chapter ten

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the letter

GILBERT BLYTHE's P

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GILBERT BLYTHE's P.O.V

London, Canada.


O dia estava mais frio do que nunca. Abri os olhos lentamente deixando a claridade adentrar minha visão, mas não reconheci o local onde estava.

Havia duas mulheres, uma loira e uma morena, ambas deitadas ao meu lado. Respirei fundo tentando captar o que havia acontecido na noite anterior, mas tudo o que lembro é de ter ido a uma pequena festa com a nova empresa filiada da Blythe's Enterprise.

Levantei pondo um disco na Vitrola dourada e elegante que havia ali. Apanhei minhas roupas e pus me a vestir rapidamente.

O quarto era grande e suas paredes feitas com uma madeira elegante. Uma cama de casal forrada com lençóis brancos, agora jogados no chão, na parte esquerda e uma pequena mesa com bebidas a direita.

Segui em direção à uma varanda fechada por cortinas brancas após pegar um copo de whisky.

A vista das montanhas era simplesmente fascinante. Havia um enorme campo de golfe, de onde eu avistei River, meu melhor amigo, jogando uma partida contra algum outro homem.

— Hey, Gilbert! Está perdendo uma ótima partida. Desça aqui. — Gritou River.

Sorri negando com a cabeça.

— Muito obrigada, estou bem demais pra pegar esse sol. — Respondi e River fez uma careta me fazendo rir. Era incrível a energia que ele transmitia, digo, os últimos anos foram bem difíceis para mim e eu me afastei de quase todos ao meu redor. Por sorte, no dia que conheci River foi como se fossemos amigos a vida toda. Ele me salvou de me afogar completamente na solidão, mas é claro que eu nunca direi isto em voz alta.

Sai do quardo procurando uma cozinha. Minha barriga pedia por algo que não fosse álcool.

— Olá, senhor? Posso ajudar? — Uma empregada da casa vestida em um daqueles uniformes chatos e comportados perguntou, surgindo de algum lugar.

— Eu quero algo para comer e... — Olhei para os lados procurando uma direção. — Como faço para chegar ao campo de golfe?

— Eu posso levá-lo. — A empregada sorriu gentilmente e saiu da enorme sala de estar. A acompanhei até a cozinha, onde ela me serviu um suco de laranja e alguns sanduíches. — Ne desculpe não ter nada mais para servi-lo. Você acordou um pouco tarde e bem... o senhor Phoenix come bastante no café da manhã. — Ela sorriu boba. Revirei os olhos.

Estava escrito na testa dela: Eu estou apaixonada pelo meu chefe.

Devo ter esquecido de comentar, o sobrenome do River é Phoenix.

Após terminar meu lanche a empregada, a qual me disse que se chamava Raven, me levou até o lado de fora da casa, onde Rio e o outro homem que estava com ele anteriormente tomavam algo parecido com vodka.

— Você deveria comprar uns uniformes mais legais para suas empregadas. — Disse me aproximando de River.

— Me desculpe senhor eu-visto-minhas-empregadas-como-strippers. — Respondeu-me.

— Nunca disse que fazia isto, mas se bem que é uma boa ideia... — Disse.

— Você não vale um centavo, Blythe. - River disse rindo. — A propósito, este é Jake. Um amigo meu de infância. E adivinha só?! Eu encontrei com ele na festa ontem. O universo é engraçado... - Apresentou-me a seu amigo. Um homem de aproximadamente 24 anos, cabelos loiro escuro e olhos azuis.

— Prazer em conhecê-lo. — Disse Jake. — Gilbert, certo? — Fiz sinal positivo com a cabeça.

— O prazer é meu. Se me derem licença, preciso voltar pra casa. O trabalho me chama. — Falei apertando a mão de Jake.

— Você trabalha demais cara, porque não fica e joga uma partida com a gente? — Perguntou River.

— Eu tenho uma empresa para administrar. Meu pai não está aqui para trabalhar por mim. — Disse afastando dos rapazes.

— Isso foi algum tipo de indireta?! - Gritou River.

— Enteda como quiser! — Respondi-lhe já bastante longe.

— Vai se fuder, Blythe! — River riu negando com a cabeça.

Caminhei em direção ao outro lado da casa onde Raven me disse que estava a garagem a qual meu carro provavelmente estaria.

Afinal, eu não cheguei aqui a pé. Cheguei?

Avistei o porche vermelho e sorri. As chaves ainda estavam ali.

Cheguei no meu apartamento por volta das nove da manhã. Havia uma carta em cima do balcão, a qual eu havia deixado para ler hoje de manhã.

Joguei-me no sofá, abrindo o envelope branco e tirando uma folha amarelada.

O que eu vi em seguida fez meu coração errar uma batida. No remetente do papel o nome o qual eu avitava a anos escrito em letras cursivas: Anne Shirley Blake.

FEEL ME; shirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora