Um coração inteiro

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Estávamos a caminho de casa, a pé e sozinhos

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Estávamos a caminho de casa, a pé e sozinhos. Taehyung estava ansioso e nervoso ao mesmo tempo, cada vez que chegávamos mais perto do local. Ao estarmos bem em frente a porta, isso tudo aumentou.

- Vamos entrar, temos que pegar pelo menos algo para comermos. - Abri a porta e entramos.

- Jin e Namjoon não estão em casa? Está tudo tão silencioso. - Tae vinha atrás de mim até a cozinha.

- Não. Eles disseram que iriam sair para algum lugar, passear um pouco, talvez fazer compras ou ter um dia de casal. - Colocamos nossas mochilas em cima da mesa e começamos a tirar os nossos materiais.

- Ah sim! - Assentiu.

- Ainda está nervoso? - Perguntei, parando o que estava fazendo e indo até ele, colocando minha mão em seu ombro.

- Um pouco, sim. É que, eu não sei se realmente vou conseguir fazer isso. Meu lobo, a parte alfa, diz que estou pronto, ele me mostra que eu estou pronto, mas ao mesmo tempo eu sinto que falta alguma coisa e isso me deixa com medo. - Olhou nos meus olhos e nestes pude perceber a coloração castanha ir para um azul claro.

- Você quer um abraço? - Perguntei estendendo meus braços para os lados. Ele assentiu e me abraçou forte.

Não importava o que estivesse acontecendo, ele precisava de um abraço e eu estava ali para o oferecer. Minha mão fazia um leve carinho em sua cabeleira roxa, enquanto a destra acariciava suas costas por cima do moletom. Apesar de ser um alfa forte e corajoso na maioria do tempo, ele também tinha seus momentos de ser um ômega sensível e com diferentes medos.

- Se sente melhor? - Nos separamos e ele assentiu, sorrindo. - Vai dar tudo certo! - Abaixei seu rosto e deixei um selinho em sua testa.

- Vamos logo que eu já estou ficando com fome. - Rimos e começamos a pegar as comidas que tinha em casa.

Salgadinhos, frutas, refrigerantes em garrafinhas pequenas e alguns Cookies que Jin fez a tarde. A gente ia pegar alguns pedaços de bolo que também foi feito por ele, mas decidimos que quando chegássemos iríamos comer.

- Suas roupas já estão na mochila? - Perguntei para confirmar. Ele assentiu, já fechando a sua e colocando-a nas costas. - Então está na hora de irmos! - Fiz o mesmo que ele, colocando a minha mochila nas costas também e fomos em direção a porta dos fundos de casa.

Abri a mesma e saímos, enquanto Tae já atravessava a cerca pulando-a, eu fechava e trancava a porta. Fui até ele, pulando a cerquinha branca também e entramos dentro da floresta.

- Ainda está de dia, mas espera só ficar de noite, é bem mais lindo! - Falei desviando de alguns galhos, com Tae ao meu lado.

Estávamos sendo guiados pelo lobo do Tae. Ele não conversava consigo nem nada, claro, estávamos indo pelo seu instinto. Quando íamos para um caminho errado, ele me dizia receber um tipo de alerta, e prosseguíamos para o caminho certo. Isso tudo por que não tínhamos ideia de onde íamos, era como quando na noite em que saí de casa em minha forma lupina; eu não sabia aonde ia, mas o meu lobo sim.

- Já chegamos? - Perguntei ao que ele parou de repente.

- Acho que sim. Digamos que algo me diz que esse é o lugar, meu lobo sente conforto por aqui.

- É um lugar muito bonito e diferente do que eu fui. Achei que iríamos para o mesmo lugar.

- Será que cada um vai para um lugar diferente e que vira o lugar da pessoa? - Fomos nos aproximando de uma mesa e dois bancos que tinham ali.

- Deve ser - Passei a mão sobre a mesa, que estava bem velhinha já e cheia de folhas, também fazendo o mesmo com o banco onde sentamos.

- Agora que parei para pensar. Quando se tem uma marca, vira o lugar do casal? - Havíamos colocado as mochilas em cima da mesa, tirando nossas coisas de dentro.

- Essa parte eu já não sei. Quando eu fui ao meu lugar, eu estava sozinho. - Ele fez cara de pensativo e depois deu de ombros.

- Talvez ele só não tivesse se transformado, tem essa possibilidade. - Concordei. - Mas vamos deixar isso para lá, agora eu 'tô com fome.

- Esfomeado você. - Rimos, pegando os salgadinhos. - Então, quando vai ser?

- Não sei, não estou sentindo nada. - Disse depois de colocar um salgadinho na boca.

- Vamos esperar um pouco, pelo menos até anoitecer. Se nada acontecer, vamos para casa. - Assentiu e voltamos a comer.

...

- Aqui é bem lindo!

- Muito. - Tae se encontrava mais maravilhado que eu, ao que paramos para observar o lugar.

O chão era coberto de flores de diversos tipos e cores. Tinha os dois banquinhos e a mesa onde antes estávamos e deixamos nossas mochilas, a roupa de Tae e algumas das comidas que não tínhamos comido ainda. Havia também um laguinho como o que tinha no lugar onde fui, muito lindo também.

Estávamos deitado entre as flores olhando para o céu, que aos pouquinhos ganhava algumas estrelas.

- Já está anoitecendo e não aconteceu nada, Chim. - Tae se sentou, assim como eu, e olhou para mim com uma carinha tristonha.

- Calma, eu sei que você vai conseguir. Vamos esperar só mais um pouquinho, sim?

- Está bem! Eu estou um pouco apertado, já volto. - Assenti ao que ele se levantou e saiu correndo para poder mijar.

Fiquei brincando com as flores ao meu redor, cheirando-as e sorrindo. Lembrei do meu Kookie, o que ele estaria fazendo agora, bem provavelmente dormindo depois de comer um prato enorme de comida, como conhecia-o bem.

Alguns minutos depois senti algo gelado e molhado encostar em meu braço. Olhei para trás e vi um lobo cinza, quase branco, me olhando. De primeira levei um susto, mas logo eu já estava sorrindo, quase rasgando meu rosto.

- Tae, é você? - Ele abaixou a cabeça e levantou devagar. - Ai, meu Deus, você conseguiu! - Ele começou a pular entre as flores e eu não estava muito diferente.

Passei a mão sobre seus pelos, tão macio que eu não me aguentei e o abracei.

- Temos que registrar esse momento. - Corri até a mochila e peguei a câmera que eu coloquei ali desde que fui para a faculdade para exatamente isso, a mesma que Nam usou para tirar as fotos da minha primeira transformação.

Fui até Tae que estava brincando nas flores, rolando por elas e tratei de tirar fotos daquele momento fofo. Quando ele começou a correr para lá e para cá eu também tirei fotos, várias. Até quando ele veio até mim eu tirei uma foto de nós dois juntos e uma onde ele lambeu minha bochecha e eu ri, pois fez cosquinhas.

Quando fui colocar a câmera de volta na mochila, senti uma mão em meu ombro. Me virei e Tae estava na forma humana e totalmente nu, com uma das mãos cobrindo seu pênis. Peguei suas roupas e dei a ele, que começou a se vestir rapidamente.

- Pode ficar tranquilo, só ficamos pelados na primeira transformação.

- E para onde a roupa que eu tava usando foi? - Coloquei minha mão em seu ombro antes de responder.

- Ninguém sabe - Rimos da careta que eu fiz ao falar, dando suspense na minha fala.

Depois que finalmente vestido, pulei em si o abraçando bem forte.

- Você tava muito fofo, depois te mostro as fotos. - Após falar, um brilho um pouco forte foi emitido da nuca de Tae e eu me senti obrigado a meus olhos, pela ardência. - Ai! - Me separei do abraço e o virei de costas para poder ver melhor o que havia acontecido assim que o brilho diminuiu.

- O que foi? - Perguntou, mas não o respondi.

Eu estava muito surpreso e talvez até feliz, não acreditando no que estava a minha frente. Tinha uma marca de coração bem na nuca dele, um coração inteiro; uma marca de alma gêmeas.

- Não acredito

When Night Comes • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora