Capítulo 9 - Amigos

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"Andar com um amigo no escuro é melhor do que andar sozinho na luz!"

Hellen Keller

(Citado em Criminal Minds 11x19)

Estava respirando com dificuldade, tentando recuperar o controle sem saber como fiz um inimigo tão poderoso ao ponto de querer me matar. Eu forçava minha mente por alguma lembrança de alguém me ameaçando, porém nada aparecia. Meu rosto estava banhado em lágrimas quando o Nick voltou para quarto.

– Minha pequena não chore! – ele senta ao meu lado enquanto secava minhas lágrimas. – Prometo à você que ninguém vai lhe fazer mal. Estamos caçando quem fez isso. Ele não vai mais chegar perto de você!

Respiro fundo, criando forças para falar, ainda tem muitas perguntas na minha cabeça e preciso de respostas.

– Me conta... Me conta direito tudo isso! – peço à ele.

– Tem certeza? Não quero te sobrecarregar, ainda está muito fraca! – fala preocupado.

– Preciso saber Nick! – imploro com a voz rouca.

– Tudo bem eu conto. Com duas condições! – vejo que está lutando para me contar o que houve. – Primeira você vai manter a calma, sem estresse, lembre o que o médico falou. Segunda, vai me prometer que não vai sair por ai sozinha para investigar, lhe conheço muito bem para saber que não gosta de se manter sem respostas.

Concordo mesmo relutante e ele começa a me contar tudo o que aconteceu e o que eles descobriram. Eu sequer posso acreditar que alguém na Advances faria isso, e ainda comigo. Enquanto ele vai falando, noto uma tristeza a mais em seu rosto, como se tivesse me escondendo o mais importante.

– Nick tem alguma coisa que você não está me contando! Me fala o que é, por favor!

– Eu... eu não posso! Vai me odiar e não posso ver você se afastar mais uma vez. Não me peça isso Mel. – ele passa as mãos pelos cabelos, o conheço tão bem, ele só faz isso quando está muito preocupado.

– Fala Nicholas! Ou pode sair daqui, agora mais que nunca preciso de pessoas que posso confiar e que confiem em mim! Se você continuar me escondendo... – ameacei.

– Melinda por favor... – lanço um olhar e ele sabe que não tem para onde correr. – Tudo bem! Mas prometa que me deixará explicar e que não me odiará ainda mais!

Prometo a ele. Quero muito saber o que está fazendo ficar tão desesperado. Ele se senta na cadeira do quarto, longe de mim.

– Você lembra o que viu antes de sair correndo do meu escritório? – confirmo apesar de querer esquecer aquela cobra oxigenada com as mãos nele. – Não era nada do que você estava pensando.

Levanto minha sobrancelha demonstrando que não acreditei naquilo, a frase mais clichê de todas, ele acha mesmo que não sei o que vi.

– Eu sei que você está pensando que soa clichê, mas é realmente verdade. Já fiquei sim com a Christie só que foi há muito tempo atrás e ela acha, ou achava que ainda poderia tentar algo comigo. Juro para você, eu juro minha pequena! – ele junta as mãos e me olha implorando. – Desde que você voltou para minha vida, mesmo que a gente não tenha mais nada, eu não saio com ninguém. E também não sabia que ela ia entrar na minha sala sem permissão. Você entrou não muito tempo depois dela, e assim que você saiu a expulsei! – ele abaixa a cabeça, colocando entre as mãos. – Foi minha culpa, foi minha culpa...

Olho para ele sem entender do que ele está falando, do que ele tem culpa.

– Do que você está falando Nicholas?

Reencontro Sombrio - RenascidoOnde histórias criam vida. Descubra agora