Chegando em casa Melizandra foi para seu quarto, se jogou na cama e permitiu que as lágrimas rolassem livres pelo seu rosto. Chorou até seus olhos doerem. Ficou um tempo deitada olhando o teto, e resolveu tomar um banho para ver se a água levava tudo aquilo.
Saiu do banho, vestiu uma camisa frouxa e um shortinho, olhou para a estante, avistou seu caderno de poesias, o pegou e começou a ler tudo o que tinha escrito, sentiu seu rosto molhar por algumas lágrimas que teimavam em cair. Pegou sua mochila, e retirou as copias da carta que estavam no mural, pegou o caderno de poesias e foi para o quintal. Arrancou folha por folha, até não sobrar mais nada, pegou álcool, fósforos e pós fogo. Ficou ali sentada vendo as chamas consumindo as palavras que ela tinha escrito.
Ficou sentada perdida em pensamentos até sua barriga roncar e lhe trazer para a vida real. Fez um almoço simples e voltou para seu quarto, estava com a cabeça explodindo, tomou um comprimido e se deitou, antes de adormecer mandou uma mensagem, avisando que não iria ao restaurante, pois estava indisposta.
Quando despertou já havia anoitecido, pegou seu celular e notou que tinha varias ligações perdidas de Alicia, agora que estava mais calma, começou a se arrepender das palavras que havia dito a ela. Resolveu mandar uma mensagem para ela.
"Alicia estou bem.
Ainda não estou com cabeça para conversar
Quando me acalmar mais, falo com você"
Apesar de ter se arrependido de suas palavras, ainda não tinha perdoado ela. Alicia havia traído sua confiança, ela sabia muito bem, que se declarar para Danyel estava fora de cogitação e mesmo assim foi contra sua vontade.
Melizandra ligou a TV e começou a assistir um filme que passava, para tentar se distrair, e esquecer seu dia. Quando seu pai voltou do restaurante ela ainda estava enfrente a TV, porém não prestava atenção em nada.
— Ainda acordada, princesa?. Disse seu pai, beijando sua testa.
— Sim, estou sem sono. Respondeu com um sorriso
— O que houve? Porquê seus olhos estão inchados?. Perguntou assim que viu o rosto da filha.
Se algumas garotas reclamavam de não receber muita atenção de seus pais, Melizandra reclamava pela atenção exagerada que recebia. O Sr. Parker tinha olhos de águia, e avistava de longe qualquer problema que a filha demonstrasse ter. Ele sempre procurava se manter informado das coisas que aconteciam com sua única filha.
— Não aconteceu nada.
— Aconteceu sim. Você andou chorando não foi?
— Ah, é que eu acabei de ver um filme de romance, e o senhor sabe como eu sou besta para chorar com filmes assim. Mentiu, torcendo para que o pai acreditasse.
— Sim, sei. Falou meio desconfiado - Tem certeza que é só isso?
— Tenho sim pai, não precisa se preocupar
— Está bem, vou acreditar.
Ficou alguns minutos sentado ao lado da filha vendo outro filme de romance. Quando sentiu os olhos pesar decidiu ir dormir.
— Querida vou me recolher, não fique assistindo até tarde, você tem aula amanhã.
— Certo. Boa Noite pai.
— Boa noite, princesa.
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Na manhã seguinte acordou desanimada, não queria ir para escola, e ter que encontrar com Danyel ou Alicia. Ficou deitada olhando o teto, até o pai chama-la para ir tomar café da manhã. Levantou-se e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal, em seguida foi para a cozinha.
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Por que Tinha que ser Você?
RomanceEssa pode ser considerada mais uma história clichê de romance, pois aqui vemos uma simples garota tímida e introvertida apaixonada pelo cara mais bonito, inteligente e popular do colégio. Melizandra Parker é uma garota simples, introvertida, tímida...