Capítulo 11

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    Haviam se passado cinco dias. E a única novidade, foi o começo da falta de água. Jason sugeriu que pegassem das casas próximas, pois além de seguras, era certeza de que teria água limpa. E assim foi feito.

    Richard já não tinha mais a faixa na cabeça, tirou ela a alguns dias, sentiu falta no começo, mas agora já se acostumou. A dor na perna direita já havia ido embora, agora ele estava cem por cento.

    Já era por volta das 5:00 da manhã. O sol já começava a lançar os seus primeiros raios no horizonte. Richard caminhava por umas das extremidades da rua fechada por carros em frente à loja. Portava em mãos uma lanterna encontrada na primeira casa que vasculharam fora da zona segura à dois dias atrás.

    Na mesma casa, tiveram que lidar com um infectado, e com alguns dribles, eles conseguiram trancar o desalmado no banheiro da residência. Em seguida, recolheram os alimentos, e todas as outras coisas que conseguiram encontrar. Incluindo a lanterna que Richard possuía no presente momento.

- Tá fazendo o que?

- Caralho Lince - disse Richard -, me assustou.

    Ele se apoiou em um dos carros, enquanto recuperava o fôlego que havia sumido após o susto.

- Foi mal, eu não sabia que era tão fácil te assustar - disse em um tom de provocação.

- Engraçadinha. - Ele finalizou a graça que começava a desenvolver, e completou perguntando: - Que horas são agora?

- Deixa eu ver.

    Ela pegou o celular em seu bolso, em seguida, mostrou o visor do aparelho para Richard. 5:10, era o que estava marcando.

- E o que você está fazendo aqui? Não pode abandonar o posto de vigia.

- Eu vi algo estranho, e desci para verificar.

- Não foi esse o combinado. Esqueceu? Se você ver ou ouvir alguma coisa, deve avisar os outros antes.

- É. Mas, eu não acho que os outros vão gostar de saber sobre essa coisa estranha que eu vi.

- O que você viu? - indagou ele curioso.

- Você!

- Ah, dá um tempo.

- É sério, de repente, você começou a fazer rondas aqui fora durante esse horário, e eu fiquei curiosa a respeito disso.

- Só isso?

- Na verdade, eu queria saber, quando iremos?

- Iremos?

- Sim. Iremos embora. Certo?

- Não sei do que você está falando.

- Qual é Richard. Você pode enganar qualquer um aqui, menos a mim. Eu sei que você está planejando ir embora, já faz dois dias que eu observo você guardar suprimentos naquele carro verde.

- Tá legal - Richard cedeu -, eu vou embora. Porém, apenas eu.

- Eu vou com você, não adianta negar, se vai mesmo partir, tera que me levar junto.

- Eu não vou levar você. É perigoso demais.

- Eu amo correr perigo, não sei como você ainda não notou isso.

- Esquece. Não vou me arriscar levando você e nem ninguém.

- Por quê?

- Só esquece. Ok?

- E quando você vai falar pro Jason? Sabe que ele não vai gostar dessa ideia.

- Eu sei disso. Porém é a minha escolha.

Os mortos e os perdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora