- Ué, pelo menos podemos escolher os padrinhos de cada um. - Eu falei, enquanto Camila segurava uma faca de plástico perto do meu pescoço.
- TRÊS, MADELAINE! O QUE EU FALEI SOBRE A CAMISINHA?! - Revirei meus olhos.
- Ah, tu tá bem boa também né, olha seu bucho, Camila. Acho que o chapéu serve. - Troye se meteu, enquanto acariciava a bochecha de todos meus filhotes ao mesmo tempo, ou ao menos tentava.
- CALA A BOCA, PIRANHA! - Camila brigou.
- TEM BEBÊ NA SALA, PORRA, NÃO FALA PALAVRÃO! - Ariana quem brigou dessa vez. Soltei uma risadinha e levantei as mãos, me rendendo de todo aquele drama que Camila fazia, e a deixando para trás apenas para ir brincar com meus bebêzinhos.
- Vem cá Nelson. - Chamei, percebendo que meu filho Ethan levantava os bracinhos, mesmo se quer abrindo os olhos ainda. - Vem com o pai. - Troye riu.
- Que dó da criança. Por que você se auto denomina pai? Não era correto mãe?
- Os dois são corretos, não vou ser presa se usar pai, então eu posso usar. - Troye levantou uma das sobrancelhas. - E não é por causa do meu pau.
- Então porque é?! - Camila perguntou.
- Para eles não sentirem falta. Cresci apenas com a minha mãe, senti falta do meu pai, mas eu sabia que ela estaria ali caso fosse saudades meu sentimento. Estou aqui pelos meus filhos, e não pra julgar o politicamente correto da sociedade. Se perguntarem pra meus filhos quem é o pai deles, eles podem dizer que sou eu. Não deixo de ser, e também sou a mãe. Vou acostumá-los com essa normalidade e quando crescerem arranjo tempo para conversar. E eu quero ser chamada de pai, ponto final. - Troye levantou as mãos, se rendendo.
- Tá andando muito com a Lauren, mas eu amei. - Meu viado fav exclamou. Camila sorriu e pegou Cheryl no colo, enquanto Lauren brincava com Jason. Meu Deus, esse bebê me dava medo de tão sério que é. Mas eu amava incondicionalmente, assim como amo Ethan e Cheryl. E Vanessa, mas é claro.
- Voltei vadias, cadê meus bebês?! - Vanessa perguntou. Ela havia saído com algumas enfermeiras para usar o banheiro, sob a ajuda de uma cadeira de rodas.
Acenei rapidamente, a ouvindo rir.
- Falo dos meus filhos, Mads. - Fiz bico. Caminhei até ela, com Ethan no colo, e assim que ela terminou de se deitar na cama, estendi Ethan como na cena de rei Leão, apenas para me divertir nostalgicamente um pouco. - Você parou de chamá-lo de Nelson, né? - Sorri amarelo. Vanessa revirou os olhos e riu, se inclinando para me roubar um selinho em seguida, e ajeitando Ethan no colo. Ele agarrou os peitos dela em seguida.
- Meu Deus, é filho da Madelaine mesmo. - Gargalhei.
- Eu acho que... ele está com fome... de novo. - Vanessa suspirou. Minha namorada não havia gostado muito de amamentar pois dizia ser dolorido, mas ela não dizia "chega, está doendo", ela passava por aquilo simplesmente pelos nossos filhos, que só paravam de mamar quando saciados. - Ah peste...- Vanessa brincou, assim que o pequeno Ethan começou sua refeição.
- Madelaine vai dar umas aulas para eles, de certeza. - Troye comentou.
- Isso me lembra muito a potranquinha que ajudei a parir lá na fazenda do tio João, sô. - O noivo de Ariana avisou, sorrindo. Eu gargalhei, pois eram meras comparações inocentes.
- MINHA POTRANQUINHA AMAMENTANDO É A COISA MAIS LINDA DESSE MUNDO, SÔ! - Brinquei, me aproximando de Vanessa e voltando a me afastar quando recebi o olhar da morte. Tirei o celular do bolso e em seguida abri a câmera, registrando Vanessa com um olhar de amor para nosso filhote. - Awn que fofis! - Minha namorada me encarou, sorrindo em seguida. Aquele sorriso que me deixa fraca.
[...]
- Como faz? - Perguntei, observando a enfermeira trocar Cheryl. Ela sorriu.
- Observe. - Assenti rapidamente, focando meus olhos e ficando completamente imóvel e focada nos próximos atos dela. Acontece que a senhorinha de branco não esperou meu cérebro acompanhar. Ela deu curva, colocou por cima, soltou em baixo, tirou fita, colocou virou o bebê fez acrobacias, virou a Lady Gaga no Super Bowl 2017 e eu já nem sabia como vestir a mim mesma.
- Eh, então, eu não entendi um pouco direito. - Ela riu. Me entregou Cheryl e com todo - todo mesmo - cuidado do mundo a segurei, percebendo que o próximo seria Jason. Sério, eu tinha muito medo da cara de bravo dele. Aposto que havia puxado minha mãe.
A tia enfermeira fez aquelas macumbas de novo mas dessa vez entendi um pouco direito melhor. Ela sorriu no final e levantou Jason, que me encarou bravo e eu engoli em seco.
- Lindinho do pai. - Fiz carinho na barriguinha dele e Meu Deus, só faltou gritar comigo. Sorri amarelo. - Posso tentar com o Ethan? - A enfermeira assentiu.
- Claro. Eu te digo o que fazer. Me deixe segurar essa princesa também para te ajudar...
- Eita que tem como segurar eles ao mesmo tempo?! - Ela negou.
- É melhor segurar apenas dois... e toma cuidado se tentar. - Assenti rapidamente. Passei minha pequena Cherry para enfermeira e atentamente observei como ela segurava, entendendo que eu deveria usar a região perto da subaca para deixá-los aconchegados.
Observei Ethan e sorri, me aproximando dele.
- Oi Nelson. - O bebê se moveu. Parecia que ele era o que mais gostava de ouvir minha voz, ou talvez, ele apenas era mais agitado.
Abri os adesivos da fralda e sorri, encontrando o madssaurozin do meu filhão.
- Vamos trocar o Nelsin, ô meu amozin, que tem um madssaurozin. - Eu ri baixinho. Até que um jato de mijo voou, em seguida mais outro, e eu não tive outra reação. O talco que eu segurava, apertei sem querer, fazendo o pó branco formar uma nuvem no ar, escorreguei no mijo da criança e cai de bunda, enquanto o bebê mijin não parava de mijar. - EITA QUE O BEBÊ TA HIDRATADO! - Gritei. Ouvi a gargalhada de Vanessa, - já que ela estava no quarto e eu estava no banheiro, agora sozinha e provavelmente abandonada pela enfermeira - e fiquei em pé, segurando uma fralda limpa na frente do madssaurozin esguichado, que aos poucos parava com a mijadeira. - Te deram bebida alcóolica meu filho?! Nem com a raba cheia de cachaça eu mijo tanto! - O bebê sorriu, pela primeira vez. Foi engraçadinho, ele é banguela - óbvio - e mal sabe abrir os olhinhos.
Comecei a vestir uma fralda nova e sim, funcionou. No fim eu tinha um filhote com cheiro de bebê nas mãos. Aquele cheiro gostosinho que só criança tem, sabe?
O levei para o quarto e Vanessa estava sorrindo, segurando os outros filhotes na mão. Parei ao lado dela e sorri.
- Eu estou suja de xixi. - Exclamei divertida. - Mas... eu consegui trocá-lo. - Levantei Ethan. Vanessa sorriu e a fralda acabou caindo, deixando o bebê pelado. Ela riu e negou, me puxando para roubar um selinho.
- Boa tentativa.
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𝐰𝐢𝐬𝐡𝐞𝐬 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 [𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥]
Fanfiction"Cuidado com o que deseja. Nem sempre uma ironia é compreendida pelo próprio destino. " INTERSEXUAL ADAPTAÇÃO. História original "camren" by @Yolandally.