A força do destino

Capítulo 9

Fui até ao sofá e sentei perto dele, deitei a minha cabeça no colo dele.

Ele me olhou surpreso.

— O que é que foi? — comecei a brincar com o nariz dele como se ele fosse uma criança.

— Para com isso — tirou a minha mão do seu nariz.

Comecei a rir.

— Que coisa mais fofa, ver o Sandrinho irritado- falei em meio aos risos.

Nossos olhos se encontraram e é como se saísse uma faísca.

Olhei para os seus lábios, tão tentadores, ele fez o mesmo e depois olhou nos meus olhos.

Me aproximei de vagar ficando de joelhos no cadeirão, ele não parecia querer recuar, então continuei, coloquei uma das mãos por trás do seu pescoço e sorri, sorri ao ver a forma como ele me olhava. Juntei os nossos lábios. Eu queria, mas eu precisava me vingar. Recuei e comecei a rir, vendo a sua cara de tacho.

— I'm so sorry amor...- falei em meio aos risos — eu tinha que fazer... — não consegui terminar, ele me calou, puxou-me para um beijo urgente, ardente demais. Sentei no seu colo de frente para ele. Coloquei as minhas mãos ao redor do seu rosto, arquejei involuntariamente. Uma das suas mãos estava na minha nuca e a outra passeava pelas minhas pernas. Coloquei as mãos em seu peito, a interromper o beijo, para poder recuperar o fôlego A minha respiração estava pesada, assim como a dele, parecíamos estar sincronizados.

Nos encaramos e olhamo-nos intensamente, só se escutava a nossa respiração. Perdi-me nos seus olhos azuis. Era como se nós dois ambicionássemos dizer muitas coisas, eu tinha coisas demais para dizer.

1° Que o amava mesmo ele sendo um completo idiota, mulherengo.

2° Que queria ser dele por completo hoje e que eu já sou dele antes mesmo de eu saber.

3° Tentei várias vezes não sentir o que sinto, mas não consigo evitar, esse sentimento que a cada dia parece ser mais forte.

— eu amei esse vestido — falou a cortar os meus pensamentos — no entanto confesso que vou adorar mais ver-te sem ele — deu um sorriso malicioso. Começou a passar as mãos pelas minhas pernas e começou a subir devagar, enquanto ele mantinha o contacto visual entre nós. Passou as mãos por baixo do meu vestido, a retirá-lo

Ajudei-o a retirar por completo. O coque que estava na minha cabeça se desfez, ele me olhou como se estivesse a admirar cada detalhe do meu corpo, com desejo, o que me deixou um pouco envergonhada.

Comecei a desabotoar a sua camisa com a sua ajuda.

— Vai ser aqui — perguntei, a parar o que fazia.

— Por quê?

— Ah, sei lá, é meio não sei... —falei e dei de ombros, a olhar ao redor.

— Para mim tanto faz no cadeirão, na cama, no tapete, desde que seja contigo — olhei para ele sem acreditar nas suas palavras. Esse não é Sandro que eu conhecia

Ficou um silêncio bom entre nós, eu ainda estava a absorver as suas palavras para alguns podia não ser nada, mas para mim era muito. Uma felicidade sobrenatural tomou conta de mim.

— O que é que foi? — perguntou e colou as nossas testas.

— Beija-me — ordenei, beijei-o ferozmente.

Ele me pegou pelo colo e andou comigo em seus braços em direção ao quarto. Abriu a porta meio sem jeito, o que me fez rir entre os seus lábios. Fechou a porta atrás de si com os pés.

Deitou-me sobre a cama cuidadosamente. Retirou a sua calça.

— Tu ganhaste — anunciou. Naquele momento isso já não me interessava.