Capítulo 3- Você me Paga

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Danyel acordou aquela manhã mais cedo do que o costume, olhou o relógio e decidiu sair para correr antes de ir para a escola. Quando voltou sua mãe já havia posto a mesa para o café da manhã, subiu para o seu quarto e foi tomar um banho.

Danyel era alto e tinha músculos bem definidos, graças aos exercícios que fazia quando estava entediado, ou queria pensar, ou quando não tinha nada melhor para fazer. Além dos atributos físicos, que sempre deixava as garotas babando, possuía uma inteligência de dar inveja.

Após o banho, se arrumou, pegou suas coisas e desceu para tomar café.

- Bom dia - disse e sentou-se na mesa

- Bom dia querido - sorriu sua mãe

- Onde estão o papai e o Dylan? perguntou ao ver que nem o pai e nem o irmão estavam mais na mesa.

- Seu pai tinha uma reunião cedo. E o seu irmão tinha algo para fazer na escola.

- Bom então eu também já vou indo - se levantou pegando a mochila.

- Mas já. Você mal tocou na comida

- Já, tenho uma prova. Eu como na cantina da escola, prometo - deu um beijo na testa da mãe e saiu.

- Tchau querido. Boa prova.

Danyel caminhou sem pressa, observando as pessoas e o movimento ao seu redor "Mais um dia chato vai começar" pensou ele. A ida a escola não o agradava muito, como era muito inteligente não precisava se esforçar para aprender, sempre tirava as melhores notas, mesmo sem prestar atenção nas aulas. Só ia para a escola por insistência de seus pais, que diziam que a escola era a melhor parte da vida de um jovem, de onde eles haviam tirado isso, ele não sabia, já estava de saco cheio da sua rotina.

Na escola era sempre a mesma coisa, assistir aulas sobre conteúdos que ele já sabia, ficar sempre rodeado de garotas que o seguiam para onde quer que fosse, sempre recebia cartas ou presentes, mas para ele isso não passava de bobagem, era só mais um fardo que ele tinha que aturar, afinal era o preço a se pagar por ser tão bonito e inteligente. (nt: Convencido esse garoto)

Quando chegou na escola, foi em direção ao seu armário pra guardar a mochila. Porém escutou alguém o chamando, olhou ao redor, e identificou um de seus colegas de classe, se dirigiu para um pequeno grupo de alunos de sua sala, mas antes de chegar perto de seus colegas viu uma garota suja de lama correndo em sua direção, antes que pudesse sair do caminho, se viu de encontro ao chão e a garota caindo por cima dele.

Antes de ter qualquer tipo de reação a garota estava se levantando, quando escorregou caiu novamente em cima dele, só que dessa vez o estrago foi maior, o cotovelo dela foi bem de encontro a área mais sensível de seu corpo, a dor que sentiu foi tão grande que ele não teve forças para falar qualquer coisa, ou se mover, até respira parece ter se tornado difícil.

Uma pequena multidão estava se formando ao redor deles, Danyel estava muito constrangido, já estava prestes a gritar com a garota maluca que estava em cima dele, quando ela se levantou novamente e pôs a mão em cima de onde não devia, a surpresa foi tão grande que ele não conseguiu raciocinar nada para dizer, quando finalmente se recuperou do choque de ter sido violado, viu a garota correndo ele só escutou "sinto muito" dela, que já ia ao longe.

A pequena multidão, estava abismada com a cena que tinham presenciado, alguns estavam rindo. Danyel não se lembrava de já ter sentido tanta vergonha na vida. Levantou-se com uma certa dificuldade, e se encaminhou para seu armário.

Abriu seu armário e como esperado, algumas cartinhas caíram aos seus pés, abaixou-se e sentiu uma leve dor nas partes intimas. Pegou todas e as jogou no lixo, nem se deu a trabalho de ler. Já sabia o que iria encontrar, um monte de baboseiras românticas, e ele não estava com paciência para aquilo. Enquanto andava em direção a sua sala, com uma certa dificuldade, começou a pensar na melhor forma de se vingar, não iria deixar aquela humilhação passar, a garota iria pagar.

Resolveu passar pelo patio de descanso e viu dois pares de olhos, olhando fixamente para ele, uma das garotas estava com os olhos arregalados e pálida, parecia até que tinha visto um fantasma. Normalmente não ligaria para isso, mas algo na garota assustada lhe pareceu familiar. Ao observa ela melhor, percebeu que era a doida que tinha o derrubado. A fúria tomou conta dele, viu a garota pegando suas coisas e sair correndo, ele também tentou correr atrás dela, porém foi impedido por um dor fina que atingiu suas partes, e então gritou.

- EI VOCÊ PARE AI - com a voz carregada de fúria.

Por que Tinha que ser Você?Onde histórias criam vida. Descubra agora