Capítulo 23 - Jantar

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Os três se viraram na direção da voz ao mesmo tempo, e viram Danyel os encarando.

- Minha mãe disse para voltar junto com você. Isso não era verdade, mas ninguém precisava saber, tudo que precisava era tirar Lucky de perto de Melizandra.

- Ah! Está certo. Ficou decepcionada ao saber que ele ia acompanhá-la por ordens da senhora Arsen, a fagulha de alegria sumiu tão rápida quanto surgiu.

- Leve Alícia para casa com segurança Lucky. Disse se virando para ele, após dar um abraço na amiga. Tchau, fica bem, amanhã a gente se fala.

- Pode deixar que eu levo. Dito isso abraçou Melizandra apertado e depois deu um beijo em sua testa.

Após se despedir dos amigos, foi em direção a Danyel, para poderem voltar para casa, quando iam saindo Lucky  a chamou e falou.

- Mel, você quer que eu vá pega-lá em casa amanhã ou a gente se encontra lá?

- Não precisa, eu te vejo lá. Respondeu Melizandra

 - Está certo então, vejo você amanhã. Disse quando ela se virou, dando um sorriso galanteador e uma piscadinha.

Vendo isso Danyel se enfureceu, agarrando o braço de Melizandra e começou a andar praticamente a arrastando dali. Enquanto isso Alicia encarava Lucky com curiosidade.

- Como assim "vejo você amanhã "? Falou imitando a voz dele. Como não estou sabendo de nada? Vocês vão para algum encontro romântico secreto é? Disse com tom de brincadeira, apesar de seu coração está se apertando dentro do peito. Apesar de fazer diversas brincadeiras, ela realmente gostava de Lucky, mas sabia que ele estava apaixonado pela amiga.

Lucky riu e respondeu. 

- Não é nada disso sua doida. Estou trabalhando no restaurante do pai dela. Eu não te contei?

- Não, não me contou. Vocês andam de segredinhos. Pensa que eu não vi você cochichando no ouvido dela na hora que estavam dançando? Falou fazendo um beicinho.

Lucky demorou um pouco para desmanchar a cara de emburrada que Alícia estava fazendo. Quando fizeram as pazes, ele a levou para casa.

Não muito longe dali, Melizandra estava sendo arrastada por Danyel até um táxi, passou o caminho todo com a cara fechada, ele tinha acabar com toda a alegria dela, agindo daquela maneira estupida.

Não entendia ele, uma hora ele dizia que queria ficar o mais distante possível dela, na outra a estava arrastando para longe dos amigos ela, essas mudanças de humor dele, estavam deixando ela confusa e frustrada. Assim que chegaram, ela saiu do carro e se pôs a caminhar para a casa. Quando estava prestes a entrar, Danyel a puxou para que ela olhasse para ele.

- Danyel poderia me soltar? Falou tentando se soltar dele. Meu braço já está doendo.

- Eu solto. Mas só se você me responder. A voz estava embargada de fúria não contida. O que vai fazer com aquele cara amanhã?

- Por quê você quer saber? Com quem eu saio ou deixo de sair não te interessa. Ela não ia sair com Lucky, eles só iam se vê no trabalho, mas ele não precisava saber dessa informação.

- Claro que me interessa. Você falou que gosta de mim. Então porque você vai sair com outro cara? Questionou.

Melizandra ficou indignada por um momento, como ele tinha a ousadia de questionar ela, afinal ele mesmo deixou bem claro que nunca iria gostar dela.

- Do que adianta gostar de você se eu não sou correspondida? Essa é a maneira mais fácil de te esquecer. Provocou, ela queria saber se ele teria coragem de refuta- lá. Os seguintes acontecimentos a deixaram em choque e sem saber como reagir, como pensar.

Danyel não gostou nada do que  ouviu, então quando deu por si, estava a puxando para junto do seu corpo.

- Então quero ver me esquecer depois disso. Falou, e colou os lábios junto aos dela. Ela estava atônita sem acreditar no que estava acontecendo, ele levou a mão até a curva do seu pescoço, acariciando a pele com polegar enquanto seus lábios se moviam sobre os dela, o ar se foi de vez do seu pulmão quando ele sugou o seu lábio inferior, finalizando o beijo com uma mordida.

Quando parau o beijo a soltou, e entrou na casa. Ela ficou alguns minutos do lado de fora em transe, quando despertou correu para o seu quarto, fechou a porta, pós a mão sob seu peito, e começou a arfar, passou o dedo sob o lábio, ainda podia sentir o gosto de ter sido beijada, ainda podia sentir a sensação dos lábios dele sob os seus, aquele tinha sido o seu primeiro beijo, e a pesar de não ter sido do jeito que ela sonhou, ainda assim foi com a pessoa por quem era apaixonada.

Quando se acalmou mais, correu para a sua cama e enfiou a cabeça no travesseiro. Estava com vergonha, e se questionando de que forma deveria agir amanhã quando o visse. Ficou fazendo muitos questionamentos em sua cabeça. "sera que foi uma declaração? Ele gostava dela também?" "Os dois iriam começar a namorar?" Quando finalmente pegou no sono, o relógio já marcava mais de uma da manhã.

No dia seguinte, acordou cedo, não conseguiu dormir muito. Mal podia esperar para vê Danyel, mas quando o viu, a decepção veio como um banho de água fria, ele estava agindo como se nada tivesse acontecido, sua mente deu um nó, passou o dia distraída fez tudo no automático, foi tirada de seus devaneios com o toque do seu celular.

- Oi, Lucky, já estou de saída. Não, não precisa vir me buscar. Sim tenho certeza. Vejo você no restaurante. Até logo, beijos.

Danyel estava no pé da escada e escutou a conversa, na mesma hora que Melizandra saiu, ele recebeu uma ligação, era Keyla o chamando para sair. Aceitou sem pensar duas vezes, deixando que ela escolhesse o restaurante para jantarem.

Estava muito confuso, nunca tinha sentido nada parecido e também estava furioso por Melizandra está saindo com outro cara. No caminho para encontrar Keyla não conseguia parar de pensar no beijo só voltou a realidade quando chegou no restaurante e viu Melizandra.
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Por que Tinha que ser Você?Onde histórias criam vida. Descubra agora