Nem parecia que haviam se passado meses desde que Jimin conheceu Hoseok e Taehyung, que viraram seus melhores amigos. Rezava para que um dia esses dois se explicassem um para o outro e talvez tivesse um namoro a três, mesmo que ainda não tivesse conhecido o namorado de Hoseok.
E claro, alguns minutos faltavam para o ano novo, para que todos as promessas fossem feitas e que pelo menos por alguns minutos tudo fosse maravilhoso.
Mas, até lá, talvez nem tudo fosse maravilhoso para algumas pessoas, ou pelo menos para Park Jimin, que não comemoraria tanto esse dia por sua mãe estar meio ocupada.
— Aí mãe, o Taetae e eu ficamos conversando numa parte do recreio e em outra eu conversei com o Hoseok e aí-
— Jimin, vai mexer no seu celular, vai brincar ou então vai conversar com o Kookie. — A mais velha mexia em alguns papéis em cima da mesa de seu quarto, vez ou outra ajeitava os óculos no rosto.
Nem prestava atenção no que seu filho falava, estava muito ocupada com as contas de luz, água e energia, algumas até atrasadas. Estava com tanta coisa na cabeça, fazendo as contas de quanto ainda tinha no cartão e no banco e preocupada com o que teria que acontecer caso não resolvesse as coisas.
Jimin ficou um tanto triste. Sua mãe havia sido um pouco seca ao proferir a frase a si. O pequeno sabia que ela estava ocupada, mas achou que poderia falar como foi o seu dia.
O mais novo da casa saiu do quarto da ômega e foi para o seu. Abrindo a porta nem esperou para se jogar em sua cama e chamar a pessoa que ele sabia que o escutaria naquele momento.
— Kookie, está aí? — Chamou ao alfa, que a segundos jogava em seu celular.
— Estou aqui pequeno. — Deixou seu aparelho de lado para dar a devida atenção a Jimin.
— Estou te atrapalhando em algo? — Queria ter certeza que não incomodava o moreno em algo importante.
— Claro que não! Mesmo que eu estivesse fazendo algo importante, eu deixaria de lado, por que você que seria mais importante para mim. — Jeon sabia derreter o coraçãozinho do Park, deixava ele molinho e com as bochechas rubras.
— Queria poder ver suas bochechas agora. — O moreno ria do outro lado.
— Aigoo, como conhece tantos pontos fracos meus sem ao menos nos vermos?
— Não é minha culpa se você aceitou aquele acordo. — Jungkook, ainda risonho, proferiu.
O acordo, o famoso acordo entre eles.
Em uma tarde um pouco chuvosa, os dois estavam sem nada para fazer e muito menos assunto para conversar. Então veio uma idéia na cabeça do alfa, um acordo, a qual consistia em: Tudo que ele contasse sobre si para o ômega, o mesmo teria que pagar contando uma coisa sobre si também, ou até mesmo o contrário.
E Jimin aceitou sem mais nem menos, nem calculou direito, só pensou nas coisas que poderia saber sobre o garoto do outro lado.
— Eu não raciocinei direto. — Fez bico
— Mas agora já era, é nosso acordo pra vida inteira, ou pelo menos até nós nos encontrarmos.
— Tá bom. — Jimin revirava os olhos, mas sorria também. Mesmo que o alfa soubesse muito de si, ele também sabia de coisas sobre o outro, só não usava muito contra ele.
— E então, como está sendo os últimos minutos deste ano para você? — Jeon estava sozinho em casa. Seus pais haviam ido comprar fogos de artifício, comidas e tudo mais para passarem o réveillon em casa, então, enquanto falava, ele andava por todos os cômodos como uma mania sua. Essa a qual Jimin ainda não sabia.
— Está sendo chato. Minha mãe anda muito preocupada com coisas que eu nem sei e fica só dentro daquele quarto dela. Tentei falar com ela, dizer como meu dia foi, achando que não iria a atrapalhar, mas acho que ela acabou se irritando um pouco e me mandou fazer algo. Não sei o que tem de tão importante naqueles papéis dela. — Jimin desabafou tudo, ou pelo menos a maioria.
— Deixe ela um pouco no canto dela, acho que ela precisa resolver as coisas da casa de vocês, meus pais também ficam assim, mas sempre resolvem. — Após Jeon falar, Jimin escutou batidas em sua porta do quarto.
Levantou um pouco seu tronco e olhou para a imagem da ômega mais velha encostada no batente da porta.
— Filho, eu preciso conversar uma coisa séria com você, será que..?! — Jimin acenou com a cabeça e a mulher entrou totalmente no quarto do pequeno.
— Kookie, eu converso com você depois. — Se despediu brevemente do moreno, que concordou e voltou ao seu jogo.
— O que foi, mãe? — Perguntou ao que viu a ômega se sentar ao seu lado na cama. — Parece triste com algo. — Completou observando o semblante dela.
— Filho, você percebeu que eu ando meio com a cabeça em alguns papéis. — assentiu. — Então, não sei se você sabe, mas aquilo são as contas de casa, conta de luz, água e energia, tenho que pagar tudo e alguns também estão atrasados. Isso complica muito a mamãe aqui e fico mais preocupada com você, se não tenho dinheiro nem para pagar as contas da casa direito, imagina para pagar o seu lanche, para pôr comida na mesa, para manter a sua saúde.
— Mas mãe, eu posso te ajudar, eu posso fazer algo, eu.. — A mais velha negou.
— Não quero que você faça nada meu amor, não quero que fique nas ruas tentando arrumar dinheiro, não quero que trabalhe assim tão novo, não quero que faça nada. Eu tenho que fazer e eu tenho que decidir, e eu já decidi o que irei fazer, para o seu bem. — Uma lágrima caiu do olho da ômega e Jimin se preocupou. Ficou até com medo de perguntar o que era, mas ainda sim o fez.
— E o que a senhora decidiu, mamãe? — Pôs a sua mãozinha em cima da mão de sua progenitora, esperando a sua resposta.
Olhando diretamente nos olhos do filho e ele igualmente, ela respondeu, triste.
— Decidi que você irá morar com duas pessoas importantes para a mamãe. — O semblante assustado de Jimin se fez presente ali. Tirando sua mão de cima da de sua mãe. — Desculpe Filho.
Lá fora se ouvia os primeiros fogos. Ano Novo.
Pior dia de ano novo. Park pensou, extremamente triste, pior do que poderia um dia esperar.
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When Night Comes • jjk + pjm
FanficEles estavam ligados, que ia muito além do que imaginavam. Uma ligação de alma que nunca poderia ou seria quebrada, mas que os guiariam um até o outro. Quando a lua aparecia denunciando o anoitecer, os dois retornariam ao lago, mesmo que sem sequer...