Capítulo 62

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- Madelaine, você por acaso já tentou descobrir a quantos quilômetros por hora consegue correr? - Skeet perguntou. Sorri amarelo.

- Não, por quê?

- Por que se você for a menos de cinquenta agora, eu vou cortar seu pau fora. - Arregalei meus olhos e fiquei esperando, parada

O que eu estava esperando?!

CORRE SAPATÃO! 

Sai correndo pela cozinha. Fui para sala, subi as escadas até o quarto de Vanessa, pulei a janela, e a todo o tempo, quando eu olhava para trás, via Skeet correndo com um novo objeto atrás de mim. Corri durante cinco minutos ao redor da grande árvore que tinha no quintal, uma hora até parando para respirar.

Coloquei uma mão sobre o peito e a outra no tronco da árvore, me agachando um pouco ao tomar ar. Skeet fez o mesmo ao meu lado.

- Nossa, correr cansa né? - Falei. Vi meu sogrinho assentir.

- Eu nem estou sentindo minhas pernas... mas é por um bom motivo.

- Tá, olha, você conta até três enquanto eu saio correndo e a gente volta com a perseguição. - Ele assentiu. - Não vale trapacear, hein?!

- Eu não vou! Eu odeio pegar, podemos fazer pedra papel e tesoura pra ver quem é que vai fugir dessa vez?

- Ih! Tu é café com leite! Mas eu quem engravidou sua filha, não faria sentido.

- Ah, éh. - Skeet apoiou as mãos nos joelhos e me fitou. - Verdade, é bom voltar a correr, Madelaine. - Sorri. Ele fez menção de levantar o tronco e aquilo me fez sentir um enorme medo, então saí correndo, na esperança de não perder o pau. Madssauro não merecia morrer agora.

Skeet novamente já corria atrás de mim quando entrei na cozinha, parando atrás de Vanessa.

- Pai! Para! - Skeet revirou os olhos e colocou a frigideira - não sei quando ele havia pego aquilo - na mesa, que ainda tinha Nelson e Neyde mortos. - Isso é desnecessário, hein?! Tá, estou grávida, mas porra! Eu e Madelaine já fizemos tantas coisas sozinhas durante isso... você deveria se orgulhar de como estamos lidando com a gravidez! De como EU estou lidando! - Senti um imenso orgulho no meu peito e abracei Vanessa por trás. Era simplesmente uma honra. Vanessa tinha um antigo trauma que para mim era um sonho, e aos poucos se tornava para ela também.

- Você está feliz com isso? -Marisol perguntou, nos fazendo lembrar do resto da família que estavam presentes.

- Sim, mãe. Eu estou feliz. - Minha bolinho de caramelo falou. A abracei mais forte, porém cuidei para não machucar a barriga dela. Skeet e Marisol trocaram um olhar que me deu medo, e suspiraram ao mesmo tempo. Nos encarando juntos. Pacto do demônio, só poderia ser.

- Vocês querem nossas bênçãos? - Assenti rapidamente, ficando ao lado de Vanessa e segurando a mão dela.

- Desde que eu possa escolher o nome...- Celina deu de ombros. Todos olhamos para ela, com certo ponto de interrogação. - O que gente? Eu não vou zoar, por nada vocês colocam o nome da criança de Sérgio ou o nome de alguma cadela.

- Celina...- Marisol repreendeu. Skeet caiu na gargalhada.

- É verd..- Minha sogra o encarou e meu sogro engoliu em seco. - Mentira.

- Se Madelaine concordar, eu não me importaria.

- Não, eu quero Nelson. Helloson, esse nomeson é fodason! - Mexi os ombros, fazendo minha namorada rir baixinho. 

- Celina, você escolhe o nome. - Vanessa gargalhou ao dizer, e no mesmo tempo, ver minha cara de indignason.

- Hey gente... Vanessa tá grávida? - Todos fitamos o garoto, estando pasmos com a lerdeza da criança. 

- Mãe, Drew é adotado. - Celina zoou.

[...]

- Eu gosto de Douglas...

- Cala a boca, boneco de posto.

- Celina, olha como fala com seu irmão. - Estávamos na sala, interagindo como qualquer ser humano faz.

- Não vai se chamar Douglas, Drew. - Minha namorada exclamou.

- Hey gente, vai ser Nelson.

- Mas e se for menina? - Skeet perguntou.

- Podemos chamá-la de Joanne.

- Minha mãe cantaria Lady Gaga o dia todo, Celina! Não! - Vanessa riu baixinho.

- A gente poderia chamar de Maicon.

- Sim, Drew. Maicon. Ele seria bem feliz. - Celina zoou o irmão mais uma vez.

- Que tal Neyde? - Como sempre, ninguém me ouviu. O que as pessoas tinham contra Neyde?

- CARALHO! CHEGA! Meu filho não vai se chamar Carlos Alberto, nem Carlos Roberto, nem Carlos o caralho a quatro. E não vai ter o nome do álbum da Lady Gaga, nem o apelido da Britney! Só o que me falta! Daqui a pouco vocês dirão que devemos chamá-lo ou chamá-la de Disneilandia!

- Disneilandia me lembra infância eu gostei. - Exclamei feliz. Lembrei dos velhos tempos, onde eu passava horas na frente da TV assistindo padrinhos mágicos, tomando meu toddy de caixinha e sendo foda ao dar um show quando passava high school musical. Não vou mentir, sempre amei ser o Troy.

- Não! Querem saber?! Eu não quero saber o sexo da criança, eu não quero dar um nome até o dia do nascimento. Essa é minha decisão e ponto. Estou feliz com o que vier e nem que tenhamos de chamar o bebê por números, até lá escolhemos um nome bom. - Minha namorada falou. - E isso inclui você, Madelaine. Tu nem inventa de tentar descobrir o sexo do bebê com a obstetra. Eu dou uma de Skeet e te corto o pau fora. - Todos fizeram silêncio, mas logo começaram a rir.

- Eu vou ser vovô! - Skeet exclamou, se aproximando e ficando de joelhos na frente de Vanessa. Claro que eu me afastei um pouco. A intenção era permanecer com meu salsichão entre as pernas.

- Então... está tudo bem por vocês? - Perguntei

- Se estão sendo responsáveis ponto de cuidar disso desde o começo, se estão dispostas a lutar por essa criança como qualquer pai faria e se estiverem dispostas cuidar para o resto da vida... se estiverem feliz. - Skeet procurou Marisol, sorrindo ao receber um olhar dela. - Também estaremos.

E um tempo depois, acabamos abrindo uma garrafa de champanhe – Celina acertou a rolha no olho de Drew e ele teve de ir à emergência, mas estava bem – no meio do hospital.

Várias pessoas acharam aquilo estranho, afinal, parecia que estávamos comemorando a morte de alguém, mas era apenas o futuro nascimento do madsinssauro.

PUTA QUE ME PARIU, MADSINSSAURO. VANESSA PRECISA PENSAR SOBRE ESSE NOME.

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𝐰𝐢𝐬𝐡𝐞𝐬 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 [𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥]Onde histórias criam vida. Descubra agora