cap 14

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Saio de casa apreensiva, sem saber oque nos aguarda na casa da Debi e do Ian. Vejo um certo desespero no olhar do meu pequeno príncipe, ele ainda não sabe da vinda dos seus irmãozinhos - ou irmãzinhas, ja que o médico disse que seriam gémeos idênticos - resolvi deixar para contar depois, ele já está vivenciando surpresas e emoções demais.

- calma filho, vai ficar tudo bem, se não se sentir bem, voltamos pra casa e pronto ta?! - digo olhando para trás, e ele apenas sorri sem graça

Jordan para o carro em frente a casa do meus ex sogros, fecho os olhos, respiro fundo, saimos do carro, Jordan sempre próximo ao Arthur. O caminho do carro a porta, parece não ter fim. Toco a campainha, meu coração esta tão acelerado que chega a errar uma batida. Debi abre a porta, como sempre sorridente nos convida para entrar, na sala Ian brinca com uma menininha linda, morena de olhos claros, ela tinha por volta dos dois aninhos de idade.

- bom dia meus queridos. - Ian levanta trazendo consigo a menina nos braços.

-bom dia Ian - sorrio e Arthur o abraça.

-Arthur, essa é Sophí, sua irmãzinha. Ela é linda como você. - Ian apresenta a menina, e vejo nos olhos dele que ele está contente com a irmã, ja que sempre me pedia irmãos.

 - Ian apresenta a menina, e vejo nos olhos dele que ele está contente com a irmã, ja que sempre me pedia irmãos

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Jordan se aproxima de mim segurando minha mão. Arthur pega Sophí no braço e a leva para o tapete onde tem vários brinquedos espalhados, ela sorri ao toque de Arthur.

Vejo Murilo se aproximar entrando pela porta do quintal

-bom dia - ele nos comprimenta, e aproxima-se com os olhos fixos em mim.

-bom dia. - Jordan responde serio, já prevendo quem seria, pela sua aparência com o filho.

Arthur vem ate mim com os olhos arregalados, e eu os reapresentos, já que ele não tem lembranças do pai, a não ser por fotos que eu guardei. Pode achar estranho, mais guardei sim fotos do Murilo com o filho. Elas fazem parte da historia do meu filho.-Mesmo que o pai dele seja um crápula - ainda sim é seu pai.

- Arthur, filho, esse é murilo, seu pai.

Murilo se aproxima de seu filho e o abraça. Um abraço cheio de emoção e saudade, pelo menos da parte do Arthur. Ele sofreu muito com a ausência do pai, lembro-me de uma das várias vezes que o vi chorando escondido no quarto, tinha por volta dos sete anos de idade. Em uma das festinhas do dia dos pais na escola, em uma apresentação, um dos seus coleguinhas lhe disse que não era para ele estar nem lá, pois ele era tão chato que nem pai tinha. Isso o machucou muito, sei por experiência própria, o quanto as crianças podem ser cruéis, em certos momentos. O abraçei e lhe disse que não era sua culpa se seu pai tinha nos deixado.
Algumas vezes o via triste e esse não era seu jeito de ser. Sabia o real motivo de sua tristeza. Sim, chorei muitas vezes vendo o sofrimento de meu filho, por uma pessoa o qual não merece um pingo de consideração. Que dirá, as lágrimas de uma criança inocente.

Destino avassalador (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora