Capítulo 6 - Nicholas

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"Orgulho não deveria existir, é um sentimento egoísta e autodestrutivo. Se ter orgulho ou razão é algo importante pra você, lembre–se disto: O orgulho não estará ao seu lado quando a pessoa que você mais ama for embora."

Vagner Santana

Entrei em casa já passando de três horas de manhã, daqui a pouco o sol nasce, não tenho cabeça para ir ao escritório, vou ficar no hospital mesmo que a Mel esteja em coma, estarei lá. Meu celular tinha descarregado, minha caixa de entrada estava cheia de mensagens de voz da Emma, da Khaila e de Mário. Algumas ligações e mensagens de texto. Mandei mensagem aos três avisando o estado da minha pequena e que amanha passarei o dia no hospital.

Não consigo dormir, sempre que fecho os olhos vejo o corpo da Melinda em meus braços. A sensação de ser inútil não me abandona, tenho que fazer algo, não posso ficar parado enquanto o filho da puta que tentou machuca-la está solto. Tomo um banho, por mais que me lave ainda sinto seu sangue.

Já passa das seis horas da manhã quando desisto de ficar em casa, ligo para Alexander avisando que estou voltando para o hospital e que me encontre lá com o investigador. Tenho que me mexer, preciso sentir que estou fazendo algo. Chamo um táxi, enquanto me arrumo, preciso voltar à empresa e pegar meu carro.

– Dona Lana desculpe lhe ligar tão cedo, mas queria avisar que não irei ao escritório hoje. Por favor, avise a todos e remarque minhas reuniões. Melinda sofreu um acidente e esta no hospital, não sei quando volto.

– Tudo bem senhor. Eu soube o que houve. Queria lhe pedir desculpas, juro que não sabia que a senhorita Adams iria entrar sem ser anunciada. – percebo que está angustiada com a cena patética que Christie fez ontem.

– Não se preocupe dona Lana, você não tem culpa da completa falta de educação dela. Mas espero que quando aparecer novamente, se aparecer, chame a segurança e a retire do prédio. Não quero aquela mulher perto de mim, ou tentando fazer algo contra Melinda. Fui claro? – não tive intenção de ser grosseiro, mas preciso ter certeza que Christie não causará mais nenhum estrago.

– Claro senhor! Espero que dona Melinda se recupere logo. Só ligarei em caso de extrema urgência. Qualquer coisa pode me chamar. – ela fala sempre eficiente.

– Ok dona Lana. Estarei no hospital.

Desligo e saio em direção à rua, o porteiro me vê e avisa que o táxi acabou de chegar. Dou o endereço do hospital e ele entra no inferno do trânsito de Nova York.

Flashback ******************************************************************************

– Quanto mais eu te beijo mais quero beijar. Não sei como o idiota do Matheus consegue te deixar tão livre. Se fosse minha já teria dado um jeito de mostrar a todos que mantivessem distância. – estou viciado no beijo de Melinda, essa morena é boa demais para o próprio bem.

– Já disse que não quero que fale assim do meu namorado, amo ele e é com ele que irei casar. Se não entende isso melhor pararmos por aqui.

– Calma pequena. Só disse isso por que não entendo o que se passa na cabeça de um cara como ele, mas por mim tudo bem. Eu tenho a parte boa, que é você, sem ter que me preocupar com bobagens de relacionamentos. Agora me diga uma coisa, como vocês estão juntos há tanto tempo e ainda não chegaram à terceira base?

– Já cansei de lhe explicar. Ele me ama e me respeita, quer que minha primeira vez seja especial, está fazendo tudo para que seja assim.

Não sei se acho esse cara um completo idiota ou o mais esperto que já vi. Se fosse eu já tinha dado um jeito nisso, mas fazendo todos os gostos dela, com certeza nunca esquecerá esse imbecil.

Reencontro Sombrio - RenascidoOnde histórias criam vida. Descubra agora