chapter twelve

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Welcome back

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Podia-se ouvir o barulho incessante das ondas contra os cascos dos enormes navios e das gaivotas cantando. O porto de Charlot Town ainda continuava igual, mesmo após tantos anos desde que Gilbert partira.

As mãos do jovem suavam frio e ele desejava voltar atrás e desistir dessa estúpida ideia. Ele sabia em seu âmago que nunca havia esquecido Anne e voltar para Avonlea só o quebraria.

Quando a notícia que o velho menino Blythe havia voltado emergiu na pequena cidade, todos ficaram eufóricos.

O que traria de volta um jovem bem sucedido à uma cidade pequena e isolada?

Gilbert resolvera ficar em Charlot Town nos dois primeiros dias, mesmo quando Sebastian dissera-lhe que, quando ele estivesse pronto, viria busca-lo.

Infelizmente, Blythe estava começando a achar que nunca conseguiria admitir para si mesmo que estava finalmente pronto.

Então, após acordar naquela manhã, ele tomou um banho e pegou o próximo trem para Avonlea. Sem bagagens, sem dinheiro, apenas ele, assim como saíra dali um dia.

O trem parou na velha estação e Blythe desceu do mesmo. Parado no meio do piso amadeirado, olhou o velho banco desgastado a sua esquerda e a árvore de folhagem branca a sua direita sorrindo para si mesmo.

Eu devia ter trazido dinheiro. Pensou, após lembrar-se que precisaria de um carro ou uma carroça para chegar até sua antiga casa.

— Gilbert? Gilbert Blythe? É você mesmo? — Uma voz feminina disse, fazendo o jovem virar-se e encontrar o sorriso de Miss Stacy.

O jovem mal podia notar diferenças na antiga professora. Podia jurar que ela parou no tempo.

— O que faz por aqui? Pensei que estivesse morando na europa. — Questionou Miss Stacy.

— Eu vim a negócios. — Mentiu. — E você? Sebastian tinha me dito ano passado que fora morar na capital. — Disse abraçando a mulher.

— Eu fiquei lá por pouco tempo, acho que senti saudades da tranquilidade de Avonlea. — sorriu. — Você quer uma carona? Eu posso pedir ao meu esposo que te leve.

— A senhora se casou?! — perguntou surpreso.

— É claro. Não entendo o porquê da supresa, Blythe. Achou que eu ficaria para titia? — Disse em um tom brincalhão.

— Não é isso. — Sorriu negando com a cabeça. — É só que é estranho estar de volta e perceber que perdi muita coisa.

— Você nem imagina. — Disse Miss Stacy dando tapinhas nas costas do garoto.

Gilbert aproveitou e pegou carona com o senhor Gullies, marido de Miss Stacy, ou melhor, Mrs. Gullies.
Ele era um homem legal e simpático, havia comentado que conhecera Stacy na capital e se casado com ela por lá mesmo, entretanto a mulher o convenceu de vir para o interior. Foi uma surpresa para ele saber que um dos poucos habitante com um automóvel, pois apesar de uma máquina cara como a dele não ser comum, não era difícil ver carros mais simples nas ruas da capital. Avonlea realmente parou no tempo.

— Obrigado, Gullies. — Agradeceu o garoto.

— Pode me chamar de Joseph. — Pediu.

— Vejo você por aí, Joseph. —Sorriu dando ênfase no nome do homem. E então o carro arrancou sumindo lentamente pela estrada de terra.

Gilbert parado contemplou a vista a sua frente — não lembrava do quão bonita era Avonlea — e se virou encarando a antiga casa, o antigo celeiro e a antiga janela do quarto de seu pai.

Apertando as unhas contra a palma das mãos, respirou fundo mais uma vez e andou até a porta dando três batidas, e antes que a quarta fosse executada, a porta rangel e uma Diana adulta surgiu com uma feição de surpresa junto a um misto de sentimentos.

FEEL ME; shirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora