Capítulo 2.

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📚 Capítulo 2 - Parte dois: Pessoas mudam, Pessoas esquecem, Pessoas não superam como deveriam📚

Existia muitas coisas das quais Jimin não gostava, por exemplos; ele não gostava de quando o tratavam como alguém frágil somente por causa de sua aparência. Não gostava de doces, por mais que todos amassem aquelas coisas enjoativas, e, por mais que amasse comida Coreana, não tem quem o fizesse comer frutos do mar. Céus, só Deus sabe como ele odiava frutos do mar. 

A verdade era que Jimin desgostava de tantas coisas que, lista-las uma por uma seria cansativo até mesmo para ele, que sim, por mais tedioso que pareça, gostava de fazê-lo. Contudo, não era como se ele odiasse o mundo, mesmo que na maioria das vezes fosse exatamente isso.

Ele sabia bem como lidar com pessoas do tipo, insuportáveis; como doces, frutos do mar e calor, Park também não gostava de calor... E, bom, de flores. Céus, ele era muito alérgico à essas porcarias, mas, enfim... Jimin havia se acostumado com isso, no entanto, ainda existia aquelas pequenas coisas que o Park simplesmente não suportava, coisas que sugavam sua paciência já escassa numa velocidade tão grande que ninguém em sã conciência daria-se ao desafio de provocá-lo. 

Aliás, não era necessário ser um gênio para descobrir o motivo de Jimin está prestes a arrancar os próprios dedos depois de consequentemente ter aberto uma cratera no chão com os próprios pés. Claro que sua raiva naquele instante tinha um pseudônimo, e esse, para quem ainda não descobrirá, se chamava Jeon e seu maldito beijo.

Qual era o problema daquele homem? Primeiro ele o chamava de inútil, e horas mais tarde, o beijava?! Era isso mesmo que estava acontecendo? Se perguntava quando os câmeras apereceriam e uma apresentadora surgiria anunciando que tudo não passara de uma pegadinha de muito mal gosto.

E, pensando melhor, aquele fora apenas o espetáculo final para complementar o show de horrores que seu dia de repente se tornou. O que diabos tinha feito de tão grave para que de uma hora pra outra sua vida virasse de cabeça para baixo? Oh, tinha se lembrado. Começou quando ele, estúpido, deixou-se levar por seu abençoado orgulho.

Jogando seu corpo sobre a mesa onde esperava por Jeon aproximadamente à meia hora, Jimin se lembrava, rancoroso, de seus colegas de trabalho e de todos os comentários maldosos que eles espelhavam de si. Usando seu sangue como desculpa para tudo que ele viesse a receber de vantajoso na empresa.

Se sua equipe ficava encarregado de autores famosos, era porquê ele era o filho do CEO, se suas edições faziam sucesso, era porquê o CEO havia pagado fortunas para que isso acontecesse, se recebia premiações por melhor escrita, era porquê queriam agradar ao filho do CEO.

Ter seu sonho arruinado simplesmente porque tinha o mesmo sangue de Park Insung só poderia ser algum tipo de carma. A situação em si já era de certo cômica porquê, seu pai jamais gastaria um único won consigo. Se havia conseguido um cargo tão alto em Serendipity, era devido sua eficiência, capacidade, e ambição avassaladora.

Claro que, no dia de sua entrevista, o encarregado por conduzi-la fora extremamente dócil consigo, além de facilitar sua contratação, ao reconhecê-lo. Algo que claramente não aconteceria com qualquer um. Outrora, recordava-se bem de que quando seu pai descobrirá que ele era um dos funcionários da empresa, e que estava ganhado rápidamente a empatia de bons autores, ele fizera questão de colocá-lo no último degrau daquela escada que o levava até suas realizações pessoais, sendo obrigado à ter que aturar todo o tipo humilhação vinda de seus superiores, antes de ser nomeado editor-chefe do setor de literatura.

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