" Liriane"
Liguei o telefone e vi várias chamadas perdidas do Gael e dos meus pais. Passei a mão pelo meu cabelo e soltei um suspiro pesado. Olhei para o visor do telefone, o peso da confusão que se instalou em minha vida aumentando a cada segundo.
Bebi uma única vez e acabou em casamento. Isso só acontece comigo, não é possível.
Ligo ou não? É melhor não, ainda não estou preparada, pelo menos não para falar com o Gael.
Tinha que ligar para os meus pais, devem estar preocupados comigo.
Atenderam logo no primeiro toque.
— Liri, o que é que se passa contigo? não podes começar a fazer essas coisas, nós ficamos tão aflitos, não podes ficar dias sem dar satisfações. A pessoa cria os filhos para isso? Para depois nos matarem de preocupação? é isso que queres? — a preocupação na voz dela era palpável.
— Mãe...desculpa.
— Desculpa nada, como é que fazes isso comigo e o teu pai? Volta agora mesmo! — ordenou.
— Não posso — falei com muita dor no coração.
— Porquê?
—Mãe, eu preciso vos contar algo que...
— Estas grávida? É uma notícia maravilhosa — apressou-se em dizer.
— Não mãe, não é isso.
— Então é o quê? Estás a deixar-me preocupada.
— Não posso contar agora.
— É algo ilegal?
— Não, não é nada ilegal.
— Mataste alguém.
— Não.
— Mas podes ser presa?
— Não, não é nada desse tipo, APENAS liguei para dizer que está tudo bem, quando eu poder conto. Peço um pouco de paciência. Tchau, tenho que desligar.
— Ei, onde é que está a educação que eu te dei, o teu pai quer falar contigo.
— Oi, filha, o importante para mim é saber que estás bem — escutei o meu pai dizer do outro lados da linha.
— Obrigada. Conseguiste localizar a tua amiga? — perguntei preocupada.
— Não, ainda não sei nada dela.
De longe, ouvi a voz da pessoa que eu tanto evitava.
Gael
— É ela? — escutei-o indagar. O meu coração acelerou.
Como vou contar a ele?
Engoli a seco. Engoli a seco, tentando reunir coragem para enfrentar a conversa que sabia ser inevitável.
— Filha, vou passar o telefone ao Gael — avisou-me o meu pai.
Desliguei o telefone.
Ainda não estava preparada, como é que eu vou contar para ele que estou casada?
— Chegamos — disse o taxista.
— Ah, sim. obrigada —agradeci e desci do carro.
Não acredito que eu vou começar a viver com um desconhecido.
O taxista ajudou-me a subir com as malas. Peguei a chave do apartamento com o porteiro, conforme as instruções do representante da terceira pessoa, que ainda estava a tentar descobrir quem era.
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A força do destino
RomancePLÁGIO É CRIME!!! Capa feita por mim. É a história de Liriane e Sandro. Duas pessoas que não se conhecem, nunca se viram e moram distantes uma da outra. Uma vingança de uma terceira pessoa, acaba por juntar o caminho deles dois. Ele é negro, sem c...