Capítulo 10

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      "Nina"

Olhei para o céu azul limpo. Eu sinceramente não pretendo perdoá-lo. Como ele pode ter achado isso, de mim?

— Você e o Lucas ficaram naquela festa.

— Claro que não.

— Ele me contou -abanei a cabeça sem acreditar.

— Eu nunca ficaria com aquele idiota.

— Mas você ficou.

— Eu não preciso que você acredite em mim. Eu nem devia estar aqui. Eu vou embora.

Você é um idiota, você sempre foi. Como eu iria ficar com o Lucas se eu queria ficar com ele. Suspirei.

Escutei o telefone tocar, olhei para o ecrã. Era ele.

— O que você quer?

— Falar contigo.

Pensei em não aceitar, mas eu sou a Nina. Não fujo de nada, o que eu tiver que encarar, eu encaro de frente.

[...]

— Desculpa... — pediu — eu acredito em ti - olhei para os seus olhos castanhos claros. Que estavam fixos no meu.

Ele pensa que é só chegar aqui e pedir desculpa.

— É muito tarde para isso — falei friamente. Deu dois passos até mim. Tentou me tocar, mas me afastei.

— Eu já te pedi desculpa.

— Não basta.

— Eu gosto muito de ti — deu passos na minha direção.

— Eu também, mas... — me beijou. Um beijo que me deixou tonta, sem saber o que dizer. Enlacei os braços no seu pescoço. Aprofundei o beijo. Sem nos separar, caminhamos até o meu quarto.

— Uou!- O joguei na cama. Fechei a porta. Fiquei de costas para ele, abri bem devagar o zíper do meu vestido. Virei-me para ele. Caminhei até a cama. Subi em cima dele. O observei olhar para a minha lingerie. Sorri. Eu sabia que a deveria colocar hoje.

— Hoje eu é que mando — dei um sorriso malicioso. Ah, eu irei me aproveitar dele.

[...]

"Liriane"

Abri os olhos me espreguiçando. Sentei na cama e comecei a pensar no Sandro, ele não sai nem por um instante da minha cabeça. Já faz 2 semanas que não o vejo. Num desses dias, encontrei rastros que ele tinha passado pelo apartamento. O guarda-roupa do seu lado estava um pouco desarrumado.

Tentei ligar-lhe várias vezes, mas ele não atendia e até já chegou a recusar as minhas chamadas. O que me deixava mau, sentia uma tristeza profunda. Principalmente de noite, eram nesses momentos que vinha tudo com muita força, que os meus pensamentos iam além, que a dor e as lágrimas vinham mais fortes. Falei com o César e ele disse que era melhor dar um tempo para o Sandro pensar- pelo menos eu sei que ele está bem- mas eu me pergunto, duas semanas já não é tempo suficiente. Queria que ele falasse comigo, nem que fosse só para dizer que não quer saber de mim, para eu o esquecer. Esse silêncio está me matando.

A força do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora