𝐰𝐢𝐬𝐡𝐞𝐬 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 [𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥]

Capítulo 51

- TU TÁ ENTENDENDO, LUIZA? - Vanessa levantou uma das sobrancelhas e olhou para a TV, onde passava o canal E!

- Mas... é só uma família rica, existem muitas famílias ricas por aí..- Falou. Coloquei a mão no meu peito, me sentindo completamente ofendida.

- NÃO LUIZA! SÃO OS KARDASHIANS, NÃO SE TRATA DE SER APENAS UMA FAMÍLIA. É A FAMÍLIA K-A-R-D-A-S-H-I-A-N, LUIZA.

- Madelaine, para de me chamar de Luiza. Meu nome é Katia. 

- Okay. Mas você entendeu?

- Eu não entendi de onde a Kylie e a Kendall vieram...

- Porra, Luiza! - E então gargalhou, voltando sua atenção para a treta que passava na TV. Eu amava esse programa. - Eu estou confusa. Okay, vamos tentar de novo, desde o início.

- NÃO! Não, chega. Eu vou conseguir entender um pouco se a gente assistir. Aliás, eu entenderia melhor se a gente fizesse uma vitamina de banana com morango e kiwi. E muito, muito açúcar. - Franzi a sobrancelha.

- É estranho...

- Já provou para falar, Madelaine?! - Dei de ombros.

- Só tem banana e morango, amor. Eu e minha mãe não somos muito de comer kiwi. - Vanessa suspirou. Parecia magoada, e aquilo seriamente me entristeceu. - Tá, vamos no mercado?

- Tô com preguiça... vamos fazer assim. Você vai, e enquanto isso, pesquiso algumas coisas sobre os Kardashians só pra ter uma noção, depois continuamos assistindo o programa. A gente pode fazer maratona...

- Não dá pra fazer maratona de filmes ou séries com você.

- Por quê?!

- Porque no fim, vira uma maratona de sexo. - E ela gargalhou. Me levantei do sofá e dei um selinho rápido na minha namorada, em seguida me estiquei, sem querer subindo a blusa que eu vestia. Vanessa já tinha deixado a mão no meu abdômen. - Você quer seu Kiwi?! Eu... preciso que tire a mão se ainda quiser.

- MADELAINE, SENTA. PORQUE FODEU. - Ouvi a voz da minha mãe. Nathalie parou na sala, e voltei a me sentar, a vendo jogar a bolsa no chão.

- O que foi, mulher? Você está bem?!

- Tô bem. MAS TÔ GRÁVIDA! - Deixei meu queixo cair e senti meus olhos secarem pela forma que os arregalei. Ficamos em silêncio por um longo tempo, apenas nos olhando como as idiotas que éramos uma para outra. Fiquei em pé rapidamente. 

- NATHALIE BOLTT, TU TÁ PRENHA MULHER?! - Gritei. Minha mãe deu um tapa no meu ombro. 

- Me respeita que quem fica prenha é animal.

- Por que acha que falei prenha, mãe?!

- TU TÁ ME CHAMANDO DE ANIMAL, RIDÍCULA? - Engoli em seco.

- A senhora é uma gatinha. -  Minha mãe deu outro tapa no meu braço. - MAS COMO ACONTECEU?!

- AH, E TU AINDA PERGUNTA?! VOU EXPLICAR; PAU. BOCETA. EXPLOSÃO. ORGASMO. SEMENTINHA. QUENTINHO. OVÁRIO. FETO. - Vanessa soltou uma gargalhada. - JUNTE OS FATOS, CRIATURA!

- Quem é o pai? Gente, Nathalie nera gay? NATHALIE NERA GAY? - Minha mãe deu um tapa no meu rosto e assenti rapidamente, como se avisasse que iria me controlar.

- Tô em dúvida. Tem três opções; Cauã Reymond, Caio Castro e Rodrigo Faro... CARALHO, O FARO É CASADO.

- NATHALIE NERA GAY?!

