[Ninety-one]

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"Malia..." Suspirou ele, mas nem isso foi o suficiente para me fazer parar.
"Tu precisas de descansar para o dia de amanhã e se continuares o que estás a fazer, eu garanto-te que não te deixo dormir o resto da noite." Disse ele, interrompendo o nosso beijo e em consequência, os meus movimentos contra o seu corpo.
"Quem te disse que quero dormir?"
"Quando é que te tornaste assim tão insaciável?" Perguntou ele gargalhando.
"Quando me tiraste a inocência." Respondi simplesmente.
"Melhor decisão da minha vida." Sussurrou ele, depositando-me um beijo na bochecha e retirando-me suavemente de cima do seu colo.
"Onde é que vais?" Resmunguei.
"Tratar do belo trabalho que fizeste." Disse ele apontando para a sua crescente ereção, que me fez engolir em seco.
"Sabes que há formas mais eficazes de resolver isso, sem ser com água fria." Sugeri, saindo da cama completamente nua e indo na sua direção. Ele encarou-me completamente sedento e se não soubesse melhor, diria que ele estava exatamente a pensar em todas as mil e uma formas de me ter, ali e agora.
"Malia, volta para a cama." Silabou ele, respirando pesadamente, quando me aproximei do seu corpo e me meti em bicos do pés para beijar o seu hipnotizante pescoço.
"Pára de lutar contra essa vontade..." Sussurrei e ele agarrou-me firmemente pela cintura, como se estivesse a ponderar entre ceder ou impedir-se a si mesmo do que viria a seguir.
Sem lhe dar muito tempo para cogitar a possibilidade de me pôr de lado, beijei-o, brincando com a sua língua.
Não demorou muito, até que ele me pegasse ao colo e instantaneamente entrelacei as minhas pernas em volta do seu quadril, comprimindo os seus glúteos contra mim.
"Eu quero contra a parede." Disse apressadamente, quando me apercebi que ele se encaminhava para a cama.
Ele olhou para mim perplexo e sem nada dizer, dirigiu-se à parede mais próxima e gemi ao sentir aquele frio a entranhar-se pela minha espinha a dentro.
Ficámos um longo período numa profunda fusão de olhares e em seguida ele sugou-me a pele do pescoço, passando a língua para amortizar a sensação e eu gemi em resposta.
"Malia..." Eu sabia o que ele estava prestes a dizer, por isso apressei-me em cortar-lhe, afim de não quebrar esta corrente.
"Eu ainda tomo a pílula." Ele sorriu em alívio, enterrando a sua língua na minha boca em seguida.
Sentia o seu pénis cada vez mais pulsante em baixo de mim, enquanto ele se movimentava contra o meu corpo, o que irradiou uma explosão por todo o meu corpo.
Em questão de segundos, ele penetrou-me e involuntariamente, cravei as minhas unhas nas suas costas. Ele entrava e saía lenta e compassadamente, passando a movimentos mais rápidos e desesperados à medida que os nossos corpos pediam.
Eu arfava contra o seu pescoço, cada vez que chocava contra a parede e a verdade é que a sua língua contra o meu pescoço, tornou toda aquela experiência mais intensa e profunda.
As minhas pernas apertavam-se com cada vez mais intensidade, em volta do seu corpo e naquele momento, pude sentir o seu imperceptível, porém acentuado gemido e ele não fazia ideia do quão estimulante era aquilo.
Estava prestes a vir-me e mesmo que tentasse esperar por ele, não me sobravam mais forças para lutar contra aquela bomba, que estava prestes a detonar no meu interior...
"Jake....." Gemi num grito abafado e naquele preciso instante, senti um líquido morno a adentrar-me por completo, acompanhado de um grunhido em satisfação da sua parte.
Ficámos ao que pareceu, meia hora naquela posição, enquanto os nossos corpos escorriam de transpiração que se fundia uma com a outra e tentávamos a todo o custo, regular as nossas respirações e batimentos cardíacos.
Sem me tirar do seu colo, ele acabou por seguir para a cama, deixando-me em cima do seu tronco e agradeci mentalmente por não ter quebrado o nosso toque.
"Melhor que água fria?" Perguntei passando a minha mão pelo seu maxilar.
"Não trocava por nada..." Sussurrou ele, inalando o cheiro do meu cabelo.
"Amo-te..." Disse baixinho e não sei se foi puramente da minha cabeça, mas ouvi-o a dizer o mesmo, antes de me deixar levar pelo sono.

"Malia, acorda..." Sussurrava ele, atrás de mim e com um braço envolvido em mim, o que me submeteu para o facto de que de alguma forma inexplicável, acabámos por dormir em conchinha e sorri com o pensamento.
"Que horas são?" Murmurei, segurando no seu braço, para que se mantivesse ali.
"São seis e meia."
"Só preciso de me levantar ás oito, relaxa." Disse, voltando a fechar os olhos.
"Tu precisas de estar na tua cama a essa hora. O que achas que as pessoas irão dizer se não te virem na cama ou se te apanharem a sair furtivamente da área residencial do comandante?"
"Que sou uma soldado competente, que gosta de garantir que o seu comandante se encontra de boa saúde."
"Eu aprecio esse teu sentido de humor, que em parte até acaba por ser metade verdade, mas agora pira-te, antes que nos metas em problemas."
"Sinto-me uma acompanhante de luxo a ser enxotada na manhã seguinte." Resmunguei, sem sequer me mover.
"Nesse caso, és a melhor acompanhante com quem tive o prazer de passar a noite." Disse ele entre gargalhadas e eu bati-lhe no braço, não conseguindo conter o riso.
"És ridículo."
"Não é isso que a noite passada me diz." Revirei os olhos e sentei-me encarando a sua figura divinal.
"Tu deves-te julgar algum tipo de ser *omnipotente na cama..." Disse, enquanto alcançava a minha roupa e me apressava em vesti-la.
"Não só na cama, como também contra a parede." Respondeu ele, pondo os seus braços atrás da sua nuca, enquanto me encarava atentamente.
"Esse teu ego está num nível elevado demais até para ti mesmo, não achas?" Perguntei entre risos.
"Tu tens-te assegurado disso." Piscou ele, antes que eu fechasse a porta atrás de mim e revirasse os olhos.


*omnipotente: Designação atribuída a Deus; o Todo-Poderoso.

A Filha do PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora