[Fifty-four]

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As 24 horas passaram num abrir e fechar de olhos e a verdade é que o facto de ter passado todo este tempo ao lado de quem mais amo, deixou-me com ainda mais saudades.
"Querida, se quiseres voltar eu..." Dizia o meu pai após chegarmos à base naval.
"Pai, já tivemos esta conversa!" Repliquei interrompendo-o e ele apenas suspirou frustrado.
Abracei-o fortemente e abri o porta malas retirando de lá a minha grande mala.
Encaminhei-me até ao interior e o relógio marcava exatamente 14 horas, por isso deixei a minha mala no quarto e vesti rapidamente uns calções e um top com um casaco de treino por cima.
Já todos se encontravam na central ou pelo menos a maior parte e suspirei de alívio ao perceber que ele ainda não tinha chegado, o que significava que não estava atrasada.
Apanhei o meu cabelo num longo rabo de cavalo e assim que olhei para o meu lado esquerdo lá estava a Dawson com um sorriso enorme.
"Como é que foi Las Vegas?"
"Foi melhor que fantástico, devias ter ido!'"
"Acredita que por mim teria ido.." Ela sorriu levemente e rapidamente instalou-se um silêncio ameaçador devido à presença do nosso querido comandante que se encontrava mais trancado que o normal.
"À vontade!" Ordenou ele após prestar-mos a continência.
"Soldados, espero que tenham aproveitado as vossas últimas 24 horas da melhor maneira possível, porque a partir de hoje vão suar mais do que em toda a vossa vida..." Disse ele rigidamente.
"Hoje irão aprender a manusear um riffle Colt M4A1 que possui 3,1kg, 838mm, um cano de 368mm e com um alcance efetivo de 450 a 500m." Seguimos-o até a uma sala de armas e cada um de nós retirou uma M4A1 de forma ordeira.
Depois de uma longa explicação de como usar e de todos os cuidados a ter com a arma, cada um de nós posicionou-se em frente a um alvo a cerca de 200m e para ser sincera acho que fui a única que em cerca de 100 tiros não acertei nem um, o que de facto me estava a deixar cada vez mais frustrada.
De repente senti uma presença atrás de mim e acho que não é difícil adivinhar quem era...
"Parem todos e façam uma pausa de 20min, Malia tu ficas..." Disse ele com um tom desprezível.
Toda a gente encaminhou-se para o interior e eu estava cada vez mais nervosa à espera de mais um raspanete mas em vez disse senti apenas os seus braços a envolverem-me por trás de uma forma tão rígida que prendi a minha respiração.
"Concentra-te Malia!" Replicou ele quase num sussurro.
"É impossível contigo atrás de mim..." Apesar de não ver, pude sentir o seu sorriso rasgado.
"Ignora a minha presença.." E dito isto, ele segurou habilmente nos meus pequenos braços de forma a mostrar-me como segurar na arma.
"Controla a tua respiração, é importante!" Com esforço tentei regular a minha respiração.
"Foca-te no alvo através da lente..." Disse ele mais uma vez num sussurro que em outras circunstâncias deixaria qualquer mulher de cuecas molhadas.
Rapidamente repreendi-me por tal pensamento e tentei abstrair-me daquilo que o seu toque me provocava...
"Quando estiverem pronta pressiona o gatilho com segurança e firmeza.." Mal ele acabou de falar pressionei o gatilho e apesar da distância consegui ver que a bala finalmente tinha atravessado o alvo e apesar de não ter sido no centro, senti-me orgulhosa.
"Foi difícil?" Perguntou ele largando-me e olhando para o seu relógio.
"Faz uma pausa e pede aos restantes que voltem.." Disse ele como num tom tão natural que me fez questionar se ele havia sentido o mesmo que eu...
O resto do treino foi dedicado a exercícios de força e velocidade, a verdade é que nunca estive tão cansada como me encontrava neste momento.
Após o treino tomei um longo banho juntamente com as restantes mulheres e para ser sincera invejava cada um dos seus esbeltos e tonificados corpos...
Logo a seguir eu e a Dawson fomos jantar juntamente com os seus novos amigos e de facto adorei conhecê-los.
"Vamos todos para a grande sala, Malia vens?" Perguntava ela e eu acenei negativamente.
