Capítulo 14

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Minhas mãos - que estavam firmes em sua cintura - desceram, e logo pararam abaixo da blusa que ela usava, enquanto ainda nos beijavamos, porém com mais pressa dessa vez. Em algum momento, havíamos invertido nossas posições, onde eu estava em baixo, e Vanessa obviamente em cima. Nossos lábios estavam prensados com força e se moviam com rapidez, não me fazendo querer parar. Eu arrastava minhas unhas pela pele da sua cintura, - onde ainda segurava - vezes apertava, e acabava sentindo as arfadas de Vanessa contra meus lábios quando o fazia.

Eu não seria a pessoa para quebrar esse beijo.

Subi minhas mãos por suas costas, e assim, a blusa que ela usava subiu junto, deixando a pele do local exposta, assim como parte do abdômen. Ela pareceu hesitar no exato momento, então quando foi se afastar, puxei seu lábio inferior, mal conseguindo respirar ao que ela voltou a me beijar.

Eu sentia falta do oxigênio, mas seu beijo estava maravilhoso, me fazendo não querer parar. Aproveitei morder seu lábio outra vez, enquanto enchíamos nossos pulmões de ar. Minhas mãos foram descendo, até pararem na curva de sua bunda, na altura de suas ancas, então apertei minhas unhas na região.

Vanessa quem avançou, dessa vez. Colou nossos lábios ao que eu tentava parar de ofegar, e me fez falhar miseravelmente no ato, quando senti muita vontade de responder seu beijo. Desci um pouco mais as minhas mãos, parando com ambas em sua bunda, e já apertando e sentindo o formato perfeito em minhas mãos.

Foi quando meu celular começou tocar.  Vanessa se afastou, não deixando de encarar meus olhos, e eu juro que quis esconder minha cabeça em um buraco,- não disse qual cabeça, nem qual buraco -, quando ela olhou para baixo e deu um sorriso. Revirei meus olhos e peguei o celular do meu bolso, percebendo ser minha mãe ligar.

- O que tu quer?

- Fala direito que te segurei nove meses na minha barriga, ingrata. -  Bufei e Vanessa riu, logo se levantou. Fiz o mesmo.

- Eu liguei pra perguntar se você queria alguma coisa, mas agora não vou mais comprar só por ter respondido assim.

- Mas-

- Tu já quebrou um pedaço do dente uma vez, não queira que eu quebre o resto.

- Okay, mãe. Também te amo.

- Ah, vai a merda Madelaine, não sou obrigada. - E então ela desligou. Vanessa estava rindo, suas bochechas coradas e seus passos lentos até a pipoca e os refrigerantes. Ela deveria ter ouvido, pois Nathalie não sabia que era desnecessário gritar durante uma ligação. Ela achava que quanto mais alta sua voz, melhor era o som para mim, penso eu.

Mães...

- Podemos assistir a droga do filme? - Vanessa perguntou. Assenti e a ajudei, pegando a pipoca e deixando com as latinhas de refrigerante.

[...]

O filme estava pela metade. Nathalie demorava mais do que o previsto e eu não parava de olhar as coxas da Vanessa, que estava parcialmente deitada no sofá, do outro lado da sala em relação ao meu lugar. As coxas, o abdômen, os peitos, o rosto... Santa Beyoncé. Por que eu sou tão tapada a ponto de não perceber o quanto ela era gostosa - e continua sendo - antes?

Eu não sabia o que diabos estava acontecendo naquela tela de tv, mas me senti obrigada a encará-la outra vez, assim que o olhar dela caiu sobre mim. Vanessa ficou em pé e eu a fitei.

- Vou ir tomar água. - Assenti. - Depois dessa sua longa secada, haja água pra me hidratar outra vez, não é mesmo? - Perguntou, já saindo da sala.

Acabei gargalhando, e logo ouvi a sua risada também.

A porta da frente foi aberta com brutalidade, me fazendo dar um pulo com tamanho susto, mas logo me acalmei ao perceber que era apenas Nathalie.

- Vai ficar olhando, ridícula? Não vai me ajudar com as sacolas? - Perguntou. Caminhei até ela e a ajudei, segurando dois pacotes e caminhando até a cozinha, onde Vanessa estava. Minha mãe logo entrou no cômodo.

- Vanessa!

- Oi, tia Nathalie.

- Como vai, querida? - Minha mãe perguntou. Revirei meus olhos para sua gentileza, nunca ouvida diretamente para minha pessoa.

- Estou bem. E você?

- Ah, vida que anda, filha inútil... mas eu estou bem sim. - Vanessa riu e outra vez revirei os olhos.

Começaram a conversar sobre algo que eu não me importava muito em seguida.

Logo que minha mãe saiu da cozinha, obrigatoriamente, comecei guardar as compras.

Vanessa ofereceu ajuda para o ato mas recusei, realmente não precisando. Seus lábios chocaram-se contra minha bochecha e me virei para fitar seu rosto.

- Eu preciso ir, está no meu horário...- Assenti rapidamente.

Fui com ela até a porta, e apenas trocamos um abraço, quando ela ficou perto o suficiente. Bom, seria frustrante para mim dizer que eu esperava outra coisa mais, até eu cruzar o corredor da minha casa, onde finalmente me dei conta.

Que diabos eu estava fazendo com nossa amizade? Eu não queria mudar.

𝐰𝐢𝐬𝐡𝐞𝐬 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 [𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥]Onde histórias criam vida. Descubra agora