Melizandra encarava os portões a sua frente decidindo se entraria ou não. Era a primeira vez que vinha para a escola depois do ocorrido, já havia se passando um semana ela ainda não se sentia pronta para voltar, mas já tinha faltado a semana toda. Perdida em pensamentos, não viu Alicia se aproximando.
- Então vai entrar ou não? Perguntou com um sorriso.
- Não sei. Estou um pouco receosa.
- Se alguém disser qualquer gracinha com você, garanto que vai voltar para casa sem um único dente.
- Tá bom, vou confiar em suas habilidades. Disse rindo, da demonstração um pouco ridícula de golpes de artes marciais.
Enquanto as duas se dirigiam para entrar na escola, uma moto passou por elas, as fazendo saltarem e darem um pequeno grito pelo susto. Mesmo assustadas, não deixaram de reparar na moto, e no rapaz que a pilotava. Com mais de 1.80 de altura, estava vestido com uma calça jeans um pouco apertada, e uma jaqueta preta de couro, não conseguiram ver o rosto. Quando ele desceu da moto e começou a andar, não podiam deixaram de reparar, como a calça ficava bem nele, principalmente na região da bunda.
Ficaram olhando o rapaz até ele sumir de vista, e foram em direção a sala. Melizandra não estavam confortável com os olhares que estava recebendo de seus colegas. Para distrair ela, Alicia começou conversa banalidades, até o sinal tocar, e o professor entrar na sala acompanhado de um rapaz. Ele era alto, com traços asiáticos, tinha cabelos pretos que estavam jogados para o lado, trajava uma jaqueta preta de couro, e uma calça jeans. Melizandra notou pelo modo como se vestia, que ele era o dono da moto, que passou por elas na entrada da escola.
- Bom dia alunos. Falou o professor. Esse rapaz a partir de hoje será colega de vocês. Apontou para o garoto ao seu lado. Meu jovens deseja falar algo?. O rapaz apenas balançou a cabeça negativamente. Então pode se dirigir ao seu lugar, para começarmos a aula.
Todas as garotas da sala estavam com os olhos fixos nele, o acompanhando até ele se sentar. Melizandra também estava o encarando, quando seu olhar encontrou o dele, ele a encarou e franziu o cenho, ela achou estranho e voltou sua atenção para o professor, até ser cutucada por Alicia.
- O que foi?
- Você viu que gato que ele é?
- É claro que eu vi. Eu não sou cega.
- Aí! não precisava me dar patada.
- Desculpa. Mas você me perguntou o obvio.
- Que seja. Respondeu Alicia meio irritada. Se eu soubesse que o cara da moto, era esse gato. Teria ido reclamar por quase ter nos atropelado, e aproveitaria para jogar meu charme nele.
- Você deveria reclamar independente da aparência dele.
- Mel! Disse toda eufórica. Ele tirou a jaqueta. E começou a se abanar.
Melizandra olhou para trás, e viu o motivo da euforia de Alicia, ele vestia uma blusa que mostrava quão bem musculoso ele era. A camisa ficava apertada em seus braços e o peitoral ficava bem marcado. Voltou sua atenção para a aula, até Alicia falar novamente.
- Mel! Quero me agarrar com esse corpo, sarado, gostoso. E de preferência sem uma única peça de roupa.
- Alicia! Falou sem graça e um pouco alto demais. por ela ter falado algo daquele tipo na sala.
Nessa hora o professor falou, chamando a atenção de todos para as duas.
- Srtª. Davidson e Srtª. Parker, vocês gostariam de compartilhar com a sala o assunto que está sendo mais interessante que a minha aula?
Melizandra se encolheu na cadeira, com muita vergonha, não gostava de receber reclamações, principalmente dos professores. Sempre fazia o possível para não ser notada, detestava chamar atenção para si.
- Acho que seria melhor não, querido professor. Respondeu Alicia. A não ser que o senhor queira entrar no debate, que tipo de calcinha é mais confortável para se usar. Completou dando um sorriso.
A sala inteira começou a rir, Melizandra se encolheu mais ainda ficando da cor de um tomate bem maduro, o professor fica constrangido.
- É.. É, pprestem atenção. Gaguejou. Aqui não é local para se discutir isso. Disse retomando a compostura e voltando a explicar o conteúdo.
Ao final da aula, Alicia estava esperando a amiga arrumar suas coisas, quando uma voz grave falou atrás delas.
- Com licença. As duas se vivaram e se depararam com o aluno novo. Ele fitou Melizandra e perguntou. Por acaso você se chama Melizandra, Melizandra Parker?
- Sim. Por quê?
Tomou um baita susto quando ele a abraçou, ficou totalmente sem reação por ter aqueles braços fortes a apertando. Depois de alguns longos segundos ele a fastou com um enorme sorriso.
- Lembra de mim?. Ela apenas balançou a cabeça negando. Sou eu Lucky, Lucky Kimura.
Rapidamente reconhecimento iluminou seu rosto, ela abriu um grande sorriso, os olhos se encheram de lágrimas e ela se jogou em seus braços. O momento foi interrompido por uma Alicia muito confusa, que estava sem entender nada, do que estava acontecendo bem diante dos seus olhos.
- Para o mundo que eu quero descer. Olhando para amiga perguntou. De onde você conhece esse pedaço de mal caminho? Disse apontando para Lucky. E o mais importante, porque não me disse que era amiga de um gato desses?
Tanto ela como Lucky começaram a rir.
- Deixa eu apresentar vocês. Alicia esse e Lucky, um grande amigo meu de muitos anos, Lucky essa é Alicia, minha melhor amiga, ela é como uma irmã para mim.
- Prazer gato, Alicia Davidson ao seu dispor. Disse dando uma piscadinha para Lucky. Agora vocês podem me contar como se conhecem.
- É uma longa história. Vamos para minha casa, lá te conto tudo. Entrelaçou o braço, no braço da amiga. Lucky venha também, meu pai ficará muito contente em ver você.
Os três seguiram para a casa de Melizandra, que estava radiando de felicidade, por ter reencontrado seu antigo amigo.
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Por que Tinha que ser Você?
RomanceEssa pode ser considerada mais uma história clichê de romance, pois aqui vemos uma simples garota tímida e introvertida apaixonada pelo cara mais bonito, inteligente e popular do colégio. Melizandra Parker é uma garota simples, introvertida, tímida...