Capítulo 3.

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📚 Capítulo 3 - Parte um: A conversa é a base de um relacionamento, E a insegurança é a destruição dele. 📚

— Terra chamando Jimin! — A voz grossa e agora um pouco rouca pelo fato de seu dono ter acabado de acordar fez com que o de cabelos rosas erguesse minimamente o olhar até os dedos que estalavam rente ao seu rosto.

Três dias haviam se passado desde que ele começará a trabalhar como editor de mangás e se não fosse pela ilustre presença de seu chefe, que descobriu dois dias atrás na verdade se chamar Jungkook, - nada muito surpreendente, vendo que, "Jeon" não poderia ser realmente seu único nome. - até diria que estava gostando parcialmente da experiência nova na editora Mono.

Ele amava estar sobrecarregado de trabalho, era como se vivesse para isso. A correria, os berros e a pressão em cima dele era algo que, por mais estranho que possa parecer, era a típica situação qual Jimin apreciava ter que passar, embora a parte que mais lhe satisfizesse no fim do expediente fosse entregar os matérias concluídos e prontos para serem lançados, nada substituiria o grande sentimento de alívio mesclado a sensação maravilhosa de que mais um trabalho foi entregue com perfeição. E mesmo que seu processo tenha sido frustrante a maior parte do tempo, era basicamente isso que deixava sua alma em êxtase; a frustração. Porque, se não fosse isso, Park não teria absolutamente nada dentro de si.

— Sim? — Respondeu simplista, enquanto repassava o diálogo dos personagens que iriam para a fotocomposição que preparava.

— Jiheon acabou de ligar. Disse que está doente e que não tem certeza de que conseguirá entregar o mangá à tempo. — O rosado automaticamente olhou para Taehyung, que bocejava tranquilamente, enquanto recolhia alguns papéis de cima da mesa.

— E como você me fala isso com essa calma?! — Exclamou, correndo até o telefone e discando o número da mulher com certa urgência.

— A autora é sua, porque eu ficaria nervoso? — Jimin o olhou por um curto período de tempo.

O Kim tinha algumas olheiras visíveis de baixo dos olhos, e uma hora atrás, reclamava de dores fortes na cabeça, algo que deixou com que o orgulho do menor não interferisse na possível resposta que ele daria no loiro, após ouví-lo. Apesar de que, se tratando do Kim, as coisas eram parcialmente diferentes.

O Park não costumava ser curioso, e sequer tinha facilidade em se preocupar com os outros, mas naquele momento, não conseguia evitar de sentir uma certa empatia por Taehyung. Que entre Sehun, Jin, e seu chefe, era o que mais conversava consigo.

Ele era alguém fácil de lidar, e pouco se importava com a modo ignorante de agir do rosado. Era uma personalidade que contribuia para que ambos fossem bons amigos, embora quando irritado, Taehyung desse mais medo do que o próprio Jimin, que ainda se lembrava bem da forma que o Kim o tratou quando foi obrigado a acordá-lo em seu primeiro dia de trabalho.

— Hm... Você está b...

— Alô? — Uma voz baixinha e falha surgiu do outro lado da linha, o interrompendo e fazendo com que Jimin quebrasse a troca de olhares entre ele e o Kim. 

— Ah, alô, Jiheon, sou eu, Park Jimin. Pode me explicar o que aconteceu?

📚

Era dez da noite quando o rosado parou em frente a porta de seu novo apartamento. Sua respiração estava ofegante, e as mãos, suadas sem motivos aparentes. O dia, entre todos os outros, havia conseguido sugar todo o restante de sua energia em uma velocidade assustadora, e quem dera fosse somente por causa do novo mangá em que trabalhava ou o fato de sua autora principal estar doente. 

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