Capítulo 2- Por Quê?

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A primeira coisa que Melizandra fazia quando chegava na escola era encontrar sua melhor amiga Alicia, e por os assuntos em dia.

Alicia Davidson era um pouco mais alta que ela, possuía longos cabelos castanhos e tinha a pele clara e olhos castanhos. Além de uma personalidade forte, estava entre as garotas mais bonitas do colégio, era muito popular e carismática.

Melizandra nunca entendeu o motivo de Alicia ser sua amiga já que ela era muito popular e sempre arrancava olhares por onde passava. As duas eram amigas desde que ela se transferiu para uma das melhores escolas que se tinha em sua cidade. No seu primeiro dia de aula, Alicia foi a única a falar com ela, e desde então as duas viraram melhores amigas, no começo ela achou que Alicia só tinha se aproximado dela, para tirar sarro da sua cara, ou que logo se cansaria da sua companhia, porém as duas se tornaram inseparáveis.

Naquele dia não foi diferente, Melizandra foi encontra sua amiga no local de sempre, um banquinho em baixo de uma arvore que ficava no patio de descanso da escola. Avistou a amiga lendo um livro e foi de encontro a ela.

- Bom dia Ali - disse com um tom desanimado.

- Bom dia! Que anim... ao ver o estado da amiga o sorriso em seu rosto desapareceu - O que aconteceu com você?

O espanto de Alicia ao vê-la, foi devido ao fato de que ela estava salpicada de lama dos pés a cabeça.

- Bom! Por onde eu começo? - se sentou ao lado da amiga e pós a mochila no chão.

- Que tal, me explicando por quê você está com lama até nos cabelos, toma - disse entregou um pacote de lanços úmidos, para ver se ela consegui se limpar um pouco.

- Obrigado - falou ao pegar os lenços.

Enquanto relatava o acontecido antes de encontra-lá, tentava se limpar e melhora a bagunça em que se encontrava.

- Bom, quando eu estava perto da escola, passei por uma rua que tinha um buraco cheio de lama, e para meu azar bem na hora passou um carro e jogou lama em cima de mim.

- Bem até ai tudo bem. Esse tipo de coisa sempre acontece com você. Não entendo essa sua cara de enterro.

- Eu acho que é porque eu esbarrei uma parede.

Alicia fez uma cara de quem não estava entendendo nada.

- Por estar correndo com a cabeça baixa, não enxerguei e fui de encontro a parede.

- Isso é normal também.

- Só que a parede não era parede.

- Como assim?

- A parede era um cara. E além de esbarra nele, ainda o derrubo e caio por cima.

- Nossa que começo de dia mais desastroso. Mas veja pelo lado bom.

- Que lado bom pode haver nisso?

- Alguns romances começam assim

- Alicia, agora não é hora.

- Por que não? Ele era gatinho? Vai que ele se apaixona por você

- Não começa.

- Só estou dizendo. Existe doido para tudo

- Nossa, obrigada pela parte que me toca

- Por nada. Sempre disposta a ajudar.

Ela olhou para amiga, balançou a cabeça e continuo seu relato.

- Enfim. Não teria como isso acontecer.

- Por quê não?

- Por que, além de tê-lo derrubado, eu fiz o favor de cair com o cotovelo bem em cima...

- Em cima?

- Bem... Bem em cima...

- Diz logo.

Melizandra respirou fundo, fechou os olhos tomou coragem e falou, falou tão rápido que quase não consegui entender o que disse

- Bememcimadospaisesbaixosdele.

Alicia demorou um tempo para entender o que tinha escutado, quando enfim compreendeu o que a amiga disse, caiu na gargalhada.

- Não tem graça, Ali

- É claro que tem - Pois as mãos na barriga rindo.  Melizandra lançou-lhe um olhar que faria qualquer um ficar com medo - Ta bom, ta bom parei.

- E isso nem foi o pior.

- O que poderia ter sido pior que machucar as joias dele?

Muito vermelha, fechou os olhos, abaixou a cabeça respirou fundo e disse:

- Bem depois da cotovelada me levantei e apoiei as mão no chão - fez uma pausa, fitou o chão e continuou - Só que acabei, sem querer, pondo, a mão, lá.

- Lá aonde? Não, não - pôs a mão na boca, quando compreendeu o que a amiga quis dizer - Não me diga que você pós a mão no júnior.

Ela apenas balançou a cabeça afirmando, ainda fitando o chão, com muita vergonha para encarar a amiga.

- Sei que a situação é trágica, mas eu não posso deixar de perguntar.

- Estou com medo do que você ira dizer, mas preciso saber. Perguntar o que?

- Você aproveitou para conferir o tamanho?

- Alicia!

- Ta bom, parei. Não precisa ficar vermelha igual á uma pimenta. Mas me diga de quem foi que você tirou o privilegio de ter filhos?

- Você não vai acreditar

- Quem foi?

- Estou com muita vergonha

- Isso da para notar

- Você não vai acreditar

- Será que dá para parar de me enrolar e dizer logo quem foi.

- Danyel

- Que Danyel?

Melizandra olhou para a amiga como se ela fosse retardada

- Que Danyel Alicia?

- Mentira! Danyel... Danyel Arsen? O cara por quem você, é metade da escola é apaixonada?

- Esse mesmo

- Amiga sinto lhe informa que suas chances de 0%, caíram mais ainda

- Nossa. Obrigado por me animar

- Você, definitivamente atrai desgraça.

- E você acha que eu não sei. De todos as pessoas da escola porque tinha que ser logo ele?

Por mais que não quisesse admitir, Alicia tinha razão, Melizandra era muito desastrada, e sabia que não tinha chances com Danyel, e depois do que aconteceu, e que não teria chances mesmo.

Danyel Arsen estava entre os caras mais bonitos da escola, além de lindo era inteligente, e isso contribuía bastante para sua popularidade. E quase todas as garotas caiam de amores por ele, e Melizandra era uma delas, porem não tinha coragem de falar com ele e lhe contar sobre os seus sentimentos, imaginou mil é uma formas para se declarar, mas optou por manter um amor platônico por ele, se contentando apenas em observa-lo de longe.

- Eu espero não ter que vê-lo pelo resto do ano letivo, melhor pelo resto da minha vida.

- Melzinha sinto lhe informa que isso não vai acontecer.

- Por quê não?

- Bom, primeiro estudamos na mesma escola

- A escola é grande dá pra me esconder dele

- Isso até poderia funcionar, mas ele está vindo em nossa direção.

Por que Tinha que ser Você?Onde histórias criam vida. Descubra agora