I'm Your Cupid, Jungkook! ||ji•kook||

Eu sou seu noivo, Jungkook!

Jimin

Depois dos ocorridos na semana passada, tudo voltou ao normal, Jungkook disse o quanto se sentia mais leve por ter me contado sua história, e realmente fico feliz por saber que ele confie em mim ao ponto de me revelar as coisas dolorosas de seu passado.

Durante a semana também tentei ao máximo fingir que estava tudo bem comigo, mas sabia que não estava, aquelas penas caindo foram um aviso, só não sabia o que significava ainda, estava preocupado mas não pretendia contar isso ao Jeon, não deve ser nada importante, não quero o preocupar atoa.

Decidi fazer uma pesquisa na internet para saber o que está se passando comigo, mas infelizmente não achei nada que fizesse sentido quando busquei por: "uma sensação no peito que faz parecer que seu coração vai explodir sem nenhum motivo aparente", até vi umas coisas sobre ataque cardíaco, mas anjos não têm esses problemas, somos imortais no final das contas.

Também fui ver se achava algo que explicava a queda de algumas penas das minhas asas, mas como esperado, a internet humana não tinha nenhuma informação sobre isso, até porque eles nem sabem sobre os anjos cupidos realmente, nos chamam de deus grego do amor, nos confundem com querubins, acham que somos um menininho loiro que atira flechas e faz as pessoas se apaixonarem por causa disso, então eu não poderia achar que encontraria alguma informação sobre o que aconteceu com minhas asas.

Essa semana Jungkook não vai ter aulas, gosto quando ele está em casa o dia todo, pois ficar sozinho sempre foi algo que me incomodou, não estou acostumado com isso, onde moro sempre estou cercado de outros anjos cupidos, nunca ficamos sozinhos e me acostumei com isso.

Jungkook e Hoseok voltaram a se falar, principalmente depois que eu contei o quanto a família Jung foi receptiva e calorosa comigo nos dias que passei lá, fico feliz que eles estejam se dando bem novamente, pois Jeon é daquele tipo que guarda tudo pra ele por medo de parecer fraco, sei o quanto ele sentia falta do amigo, mesmo que nunca tenha expressado isso com palavras.

Depois de uma ligação pela manhã, Jeon ficou estranho, eu podia sentir que ele estava numa mistura de ressentimento, raiva e medo, e eu não gosto de me meter na vida alheia — mesmo que esse seja o meu trabalho de certa forma — mas precisava saber o conteúdo daquela ligação para o abalar tanto.

— Jungkook? — Eu entrei no quarto o vendo jogado sobre a cama, com a cabeça enfiada no travesseiro. — Está tudo bem com você?

— Não. — A voz abafada pela fronha me respondeu.

— O que aconteceu? — Logo perguntei me sentando na cama.

— É aniversário da minha mãe essa semana. — Jeon contou se virando de peito pra cima.

— E isso é algo ruim? — Franzi o cenho, o aniversário de alguém é motivo para se chatear?

— Sim, pois ela vai dar uma festa e está exigindo minha presença. — Respondeu se sentando agora.

— E qual o problema disso? É sua mãe. — Questionei ainda confuso com aquilo.

— Mas eu não quero ter que aguentar o meu pai dizendo as mesmas ladainhas de sempre e me colocando pra baixo. — Se levantou e começou a andar pelo quarto. — E também os membros da família que me olham estranho e cochicham coisas sobre mim, quando acham que não estou prestando atenção neles.

— Mas sua mãe não ficaria triste se você não fosse?

— Sim, ela ficaria. — Levou as mãos até o rosto, depois massageou as têmporas, claramente frustrado. — Ela é a única pessoa que me importa naquela corja, não quero deixá-la sozinha no meio daquele bando de urubus, mas também não quero enfrentá-los.