Epílogo

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Se possível, escute ao ler: Who knew – Pink.

 

“Você pegou na minha mão, você me mostrou como. Você me prometeu que ficaria por perto...”

Se o poder de controlar o tempo estivesse em suas mãos, Dânia o usaria para fazer Richard retornar. Mas não para voltar a viver com ele, só o queria por perto outra vez o tempo suficiente para se despedir. Dar um último abraço, beijo, dizer o último “eu te amo!”.

“Eu queria poder te tocar de novo, eu queria poder ainda te chamar de amigo. Eu daria qualquer coisa...”

Claro que ainda o amava, sempre o levaria em seu coração. Richard fora mais do que um amor, fora seu amigo. E era desse amigo que Dânia daria tudo para se despedir.

Faziam três anos desde que tudo acontecera e Dânia já não sentia há muito tempo aquela dor sufocante da perda. Ficara só a saudade.

“Eu te manterei trancado em minha mente até nós nos encontrarmos novamente...”

Com Luke aconteceu o mesmo. Não fora fácil ele aceitar o novo relacionamento da mãe, mas Rafael deveria ter dito as palavras certas para tirá-lo aos poucos de seu casulo protetor. Nenhum dos dois nunca lhe disseram o que conversaram naquele dia e, Dânia não fazia muita questão de saber. Era algo deles e com eles ficaria.

O que importava em toda história, era que tudo acabara bem. Aliás, tudo começara bem. O bebê em seu ventre era a comprovação disso.

Risos chamaram sua atenção e Dânia foi até a porta que dava para o jardim traseiro de sua nova casa. Luke corria de um lado para o outro, com o filhote de Cane Corso que compraram cinco meses atrás.

Ele havia insistido tanto em ter um cachorro, que se viram incapazes de negar o pedido.

“E eu não te esquecerei, meu amigo...”

Sentiu mãos fortes e calorosas envolvendo seu ventre e sorriu, pousando as suas sobre as dele.

― Como estamos hoje? ― Rafael indagou, apoiando o queixo em seu ombro.

― Ótimas! ― ela disse e logo ficou em silêncio.

Rafael também se calou, não querendo quebrar o doce momento.

Como se compartilhasse o momento com os pais, a pequena se mexeu na barriga de Dânia, que riu levemente.

― Incrível como essa menina só se mexe quando você está por perto.

Rafael riu e a fez ficar de frente para ele.

O sorriso bobo que contemplava o belo e amado rosto do marido, fazia seu interior se inflar de ternura. Esperava que nunca deixasse de se sentir dessa forma.

― Ela é apaixonada por mim. ― ele brincou.

Um sorriso leve cruzou os lábios de Dânia e ergueu seus braços, os envolvendo no pescoço de Rafael e aproximando seus corpos.

― Assim como a mãe... ― murmurou e logo os lábios se juntaram, selando outra vez o amor que sentiam, a vida que compartilhavam, o futuro que estaria por vir.

“Aquele último beijo, eu vou valorizar, até nós nos encontrarmos novamente. E o tempo torna tudo mais difícil, eu queria poder me lembrar. Mas eu mantenho sua memória...”

A vida é assim. Os obstáculos surgem e são difíceis, mas a vida sempre segue seu curso, de uma forma ou de outra. Em seu devido tempo, tudo se encaixa, tudo se completa.

O que é o amor...?

O amor não tem teoria, não existe explicação. Não há palavras no mundo capazes de descrever de maneira exata o que é esse sentimento. Cada ser pensante pode tentar explicar, filosofar... Mas ficaríamos horas, dias, meses, anos tentando entender. O mundo acabaria e ninguém conseguiria explicá-lo ou defini-lo.

O amor é sentido. Simples assim! Não existe poção do amor, “abracadabra”, teoria matemática para isso. Ele simplesmente acontece e sábio daquele que o aceita e o vive intensamente.

“Temer o amor é temer a vida...”, é exatamente assim. Quando você se priva do amor, foge dele tanto física como emocionalmente, deixa de viver de alguma forma.

Podem usar Deus como explicação, ciência, filosofia, o que for... mas de que adianta? Mudará a forma como você o sente? Viva o amor e seja feliz com ele.

Amor é para ser sentido e não explicado!

Fim!

*Não esqueçam das estrelas, amores! :*

Pietate - Amor pleno.Onde histórias criam vida. Descubra agora