- Haha com esses homens fica difícil, né Madelaine. Menos o Faro, juro que eu estava bêbada.

- Mas quem você acha que é?!

- Sinceramente? - Assenti. Olhei para minha namorada, e ela apenas abraçava um travesseiro, com um sorriso travesso nos lábios e olhar divertido. - O Skeet.

- O QUE?! - Eu e Vanessa gritamos ao mesmo tempo, e então Nathalie riu.

- Brincadeirinha. Eu tenho certeza que é do Cauã. Espero que seja, ele é mais rico. - E outra vez estávamos gargalhando entre nós.

- Mãe! Agora é sério, o que a senhora vai fazer?!

- Eu não te contei algumas coisas recentemente, Madelaine. Mas eu e Cauã estamos quase namorando Tenho certeza que ele vai assumir. Só não sei como contar. Queria fazer algo especial! Ele já disse que me amava, e isso pode parecer precipitado, mas é um homem de palavras e... você não iria ficar triste se nós...?

- Você fica com quem quiser, mãe, desde que te faça feliz. - Minha namorada segurou minha mão.

- Vamos ser uma família muito linda! - Nathalie exclamou. Corri até ela e a abracei, sendo respondida de imediato.

- Vou demorar pra aceitar que tem um cara com idade para ser meu irmão andando por aqui, mas não te decepcionarei, mãe. - Ela sorriu, me abraçando mais uma vez.

- Okay, vou fazer pizza hoje. - Logo saiu da sala, me deixando a sós com Vanessa.

- Que porra acabou de acontecer? - Perguntei, sentando ao lado de minha namorada. Vanessa acariciou meu rosto e não respondeu, apenas me beijou.

[...]

- Ontem o asilo estava todo agitado. Foi divertido, só que roubaram meus brownies da cozinha! - Nana riu baixinho, enquanto cortava maconha como cortam cebola verde. - Eu fui ver algumas amigas, foi bem divertido. Até fizemos stripbingo. Tinha uma enfermeira que ofereceu um prêmio especial para os homens. Ela era tão gentil! Adorou meus brownies. Comeu vários! - Me engasguei. - Pena que o vencedor do bingo dela teve que sair de maca... disseram que ele teve um ataque cardíaco enquanto era massageado... mas eu não entendo, pois ele estava apenas sem as calças e... ela fez massagem nas pernas dele, será? Depois fizemos a de que ganhava quem ficasse pelado primeiro. Zezinho subiu na mesa pra comemorar e na hora que teve de tirar a última peça de roupa, as bolas dele caíram no papelzinho do bingo. Acabaram o removendo do jogo porque ninguém mais quis conferir os números dele...depois fomos no bailão... fiquei com a Josiane, aquela minha amiga que gosta de colecionar tampa de garrafa Pet. - Ri, assentindo e ao máximo tentando não imaginar as cenas.

- Vocês transformaram o asilo naquele filme que tem X. Talvez Projeto X...- E minha avó riu. - Nana... essas... plantinhas que a senhora não conhece... é maconha.

- O que?

- Eu amo a comida da senhora, mas não precisa colocar essa erva. Ela deixa tudo mais extraordinário e lento... ou seja. Ela deixa os outros chapados. - Peguei a bandeja cheia de maconha e tirei de perto de Nana, a vendo ficar com um olhar chocado.

- Deus! Ontem levei cinco formas de brownies para o asilo quando fui ver minhas amigas... por Deus! Anastacia estava fazendo pole dance na muleta do Antônio! Então era por isso! - Gargalhei. 

- A senhora é tão preciosa...- E minha avó apenas sorriu. - Estou feliz que tenha voltado para Miami. Seu jeito alegre fez muita falta!

- Own! - Minha avó me abraçou, e devolvi o ato. - Mas então. Eu gosto dessas ervas... o que acha, então... de colocarmos só um pouquinho...? - Gargalhei, negando incrédula.

- É sua receita. - Ela comemorou, voltando a cortar a maconha. - Lauren vai ficar feliz com isso.

-