Capítulo IX.

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Olá, mais uma notinha de início do capítulo! Então, dessa vez eu recomendo que escutem a música 18, de One Direction, enquanto leem, mais uma vez, vocês saberão quando. Mas por que One Direction, sua louca? Não é 1975? KAJDLFJLDKGÇKF. Eu juro que vocês vão entender no final, eu vou deixar outra nota também. Enfim, recomendo que ouçam com esse cover na voz feminina (link de um deles: https://www.youtube.com/watch?v=9wV241qvoO0), mas podem ouvir a versão original também. Ah, e seria legal que buscassem ler a tradução para entender a letra! Boa leitura. ♥ 


Roger acordou com um mau humor quase insuportável naquela manhã. Sua cabeça parecia que poderia explodir a qualquer momento, provavelmente devido à bebida da noite anterior. Isso tudo porque nem havia exagerado, nem sequer ficara bêbado. Ele tomou um banho rápido e vestiu uma camisa azul marinho com uma calça jeans escura. Não demorou muito para descer até a cozinha. Ele precisava de café, caso contrário, seria capaz de matar alguém.

Ao atravessar a passagem que o levava até a cozinha, Roger deparou-se com a figura masculina de Liam, que encontrava-se sentado, bebendo algo que mais parecia uma xícara de chá. De repente, todo o seu mau humor matinal pareceu evaporar. Não que se orgulhasse de seu ato violento, mas ver o nariz inchado de Liam não tinha preço. No fundo, o loiro não se arrependia nem um pouco. Ele prendeu a risada e caminhou até a cafeteira, pronto para preparar o seu café.

Roger e Liam não trocaram uma palavra, apenas pareceram ignorar a presença um do outro. A bebida não demorou muito a ficar pronta e, assim que ele pegou a sua xícara repleta de café, o rapaz tomou um gole. Era forte e estava pelando, exatamente do jeito que ele gostava. Estava completamente satisfeito. Talvez aquilo desse um jeito na sua dor de cabeça. Particularmente, ele rezava para que melhorasse, ou então seria um dia muito difícil. Roger já costumava ter um temperamento forte, mas com dor de cabeça, as coisas ficavam consideravelmente piores.

Enquanto caminhava, prestes a se sentar, de longe, Roger pensou ter ouvido o som de algum violão. Ele tomou mais um gole do café e caminhou na direção em que o som parecia mais próximo, guiando a si mesmo até a sala de estar. O loiro recostou-se na porta quando avistou Scarlett sentada no sofá, com o violão em seu colo e cantarolando uma música aparentemente desconhecida.

"I got a heart and I got a soul, believe me I, use them both..." Ela ainda estava no começo da música quando ele apareceu. O tom de voz era baixo e suave. Sua voz era doce, quase angelical. Roger não se lembrava que ela tinha uma voz tão bonita. "We made a start, be it a false one, I know. Baby, I don't want to feel alone."

Mesmo depois de uma estrofe inteira, Roger ainda não reconhecia nem a letra, nem a melodia. Seus olhos azuis ainda repousavam sobre ela, que estava de costas para ele, tão envolvida na canção que nem sequer notara a sua presença. Em passos lentos e silenciosos para que não a assustasse, o rapaz se aproximou da menina. Quando ela o avistou, ele apenas murmurou um "continue", praticamente inaudível e sentou-se ao lado dela, quase hipnotizado por aquela voz encantadora. Não queria, sob hipótese alguma, que ela parasse.

"So kiss me where I lay down my hands press to your cheeks, a long way from the playground." Scarlett continuou a cantar, ainda que timidamente. Ela estava morrendo por dentro. A voz levemente trêmula provavelmente denunciava o nervosismo e a vergonha. Ele tinha mesmo que aparecer logo agora? Ela sentia como se seu coração pudesse falhar a qualquer minuto.

"I have loved you since we were 18..." Ao cantar esse trecho da música, Scarlett desviou os olhos de Roger para o violão, como se precisasse prestar atenção nos acordes que já sabia de trás para frente. "Long before we both thought the same thing, to be loved, and to be in love. All I can do is say that these arms are made for holding you." Ainda que ela não estivesse olhando para Roger, a menina conseguia sentir que ele a observava intensamente. Mas não era incômodo, era bom. Era bom, porque era como nos clichês dos filmes adolescentes, naqueles momentos em que a protagonista sente que só existem ela e o mocinho no mundo,  como se o resto não importasse, justamente porque os dois já são o suficiente. Era exatamente isso o que Scarlett sentia. "I wanna love like you made me feel when we were 18."

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