Capítulo 7

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"Liriane"

Estava a preparar-me para a tal festa que vai ter na casa do Max. O Sandro saiu cedo, quando acordei ele já não estava aqui, mas deixou um bilhete.

Vocês acreditam nisso? Ele deixou um bilhete!!!

Bom dia,

"Tive que sair cedo para ajudar o Max a preparar a festa. Nos encontramos lá. "

Sandro

Sorri feito uma boba.

Ele estava a mudar, ontem nem discutimos por causa da cama, ele se disponibilizou a dormir no cadeirão. Eu sabia que existia um pouco de humanidade nele. Uma sensação de alívio tomou conta de mim.

Coloquei um vestido vermelho justo, com um blazer preto e um salto médio preto. Estava a começar a sentir-me confiante.

Escutei o barulho de uma buzina.

Aposto que é a Nina.

Passei rápido um batom vermelho. Não costumava gostar de coisas muito chamativas, mas dessa vez eu queria impressionar. Fiz um coque.

Ela ficou de me buscar às 19 e já eram 19:20.

Olhei pela janela, para ver se era ela, e constatei que eu tinha razão. Antes de sair, olhei-me pela última vez no espelho.

— Não, para tudo, é hoje que eles todos vão beijar o chão que pisares! — disse assim que me viu. Entrei no carro a rir.

— Exagerada — falei em meio aos risos.

— Desculpa por ter atrapalhado tu e o Sandro ontem.

— Atrapalhado, não estava a acontecer nada — fitei-a — o que é que aconteceu entre tu e o César?

— Nada demais, depois te conto — falou, fazendo-se de forte.

— Sabes que estou sempre aqui para o que precisares? — indaguei. A expressão dela denunciava um misto de gratidão e vulnerabilidade, tornando evidente que algo mais profundo estava a acontecer. Ela tem sido um grande apoio para mim, queria poder ser o mesmo para ela

—  Liriane, hoje eu não quero saber dele. Vamos simplesmente nos divertir, a tristeza fica de lado.

— Ele vai estar lá — constatei.

— Sério? eu nem me importo — falou e deu arranque no motor do carro.

Eu admiro esse lado da Nina, ela era tão forte, tão segura de si. A resiliência dela tornava-a inspiradora, e a forma como lidava com as adversidades era algo digno de admiração.

❇ ❇ ❇ ❇ ❇ ❇ ❇ ❇

Chegamos no local, descemos do carro e fomos até a porta.

— Nomes? — questionou um dos seguranças, enquanto olhava para uma prancheta, com uma caneta na mão.

— Liriane Bunt e...

— E Nina Walter — a Nina cortou-me.

— Ah, sim, é a esposa do sr. Sandro Collins.

Era estranho ser reconhecida assim. Ainda alguns dias me imaginava a ser esposa do Gael Cooper.

A força do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora