[Eighty-nine]

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Perdi a noção do tempo que nos ficámos a encarar, antes de me lançar contra ele e colando desesperadamente os meus lábios contra os seus.
Ele puxou-me pela minha cintura e não consegui evitar de soltar um suspiro em satisfação, ao sentir ao fim de tanto tempo o calor do seu corpo contra o meu. Os seus lábios macios moviam-se lentamente como se ele quisesse prolongar este momento pelo máximo de tempo possível, tanto como eu.
A sua língua, pedia cada vez mais aflitamente permissão para entrar na minha boca e mesmo que quisesse resistir, era impossível lutar contra o desejo de o ter por completo.
Naquele momento desejei que nunca tivéssemos saído daquela cabana e não consigo explicar ao certo como, mas de um momento para o outro, já ele se encontrava sentado sob um tronco de árvore cortado e eu sentada de frente para ele.
Comprimia-me em movimentos ritmados, com a ajuda das suas mãos que apertavam as minhas nádegas contra si e gemi em resposta.
Ele interrompeu aquele beijo, olhou-me com aquele tão familiar olhar selvagem que por diversas vezes me deixou mesmerizada e eu mordi fortemente o meu lábio inferior.
"Eu quero-te tanto." Sussurrou ele contra o meu pescoço, arrepiando-me por completo.
Acabámos abraçados e ficámos uns longos minutos naquela posição, antes de eu voltar a encontrar os seus lábios e a perder-me no seu sabor.
Não demorou muito até sentir a sua dureza contra a minha intimidade e gemi em agrado. Era de facto satisfatório, saber que ainda possuía este efeito sobre o seu corpo.
"Malia..." Rugiu ele e não sei se com aquilo ele pretendia que eu parasse, ou que continuasse na mesma intensidade.
Sentia a minha pulsação a acelerar cada vez mais e para ser sincera, seria bem capaz de me vir só com isto, se não tivesse interrompido o movimento.
Ele olhou-me compreensivamente e eu apenas disse:
"Devíamos voltar..." Ele assentiu e tirou-me suavemente de cima de si.
Honestamente, não esperava que ele enrolasse o seu braço em redor do meu pescoço, mas assim que o fez não consegui conter um sorriso.
O caminho até à base foi feito em silêncio, não um daqueles estranhos, apenas um silêncio agradável.
Poucos metros antes de avistarmos as luzes, ele retirou o seu braço e disse:
"Vai tu primeiro, daqui a cinco minutos, eu entro."
"A esta hora não está aqui ninguém, qual é o problema?"
"Malia, há câmaras por todo o lado, achas que vou arriscar sair do mato ao lado de uma recruta?" Respondeu ele, calculista como habitual.
"Boa noite." Disse, mas quando me virei fui puxada e obrigada a encara-lo.
Depositou-me um beijo e sem mesmo descolar os nossos lábios proferiu um 'boa noite' , sorrindo em seguida.
Sentia as minhas pernas bambas à medida que me aproximava das portas e podia jurar que estava vermelha da cabeça aos pés, a minha salva é mesmo o meu tom de pele.
Dirigi-me ao meu quarto, onde já se encontrava a Dawson a dormir profundamente e agradeci mentalmente por isso.
Meti o meu pijama rapidamente, enfiei-me na cama e fiz um throw back a tudo aquilo que aconteceu esta noite. Queria tanto sentir-me arrependida por tudo isto, mas parecia que quanto mais pensava nele, mais o desejava.
De repente, uma ideia estapafúrdia passou pela minha mente e prometo que a tentei afastar, mas quando dei por mim, já me encontrava fora do meu quarto.
Segui aquele tão familiar caminho secreto que tantas vezes percorri e suspirei profundamente antes de rodar a maçaneta do seu quarto.
Podia ouvir o som do chuveiro ligado e em passos lentos, aproximei-me da porta da casa banho que se encontrava entreaberta. As cortinas estavam totalmente fechadas, o que me permitiu ponderar se devia voltar para trás e fingir que nunca lá tinha estado, ou se devia lá permanecer, sabendo que mais cedo ou mais, ele iria acabar por notar a minha presença.
Acho que não tinha sobrado nada de racional na minha mente, porque naquele exato momento, comecei a retirar cada peça de roupa, soltando inclusive o meu cabelo.
Inspirei e expirei umas longas vezes e assim que tomei coragem, abri lentamente as cortinas, deparando-me com o seu corpo nu, exatamente como me lembrava.
Ele olhou subitamente para mim e soltou uma espécie de grito abafado e no mesmo instante, entrei dentro da banheira, fechando novamente a cortina.
A água escorria por todo o seu corpo, enquanto ele me encarava perplexo e não foram precisas palavras para ele me puxar violentamente contra si.
Soltei um gemido ao sentir o seu pénis a ganhar forma, assim que que embati contra ele e instantaneamente encontrei o caminho para a sua boca que me recebeu em êxtase.
As suas mãos percorreram as minhas laterais e eu podia ficar para sempre debaixo daquele chuveiro, naquela posição.
Num movimento ágil, ele virou-me contra a parede e posicionou-se atrás de mim, levando-me a pensar que me fosse penetrar naquele momento, porém fui surpreendida pela sua mão direita que circundava a minha barriga em movimentos provocadores.
A sua mão descia cada vez mais e sempre que pensava que ele ia lá chegar, ele retrocedia os movimentos, pondo-me completamente louca.
"Jake!" Gritei em frustração, mas saiu mais como um gemido misturado com desespero.
Naquele momento, ele afastou o meu cabelo molhado com a outra mão livre e sussurrou:
"O que queres, Malia?" Eu apenas suspirei e ele insistiu:
"Vais ter que me dar muito mais que um suspiro." Cada palavra proferida arrepiava-me agressivamente.
"Tu sabes..." Disse enquanto aquela mão continuava a irradiar calafrios por todo o meu corpo, que se encontrava totalmente vulnerável e sob o seu poder.
"Diz.." Sem pensar duas vezes, peguei eu mesma na sua mão e levei-a por fim para a minha zona sensível, mas ele retirou-a apressadamente de lá e disse pausadamente:
"Eu.... quero.... te.... ouvir...." Estremeci em resposta e só conseguia pensar no quanto desejava aquela sensação...

A Filha do PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora