente de mim, ele era branco, com olhos castanhos claros, puxou os olhos do meu pai e a cor da minha mãe.
— Os vossos pais sabem fazer filhos —escapou pelos meus lábios.
Devia ter ficado só nos pensamentos.
Lançou-me um sorriso de canto.
Isso é que dá passar muito tempo perto da Nina.
— Você me acha lindo Liriane — disse de uma forma provocadora — isso é interessante, o que mais você pensa de mim — um sorriso travesso brincava em seus lábios.
— Não muda de assunto, continua a história — ele riu.
Eu queria muito que ele continuasse.
— Posso continuar depois... — olhou para mim como se quisesse dizer alguma coisa, mas tivesse receio.
— Tudo bem amor? — falou uma mulher aproximando-se de nós, cumprimentou o Sandro com dois beijos na bochecha, toda íntima — estou com saudades — me ignorou, o Sandro olhou para ela e parecia nervoso.
Olhei-a de cima a baixo.
— Essa é a minha esposa, Liriane — nos apresentou, finalmente, e entrelaçou as nossas mãos.
— A esposa dele — falei e mostrei o meu anel para ela ver.
— Ficamos um ano sem nos vermos e te encontro casado, que pena — disse toda sarcástica — pensei que fosses alérgico a casamentos.
Eu vou matar ela. Eu mato você.
Esta tudo bem... respiro fundo.
Olhei para ele que sorriu para ela.
Parece que eu é que estou aqui a mais, não vejo razão para me submeter a essa humilhação.
— Eu já vou — informei, pondo-me de pé.
Ela colocou algo no bolso da calça dele e depois ele veio atrás de mim, com um sorriso nos lábios.
As pessoas nunca mudam.
— O que é que ela pôs no teu bolso — indaguei assim que passamos pela porta de saída, da casa do Max.
— Não dê importância, não é nada relevante.
— Sandro...
— Só foi um bilhete — falou, num tom aborrecido.
— Dá aqui, quero ver — ordenei, com a minha mão estendida. Ele retirou do bolso e deu-me de má vontade.
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A força do destino
RomancePLÁGIO É CRIME!!! Capa feita por mim. É a história de Liriane e Sandro. Duas pessoas que não se conhecem, nunca se viram e moram distantes uma da outra. Uma vingança de uma terceira pessoa, acaba por juntar o caminho deles dois. Ele é negro, sem c...