"Estou super cansada, vou dormir." Disse mas na verdade pretendia fazer outra coisa.
Dirigi-me à sala das armas e felizmente ninguém me apanhou pelo caminho.
Acendi as luzes e aquilo parecia maior do que há horas atrás.
Passei os meus olhos por cada rótulo e arma que lá se encontrava e finalmente quando detetei a minha conhecida M4A1, peguei na mesma e num novo pente completamente carregado e dirigi-me à sala interior dos alvos que era super extensa com provavelmente mais de 200 alvos de diferentes tamanhos e feitios.
Equipei-me devidamente e enquanto segurava no riffle, a lembrança dos seus braços ao meu redor e da sua respiração contra o meu pescoço atingiram-me, retirando-me logo a concentração...
FOCO MALIA! Gritava interiormente e após cerca de 10 tentativas acertei quase no centro do alvo e parecia que quanto mais atirava, mais vontade tinha de continuar...
Estava tão concentrada naquilo que estava a fazer, que nem dei conta quando alguém entrou na sala, aproximando-se de mim e assim que senti, gelei completamente.
"Malia..." Disse a sua voz rouca contra o meu pescoço e eu estremeci.
"Eu... desculpe.." Disse nervosa girando os calcanhares e dando de caras com o Jake que ainda se encontrava com a sua farda e foi neste momento que me senti estupida por estar com umas longas e largas calças de fato de treino e uma sweat com a sigla dos Marines.
"O que fazes aqui a estas horas?" Disse ele ríspido.
"Eu pensei em vir treinar..."
"Malia! Sabes o quão perigoso é estares numa sala rodeada de armas que nem sonhas como manusear? E o pior de tudo é que estás aqui sem autorização! Tens noção que neste momento podia-te expulsar daqui?" E eu apenas arregalei os olhos, não apenas com aquilo que dissera mas como também com a brutidão com que me tinhas falado.
Tentei abrir a boca para me defender, mas não tinha palavras.
"Desculpe comandante..." Disse baixinho e ele suspirou, podia perceber que estava chateado.
Atrevi-me a olhar para os seus olhos e novamente aquele silêncio incomodativo... Demorei a perceber que nos encontrávamos a uma distância tão pequena que podia sentir a sua respiração e estremeci involuntariamente.
"Malia..." Sussurrou ele roucamente aproximando-se do meu pequeno corpo envolvendo os seus longos e fortes braços ao meu redor e eu podia sentir o quão acelerado estava o meu coração neste momento.
Eu não conseguia explicar o porquê de tanto nervosismo cada vez que ele me tocava de alguma forma, pois a verdade é que ele já me tinha tocado tantas vezes, porém parecia que a cada vez que isto acontecia era a primeira vez...
Lentamente ele baixou ligeiramente o seu rosto roçando os seus lábios nos meus e involuntariamente envolvi os meus braços ao redor do seu pescoço, ele continuava a sua doce tortura enquanto passeava os seus lábios pelos meus sem me beijar e eu arfava, quase implorando que ele me possuísse.
"Jake... Nós não podemos.." Disse, mas na verdade o desejo que ele me tocasse era transcendente à vontade que eu tinha que ele se afastasse.
Ele não respondeu, em vez disso empurrou-me contra a parede mais próxima e apenas me olhou com uma intensidade que fez com que o meu sangue subisse todo à cabeça.
Lentamente atacou a minha boca, eu podia sentir uma espécie de mistura de canela e hortelã e quando dei por mim já me encontrava elevada com as pernas ao redor da sua anca.
Senti um gemido no fundo da sua garganta e eu apenas o puxava contra o meu corpo possivelmente arranhando as suas costas, mas ele não se pareceu importar.
Os seus lábios desceram passando pelo meu pescoço e logo a seguir para a minha mandíbula e eu apenas gemia apertando com movimentos involuntários a minha pélvis contra o seu corpo...
Sentia que o meu corpo em brasas e para ser sincera acho que me podia vir a qualquer momento...

HEYYY!! Peço muitas desculpas pelo meu atraso na publicação deste chap não tenho tido tempo nenhum, o secundário não é nada fácil..
Espero que tenham gostado😘🤗
Ps: não revisto

A Filha do PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora