Capítulo 4

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Oi coisinhos. Estão gostando dessa putaria, ops, digo.. história?

-

- Primeira coisa. - Vanessa avisou, enquanto entravamos no quarto dela. Ela havia me convidado, e eu não recusado. - Minha mãe é ginecologista, ela não vai ter nada para fazer sobre isso, digo, ao menos não agora.

- Argh, isso é uma bosta! - Falei, enquanto me jogava em sua cama.

- Por onde vamos começar, então?

- Que tal internet? - Vi ela assentir rapidamente, logo caminhou até uma mesinha, em cima tendo um MacBook. Oh, rica.

- O que eu pesquiso?

- Vai na Yahoo. - Caminhei até ela e me ajoelhei ao seu lado, vendo o que ela escrevia no computador.

- Sério que você vai pesquisar como se livrar de um pinto? - Ela gargalhou e eu fiz uma careta.

- Vanessa, eu quero que isso suma, não que eu tenha que... cortar, ou arrancar.

- Se essa é a única opção, me desculpe! eu não tenho culpa pelas respostas do Google.

- Vai na Wikipédia.

- Ual, tão confiável quanto gozar dentro e depois dizer que vai tomar as pilulazinhas. - Ri baixo.

- Intersexualidade...?

- Não acho que seja... Você não nasceu assim, certo?

- Sim... Mas... talvez... eu não sei... talvez eu possa basear esse probleminha... ao amor de Beyoncé Knowles, pesquisa como esconder uma intersexualidade. - Vanessa riu e digitou outra vez.

- Quanta aba aberta, parece minha mãe olhando site de culinária.

- Cala a boca, Madelaine. - Assenti rapidamente.

- Aqui. Short de compressão. Uh, olha esse, tá na promoção. É bonitinho.

- A gente está comprando algo para esconder minha madsconda, não um sapato, Vanessa. - Ela caiu na gargalhada e eu revirei os olhos, logo peguei seu computador.

- Espero que eu não morra, apenas.

- Hey, se você quiser, meu pai é urologista.

- O que sua família tem com esse tipo de medicina? - Vanessa riu e deu de ombros.

- Qual o número do seu pai?

- Eu não sei decorado. - Franzi o cenho e encarei ela. - Qual é, quem tem um pênis aqui é você, quer o número pessoal dele?

- E você liga muito para a sua mãe? - Perguntei com um sorriso cínico. É, eu amo ser cínica.

- Depende... Madelaine, isso não é da sua conta. Eu apenas me cuido. Muito, por acaso.

Madelaine. Se concentra.

Não pensa na coisinha que você adora - dela.

Para.

Porra.

Porra.

Porra.

- Onde é o banheiro? - Perguntei rápido. Vanessa franziu o cenho e apontou para uma porta.

- Aprendeu a mirar? - Perguntou. Lancei meu dedo do meio para ela e ouvi sua risada, logo corri até a porta.

Madssauro está doido para entrar em extinção.

Olhei para baixo, logo suspirei. Por que fomos falar daquilo?

Jesus, agora eu tinha algo assustador querendo sair para fora - não de mim, mas de minhas calças - e eu não saberia um jeito que não fosse inapropriado de domar essa ferinha.

𝐰𝐢𝐬𝐡𝐞𝐬 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 [𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥]Onde histórias criam vida. Descubra agora