Eles estavam ligados, que ia muito além do que imaginavam. Uma ligação de alma que nunca poderia ou seria quebrada, mas que os guiariam um até o outro.
Quando a lua aparecia denunciando o anoitecer, os dois retornariam ao lago, mesmo que sem sequer...
Enfim, iniciando o segundo arco da história. Provavelmente o próximo arco será o último e a opção "concluído" será adicionado a fic. Nem acredito nisso, senhor, quanto tempo escrevendo essa belezinha.
Mas ainda tem MUITA coisa pela frente até lá. E também minha escrita mudando desde 2018 enquanto escrevia essa história, espero finalizar com chave de ouro kkkjk
De qualquer forma, boa leitura, anjos!
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Jungkook estaria dormindo até este momento se não fosse interrompido pela voz de seu ômega em sua cabeça no sonho que havia tido, o pedindo ajuda. Não se lembrava exatamente as palavras, mas era algo como " Me ajude kookie, algo está acontecendo". Achava que era só um sonho normal e que não havia acontecido nada com seu ômega, então deixou aquilo para lá e se levantou.
Ah, ele estava sentindo algo estranho em seu peito, algo querendo se libertar - e de fato queria. Ele estava com uma vontade de se sentir livre, de correr, de sentir o vento batendo contra si. Como ele queria e seu lobo não ficava para trás, concordava com Jeon. Olhou para a janela aberta naquele cômodo e já não pensou duas vezes; logo seus pelos negros estavam por todo seu corpo, suas orelhas atentas a tudo, sua calda abaixada e sua marca, somente esta com a pelagem branca.
Pulou pela janela de seu quarto sem pensar duas vezes e correu, correu como nunca havia corrido em sua forma humana. A brisa gélida passando por cada fio de seus pelos negros, se sentia liberto. Entrou para dentro da floresta e continuou a correr, sem parar um momento. Os batimentos cardíacos acelerados, a adrenalina subindo por seu corpo.
Desviava de muitas árvores, parecia já saber por onde pisar, que caminho seguir, onde percorrer. Parou quando chegou em frente a um lago cristalino, com várias pedras ao redor. Muito lindo. Mas não foi exatamente aquilo que chamou a atenção do moreno e sim ver um lobo como ele, só que de pelagem branca, de cabeça baixa olhando para o próprio reflexo na água.
Não sabia o porque, mas estava totalmente agitado com a presença do outro.
...
Jimin estava no sofá da sala, com a cabeça nas nuvens. Havia resolvido descer para tomar um copo d'agua, mas acabou que sentou ali no sofá e ficou pensando na vida. Principalmente no que tinha acontecido naquela tarde.
Brigou com seu lobo, claro, mas admitiu ter gostado da sensação, de se sentir livre. A sensação de estar em uma forma lupina era como estar em sua forma humana, só que mais simples, com mais vida, como se fosse assim que ele deveria estar sempre. Sendo ele mesmo.
Queria, assim como seu lobo, se sentir daquele modo novamente, mas não queria ficar só dentro de casa, queria poder sair, quem sabe ir na floresta que tem atrás de sua casa; a qual sempre lhe chamou muito a atenção desde que começou a morar ali. Não custaria nada ele dar uma fugidinha, não é mesmo?! Namjoon e Jin estavam dormindo, sairia e voltaria antes mesmo deles acordarem. Eram só três horas da manhã, ninguém perceberia.
E foi assim que deu total liberdade para seu lobo fluir. Seu tamanho começou a diminuir, mas nem tanto; seus pelos brancos se espalhando por todo o seu corpo, suas mãos e pés no chão agora sendo patas, sua cauda abaixada balançando devagar, suas orelhas atentas a qualquer barulho e sua marca, a marca de alma gêmea estava de cor diferente, uma pelagem totalmente negra. Estava ali com sua forma lupina, agora só teria que achar um jeito de sair da casa.
Deveria ter pensado nisso antes de se transformar.
Olhou por toda a casa e encontrou uma janela aberta, mas ela era alta e estava perto da pia. Teria que se esforçar para chegar até ela. Pulou na cadeira ali perto, em seguida pulando na pia. Fez alguns barulhos, mas não era algo para se preocupar de alguém acordar, então deixou para lá. Por fim, se preparou, abaixando a cabeça e a colocando em cima das patas dianteiras, contou até três e pulou. Em segundos estava pisando no gramado verdinho do quintal atrás da casa.
Não esperou nada e correu, correu como se sua vida dependesse daquilo. Pulou a pequena cerca que separava o quintal de todo o resto e foi para dentro da floresta, sem parar um segundo. O vento passando por seus pelos o dava uma sensação gostosa que nunca havia sentido. Estava amando aquilo.
Se desviava de muitas árvores, como se soubesse exatamente para onde estava indo, onde tinha que ir e pisar em falso poderia acarretar em uma catástrofe. Não entendia, mas também não queria parar, continuou para descobrir até onde chegaria. E chegou.
Um lago cristalino com várias pedras de todos os tamanhos ao redor. Ele se aproximou mais, ficando bem a beira do lago. Ele era tão lindo e podia ver seu reflexo por ele. Vendo pela primeira vez ele mesmo em sua forma lupina, não foi de se gabar, mas estava se achando lindo daquela forma. Só não sabia o motivo de se sentir bem ali, sentiu que aquele era um lugar importante, não sabia exatamente o motivo, só sabia que voltaria outras vezes.
Sentiu sua marca esquentar e em seguida um brilho fraco emanar dela, onde só ele podia ver emanar dela. Estava certo, aquele era um lugar importante e do outro lado do lago também tinha alguém com esse mesmo sentimento; com a próprio marca brilhando fraco, apenas lhe observando de longe.
